As declarações de Merkel aliviam tensões no mercado europeu, ... A Chanceler reiterou ainda que a Iniciativa de Viena (quando, em 2009, os bancos expostos à dívida pública de países de Leste que sofriam intervenção externa decidiram novas datas para as maturidades das obrigações que detinham em troco de condições mais favoráveis) era um bom princípio para a participação do sector privado.
Não pode ser de outro modo: os credores têm de transigir e conceder aos devedores tempo e condições para estes poderem cumprir.
As declarações de Jerónimo são patéticas, mas podem ser desastrosas para os interesses do país se a ameaça sair da AR e for levada para as ruas. Os comunistas apresentaram as linhas orientadoras da proposta que irão apresentar na Assembleia da República para uma auditoria e reestruturação da dívida pública, a par de uma "ofensiva diplomática e negocial" e da diversificação das fontes de financiamento do Estado português.
Evidentemente que os actuais credores ficariam imensamente satisfeitos se Portugal fosse obter financiamentos junto de outros para lhes pagar a eles. É isso que significa a exorbitante subida dos juros nos mercados secundários da dívida soberana. Mesmo admitindo que Jerónimo percebe pouco de mercados financeiros, não pode pensar-se que no PCP não haja quem perceba. Claro que há. O que o PCP pretende é preparar o terreno para as manifestações que a CGTP irá orquestrar por sua conta.
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