Thursday, January 26, 2023

EVITARÁ A ESPÉCIE HUMANA A SUA AUTO DESTRUIÇÃO?

SE SIM, DIGAM-ME COMO.

 Relógio do Apocalipse está a 90 segundos do fim, o mais perto que alguma vez já esteve Relógio metafórico chama a atenção para as ameaças na humanidade e perspectiva o quão longe está a autodestruição. Guerra na Ucrânia entre as razões para a aproximação da meia-noite no Doomsday Clock.

 

 

A time of unprecedented danger: It is 90 seconds to midnight

Founded in 1945 by Albert Einstein and University of Chicago scientists who helped develop the first atomic weapons in the Manhattan Project, the Bulletin of the Atomic Scientists created the Doomsday Clock two years later, using the imagery of apocalypse (midnight) and the contemporary idiom of nuclear explosion (countdown to zero) to convey threats to humanity and the planet. The Doomsday Clock is set every year by the Bulletin’s Science and Security Board in consultation with its Board of Sponsors, which includes 10 Nobel laureates. The Clock has become a universally recognized indicator of the world’s vulnerability to global catastrophe caused by manmade technologies. 

A time of unprecedented danger: It is 90 seconds to midnight

This year, the Science and Security Board of the Bulletin of the Atomic Scientists moves the hands of the Doomsday Clock forward, largely (though not exclusively) because of the mounting dangers of the war in Ukraine. The Clock now stands at 90 seconds to midnight—the closest to global catastrophe it has ever been.

The war in Ukraine may enter a second horrifying year, with both sides convinced they can win. Ukraine’s sovereignty and broader European security arrangements that have largely held since the end of World War II are at stake. Also, Russia’s war on Ukraine has raised profound questions about how states interact, eroding norms of international conduct that underpin successful responses to a variety of global risks.

And worst of all, Russia’s thinly veiled threats to use nuclear weapons remind the world that escalation of the conflict—by accident, intention, or miscalculation—is a terrible risk. The possibility that the conflict could spin out of anyone’s control remains high.

Russia’s recent actions contravene decades of commitments by Moscow. In 1994, Russia joined the United States and United Kingdom in Budapest, Hungary, to solemnly declare that it would "respect the independence and sovereignty and the existing borders of Ukraine" and "refrain from the threat or use of force against the territorial integrity or political independence of Ukraine..." These assurances were made explicitly on the understanding that Ukraine would relinquish nuclear weapons on its soil and sign the Nuclear Non-Proliferation Treaty—both of which Ukraine did.

Russia has also brought its war to the Chernobyl and Zaporizhzhia nuclear reactor sites, violating international protocols and risking widespread release of radioactive materials. Efforts by the International Atomic Energy Agency to secure these plants so far have been rebuffed ...more here.

 

 

 

Friday, January 13, 2023

SOMA-ZERO, CONTAS ERRÁTICAS

 



The Economist

The Economist was founded in 1843 to champion the cause of free trade. Open markets and limited government still lie at the heart of our worldview. Our cover this week draws on those principles, to warn of a looming threat to ideas that have helped bring about an astonishing improvement in people’s lives.
 
An era of zero-sum thinking has begun. Countries are racing to subsidise green industry, lure manufacturing away from friend and foe and restrict the flow of goods and capital. Mutual benefit is out and national gain is in. 
 
For many in Washington, muscular industrial policy holds a seductive appeal. America has unleashed vast subsidies, amounting to $465bn, for green energy, electric cars and semiconductors. These are bolstered with requirements that production should be local. Bureaucrats tasked with scrutinising inward investments to prevent undue foreign influence over the economy now themselves hold sway over sectors accounting for 60% of the stockmarket’s value. 
 
Fans argue that this will help seal America’s technological ascendancy over China, which has long pursued self-sufficiency in vital areas using state intervention. As carbon pricing is politically unfeasible, it could also foster decarbonisation. And it reflects a hope that government intervention will succeed where private enterprise failed, by reindustrialising America’s heartlands and even reviving support for market capitalism. 
 
Such thinking is misguided. If zero-sum policies are seen as a success, abandoning them will become only harder. In real­ity, even if they do remake American industry, their overall effect is more likely to cause harm by corroding global security, holding back growth and raising the cost of the green transition. Even when it is inspired by the best of motives, zero-sum thinking threatens to make everyone poorer and the world more dangerous.





Wednesday, January 11, 2023

CORRIDA AO ARMAMENTO NUCLEAR PARA O EXTERMÍNIO DA ESPÉCIE HUMANA

Num dia, Putin promete usar armamento nunca visto e ameaça com armas nucleares; 

Noutro ameaça com o mesmo ou promete o contrário.

Ontem, foi notícia que  a Rússia vai continuar a desenvolver armas nucleares, diz ministro da Defesa. Com que propósito? Rechear o maior museu de armas nucleares ofensivas? Só para turista ver?

Acreditar que Putin, ou qualquer outro que pode fazer o mesmo, nunca utilizará armas nucleares, enquanto existir e continuar a aumentar o stock nuclear, porque isso significaria o desencadear da guerra nuclear, isto é, da última guerra da humanidade, que exterminaria a espécie, incluindo Putin e os seus familiares e amigos, é subestimar a infinita estupidez humana.

Toda a história da humanidade é, desde sempre, história de confrontos bélicos, uns mais localizados, outros mais extensos, mas nunca na história da humanidade se reuniram forças destruidoras capazes da sua auto destruição total.


OPACIDADE PROPOSITADA

Tuesday, January 10, 2023

SER SOCIALISTA

Ministra e secretária do PS agradece a Miguel Alves: “Ser socialista é isto, é sermos solidários” - aqui

"Elogiando o ex-secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves, que se demitiu em novembro, Ana Catarina Mendes manifestou-lhe "solidariedade" e "gratidão" pelo trabalho como líder distrital de Viana e como presidente da Câmara de Caminha, função no âmbito da qual foi acusado de prevaricação pelo Ministério Público". - aqui. ...  

"O nome de Miguel Alves saltou para ribalta depois de o jornal "Público" ter publicado, a 26 de outubro, uma investigação ao projeto de um Centro de Exposições Transfronteiriço (CET) em Caminha, num investimento de 8,5 milhões de euros pela sociedade Green Endogenous. O processo envolveu um contrato promessa de arrendamento para fins não habitacionais, em que a autarquia, na altura liderada pelo socialista Miguel Alves, efetuou um pagamento antecipado à empresa de 300 mil euros, equivalente a um ano de rendas pela ocupação do futuro edifício. Uma obra que ainda não se concretizou."

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Indemnização de 500 mil euros paga pela TAP a Alexandra Reis pode ser ilegal

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Nova polémica: sentença revela "fortes indícios" que ex-Secretária de Estado exerceu funções ilegais em Vinhais - mas marido protegeu-a

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Ex-secretária de Estado do Turismo poderá ter violado lei ao regressar ao privado 

Projecto que ex-governante Rita Marques vai chefiar teve ajudas públicas de 30 milhões

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Joaquim Pinto Moreira, um dos vice-presidentes do Grupo Parlamentar do PSD e presidente da Comissão de Revisão Constitucional, é o principal alvo da "Operação Vórtex" e deverá ser constituído arguido a breve trecho, no âmbito de uma investigação que levou nesta terça-feira à detenção do presidente da Câmara Municipal de Espinho, o socialista Miguel Reis, conforme avançou a RTP. Em causa está o licenciamento de projetos imobiliários.

O GRANDESSÍSSIMO MERCENÁRIO

"Cristiano Ronaldo receberá 400 milhões e “defronta” Portugal na candidatura ao Mundial A notícia é avançada pela AFP, que cita uma fonte do Al Nassr. Serão 200 milhões para promover a candidatura saudita ao Mundial 2030 e outros 200 como jogador do Al Nassr."



Sunday, January 08, 2023

O DESOVAR DAS BRONCAS

Já não escreves, regularmente, no Aliás, porquê?

Para não me repetir.

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Domingo, 16 de Julho de 2006

Por alguma razão de capricho estatístico, que a mim me escapa, as broncas desovam com uma regularidade impressionante: não há dia, por mais morno que seja, que não apareça uma. Nem todas têm o mesmo tamanho, o mesmo peso, a mesma peitaça, mas o desovar das broncas é tão estatisticamente provável como o nascer do sol. Não há sábado sem sol, nem domingo sem missa, nem segunda-feira sem preguiça, nem nenhum dia sem bronca mais ou menos gorda.

Uma explicação economicista, (estão na moda as explicações economicistas), desta impressionante regularidade da fertilidade das broncas, poderia encontrar-se na mão invisível dos chefes de redacção, que as fosse rateando, para nem enfartarem os leitores, num dia, nem os deixarem a ver navios no dia seguinte. Explicação pouco convincente, contudo, porque os jornalistas são, por natureza, incapazes de guardarem para amanhã as notícias que puderem publicar hoje.

Outra explicação, também economicista (provavelmente, não há outras), é a promoção da bronca, que consiste em vender, como bronca, aquilo que não passa de um acidente normalíssimo. Os jornalistas estariam, neste caso, a repescar a táctica dos ardinas, quando os havia, de apregoar “o desastre! olha o desastre!”, para vender, mais rapidamente, a carga que lhes derreava os ombros. Mas, também neste caso, a explicação não colhe, porque o que nos é oferecido diariamente é, pelo menos, um bom exemplar de bronca, que inequivocamente não é gato, mas lebre.

Com tanta regularidade, o desovar das broncas, tornou-se banal e há muito tempo que deixou de ser notícia. É, sobretudo, uma informação, do género da hora da maré-alta ou das farmácias de serviço, mas muito menos útil. Lê-se, comenta-se quando se comenta, e passa-se à frente.

O que é inevitável. Se alguém, por casmurrice, entendesse trinchar um desses bichos, ficaria ultrapassado pela dinâmica da desova: quem é que perde tempo com uma bronca passada quando surgem outras novinhas, em folha?

A título de exemplificação de todo este arrazoado cite-se um desses exemplares, recentemente desovado, notícia em quase toda a Imprensa, diária e não diária:

«A CÂMARA Municipal de Lisboa tem cerca de 1200 pessoas com contratos de prestação de serviços e avenças, dos quais 193 são assessores-executivos recrutados para gabinetes de vereadores com pelouros. Carmona Rodrigues é o recordista com 64 assessores, incluído um com a função de organizar os «Portos de Honra».

As notícias à volta deste exemplar adiantam mais pormenores, mas aquelas quatro linhas poderiam, apenas elas, desencadear uma salutar discussão acerca do sistema espúrio de governo municipal em Portugal.

Sendo executivos, os vereadores municipais coabitam em regime de adquiridos com os directores dos quadros das edilidades. Como o seu conhecimento técnico dos pelouros em que superintendem é geralmente reduzido, e muitas vezes nulo, não lhes resta alternativa se não acatar as propostas dos diferentes Sir Humphrey que lhes aparecem pela frente. Como estes Sir Humphrey são inamovíveis, os interesses que os engordam dão de sobejo para os vereadores que vão aparecendo. O sistema auto sustenta-se porque as diferentes facções políticas representadas na Câmara depressa reconhecem que os seus interesses pessoais (e partidários) passam pela conjugação dos votos. Assim se explica porque é que, sendo tão renhida a luta partidária para a conquista de lugares nos municípios, são raros os casos de conflitualidade partidária após a formação das Câmaras. Do mesmo modo se explica a longevidade dos “dinossauros municipais” e a inimputabilidade de todos os quadros superiores e vereadores das Câmaras.

Mas há mais quem queira comer do queijo. Os vereadores foram eleitos com a ajuda de partidários que não dispensam saborear algumas sobras, e fazem-nos assessores.

Esta tese é tão irrebatível quanto é certo que até o vereador Sá Fernandes, o tal que contestou as trocas e baldrocas acerca dos terrenos da Feira Popular e do Parque Meyer, e do Túnel das Amoreiras (por onde andam estes casos?) eleito com o apoio do Bloco de Esquerda, votou na votação unânime de nomeação de tantos assessores. Só à sua conta, Sá Fernandes terá dezasseis, todos em part-time, porque os ordenados aprovados não compensam a dedicação integral, ao que parece.

Temos assim que os senhores vereadores, que da poda sabem pouco, substituem os directores das Câmaras nas responsabilidades que a estes competiriam, e os assessores dos vereadores duplicam os técnicos que fazem parte dos quadros dos municípios.

Ninguém controla ninguém.

Mas amanhã já ninguém falará do assunto. Uma nova bronca desovará.

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Tuesday, January 03, 2023

QUE FUTURO PARA O CONDOMÍNIO FECHADO?

menos de três meses coloquei neste caderno de apontamentos este apontamento ACERCA DO ARSENAL NUCLEAR MUNDIAL

Hoje retiro do The Economist informação mais actualizada e amedrontadora. Se insisto neste tema é porque me espanta que ele seja submergido em todo o lado por assuntos, alguns, sem dúvida, relevantes, mas que o não são tanto para o futuro do condomínio fechado em que a espécie nasce, cresce e vai morrendo sem se aperceber que pode desaparecer de um momento para o outro por autodestruição global.

 "The world is entering a new nuclear age”—an old fear returns

CHINA’S ARSENAL of nuclear weapons has swiftly expanded; it is now roughly the size of Russia’s and America’s. That will make for a different—and far trickier—landscape of three-way deterrence. - c/p The Economist

How will America deal with three-way nuclear deterrence? It risks a new arms race, not only against Russia but also against China

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| Washington, DC

THE LANKY Minuteman intercontinental ballistic missile and its squat naval cousin, Trident, stand sentinel near Omaha, outside the headquarters of America’s Strategic Command, which is in charge of America’s fearsome nuclear arsenal. Inside, STRATCOM’s personnel say they have been at “battle stations” since the start of Russia’s invasion of Ukraine in February, watching for any sign that Vladimir Putin might act on his threats to use nukes. For Admiral Charles Richard, the commander, the war in Ukraine marks a new era in which big powers use nuclear weapons to coerce rivals. But “this is just the warm-up,” he declared on November 3rd. “The big one is coming. And it isn’t going to be very long before we’re going to get tested.”