Monday, June 30, 2008

O PETRÓLEO DO PCP

Há tempos ( o assunto deste post já foi abordado aqui no Aliás há umas semanas atrás) perguntei ao meu Amigo L. Machado como governaria o PCP este país se fosse governo. Íamos ver "Rock´n and Roll" ao Teatro Aberto e nenhum de nós suspeitava da conexão da minha pergunta com o tema da peça. Dias depois, um conhecido militante do PCP, à mesma pergunta, respondia: pergunta ao Jerónimo. O meu Amigo não perguntou ao Jerónimo mas enviou-me o endereço da gravação da entrevista dada por Miguel Urbano Rodrigues à SIC Notícias com a indicação de ela corresponder à melhor resposta à minha pergunta. Apesar da boa vontade do L. Machado, depois de ter ouvido a gravação, continuo sem resposta.
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A entrevistadora começa por felicitar MTR pela sua previsão feita há quatro anos de que o petróleo iria subir para 125 dólares o barril. Ora a previsão de MUR é banal. Muita gente, dos mais diversos quadrantes, previu há muito uma escalada nos preços dos combustíveis, alguns deles de forma bem mais certeira que MUR. Um exemplo apenas: No meu post de 7 de Maio deste ano referi um livro que li há mais de um ano. Há cerca dele, comentei:
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Em Fevereiro de 2004, Stephen Leeb previu em "The Oil Factor" que outra crise petrolífera se avizinhava e os preços do crude poderiam atingir os 100 dólares/barril. Dois anos depois, em "The Coming Economic Collapse" corrigia as suas previsões admitindo que os preços do petróleo poderão atingir os 260 dólares/barril até ao fim da década. Ainda que a progressão dos preços não seja tão acentuada e se contenha na barreira dos 200 dólares os efeitos sobre a economia global serão dramáticos.
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Acerca do petróleo e da crise que ele arrasta, MUR, como não podia deixar de ser, atribui as culpas aos especuladores, os filhos naturais do capitalismo. Nada de novo, portanto. Não diz em que medida e como são responsáveis os especuladores. Limita-se a citar o que ouve à volta dele. O que faria MUR se fosse responsável por fazer alguma coisa acerca da matéria? Não disse. Presumimos, contudo, que fiel às suas convicções e à sua fé, nacionalizasse as petrolíferas que pudesse nacionalizar, e depois? Recrearia o "socialismo real" que faliu ainda há pouco tempo? Pelo que se percebe da resposta dispersa à questão colocada mais adiante pela entrevistadora (o que é o comunismo, hoje) MUR, depois de confessar o seu desencanto com a evolução do sistema na URSS, porque não contou com o povo, de exaltar as FARP e dar nota positiva ao regime cubano, MUR não tem manual de funcionamento dum sistema comunista à medida da sua utopia mas conserva o catecismo de combate aos infiéis.
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Depois do petróleo, MUR ataca a questão dos produtos alimentares, dizendo que há condições para alimentar o dobro das pessoas que neste momento constituem a população mundial, "desde que houvesse uma certa racionalidade". MUR é, como a generalidade dos políticos, e sobretudo dos mais demagogos, hábil na utilização de frases indefenidas que toda a gente desprevenida compra. Claro que se houvesse uma "certa racionalidade" (o que é isso?) o mundo seria outra loiça! Como é que isso se consegue, MUR não disse. E não disse porque nem sequer pode invocar a experiência fracassada que ele deixou de glorificar. É por demais conhecido que, faltava ainda muito tempo para a União Soviética implodir, e já a sua dependência de trigo dos EUA era a prova evidente que a "certa racionalidade" invocada por MUR tinha dado o que tinha a dar e não tinha dado grande coisa em matéria de autosuficiência alimentar.
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MUR aborda na entrevista outras questões, é certo. Mas as posições são as mesmas. O enviesamento da sua perspectiva e a calcificação do seu pensamento chega ao ponto de considerar neo-fascista o discurso e a prática política do actual primeiro-ministro. Até Manuel Alegre é acusado de não se desvincular da política neo-liberal do governo, quando a entrevistadora o interroga sobre a participação de Alegre no palco do BE.
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Depois do desmoronar da ideologia que animou o seu combate político durante décadas, de Miguel Urbano Rodrigues, com o seu passado etariamente respeitável, não poderia esperar-se já uma resposta aos desafios do mundo de hoje. Nem de MUR nem do PCP, etariamente mais novo mas intelectualmente tão calcificado como MUR.

PREOCUPAÇÃO RECENTE

Há dias, quando saía de um parque de estacionamento, acercou-se de mim um cidadão norte-americano, na faixa do cinquenta, que me perguntou quanto consumia o compacto que eu conduzia naquele momento.
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A pergunta denota uma preocupação recente dos norte-americanos. Habituados a pagar muito menos pela gasolina que os europeus, o consumo dos veículos automoveis nos EUA nunca foi para eles uma questão a ter em conta no momento da opção de compra de um carro novo. Agora, a música comeca a ser outra. Porque, ainda que os preços dos combustíveis sejam ainda cerca de metade dos praticados na Europa, a diferença agora deve-se em grande parte à perda do valor do dólar relativamente ao euro. Para o cidadão norte-americano em geral o aumento do preço dos combustíveis superou largamente o aumento sentido pelos europeus.
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É tempo de mudar de vida. Nos EUA e em toda a parte do mundo. Se a mudança voluntária não for suficiente ou não for feita a tempo, e tudo leva a crer que nao será, a recessão incumbir-se-á de cortar a torto.

AIR DE PARIS

A água engarrafada nos EUA é uma coisa bizarra. Nos restaurantes, a primeira coisa com que o cliente é brindado mal se senta à mesa é, após o "how are you doing today?", um copo grande cheio de água da torneira gelada e pedras de gelo. Gratuito. Para, logo a seguir, lhe ser perguntado o que é que vai beber. Se o cliente é dos que só bebem água a bebida do almoço é gratuita. "No problem."
Daíi que, para o norte-americano médio, o hábito europeu de pagar para beber água se assemelhe à compra de ar de Paris enlatado à beira do Sena.
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A notícia que hoje ocupa a parte superior da primeira página do Washington Post recoloca-nos a dúvida recorrente acerca da racionalidade das escolhas dos humanos e do excesso de dinheiro no bolso de alguns .
In Tokyo and Paris, you can now spend $5 a glass on special beverages selected by a professional sommelier.
Nothing surprising there, except the beverages being served are different brands of bottled water -- with various "flavors" supposedly matched to different foods.
Desalinated seawater from Hawaii, meanwhile, is being sold as "concentrated water" -- at $33.50 for a two-ounce bottle. Like any concentrated beverage, it is supposed to be diluted before drinking, except that in this case, that means adding water to . . . water.
And from Tennessee, a company named BlingH2O -- whose marketing imagery features a mostly nude model improbably balancing a bottle of water between her heel and her hip -- is retailing its water at $40 for 750 milliliters, with special-edition bottles going for $480 -- more than a million times the price of the liquid that comes from your tap.
The push to turn water into the new wine is a marketing phenomenon: The bottled-water industry is engaged in an intense effort to convince Americans that the stuff in bottles is substantially different from the stuff out of the tap.

more: http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/06/29/AR2008062901872.html?nav=hcmodule


Sunday, June 29, 2008

5 PONTOS DE VISTA DE UM AMERICANO

U5 Myths About the Death Of the American Factory

By Gilbert B. Kaplan

http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/06/27/AR2008062702865.html

Sure, U.S. banking is in trouble, but the longer-term and possibly more damaging threat to the nation's prosperity is the decline of the manufacturing sector. Late last year, the number of U.S. manufacturing jobs dropped below 14 million for the first time since 1950. It's hard to find anything else that takes us back to a time before most baby boomers (remember them?) were even born. On top of that, the United States lost another 49,000 manufacturing jobs in April alone. Hard to believe, but the last factory built in this country may be something we'll see in our lifetime, or certainly that of our children.
No wonder this is an issue in the presidential campaign, especially in big manufacturing states. To get to the bottom of the problem, though, we have to cut through the many myths that have been fabricated about the industry over the years.

1. It's all about cheap wages. American workers are just paid too much.
For most manufacturing sectors, that's just wrong. Labor costs are already less than 10 percent of the cost of making many products, including steel and semiconductors. Many of the real cost disadvantages the United States confronts are self-imposed. Our government doesn't rebate taxes to corporations when they export manufactured products, the way other countries do: A Brazilian steel company, for example, can get a 17 percent tax credit for every ton of steel it sends abroad. In addition, many foreign countries keep their currencies valued extremely low against the dollar. Most economists believe that China undervalues its currency by as much as 40 percent. That makes Chinese goods very cheap here and U.S. exports very expensive in China. This is a key driver of the $260 billion trade deficit with Beijing. We should deal with these issues in our international trade negotiations, but we haven't.

2. U.S. manufacturers can save themselves by investing in innovation.
Okay, but how much are you going to invest? U.S. private-sector companies can't put as much money into technology and research and development as foreign governments do to build up their sectors. As the chief executive of a technology firm with whom I've worked for many years says, "We're the best company in the world, but we can't compete with foreign governments." Consider
Airbus. The European Union has put more than $15 billion into building this aircraft company from the ground up. Whatever you may think about the recent U.S. Air Force decision to buy tankers from Airbus rather than Boeing, one thing is clear: Through its subsidies, the E.U. has managed to build a highly competitive aircraft industry. South Korea has put more than $12 billion into its semiconductor industry to similar effect, severely harming the U.S. semiconductor manufacturing base.

3. Trade laws and trade agreements level the playing field for U.S. manufacturers.
If only this were so. This should be the main goal of our trade negotiations. The manufacturing sector is hurting more than any other, but we're using our political capital -- in the Doha round, for example, the latest
World Trade Organization negotiating round -- to help the service and agricultural sectors. Little is being done for basic manufacturing. There are international trade laws under which U.S. companies can file cases to offset unfair practices in China, Japan and other countries, but they're difficult to use, expensive and haven't solved the problem. In 2006, despite a manufacturing trade deficit of more than $600 billion, U.S. manufacturers filed only eight new trade cases. If these statutes were really working, we would see hundreds of new cases each year, instead of watching U.S. companies decide that it's better to give up and just move manufacturing plants abroad -- something I've recently heard executives in both the textile and electronics sectors say they're thinking about doing.

4. Good management can make U.S. manufacturers lean enough to fight in the international economy.
I wish it were that easy. Even the best management can't overcome some of the structural disadvantages we face. Take health-care costs. In Europe, these costs are absorbed by the government. In the United States, manufacturers have to pay for them.
General Motors, for example, has estimated that the cost of health care adds about $1,600 to the price of each of its vehicles. How can you compete when you have to add that cost to all the other challenges a U.S. manufacturer faces? Then there are environmental-compliance costs. One recent study shows that these costs are about $77 billion a year for U.S. manufacturers. China, Taiwan and many other foreign jurisdictions have no environmental costs of any significance, because they either have no environmental laws or don't comply with them. The United States also has laws and regulations to keep our products and workplaces safe that we don't require our trading partners to comply with.

5. We make high-tech goods here, so we're okay. It's only schlock items that come from abroad.
Really? The truth is, very few high-tech companies are building new plants in the United States. The name on the box of the computer you just ordered may be
Dell or HP, but the computer itself was probably made in Asia. The fancy light-up screens on your cellphone and iPod -- liquid crystal display screens, or LCDs -- are all made in China, South Korea, Singapore and Japan. Even our greatest semiconductor companies, such as Intel, are building new state-of-the-art facilities in China. And what about the most sophisticated high-tech product in the world -- microlithography machines used to make semiconductors? These machines are a true enabling technology -- a technology from which everything else follows. It's too bad that not a single one is made in the United States. We depend on Europe and Japan for them.
Despite all the bad news, the United States still has a manufacturing sector and still produces about $4.5 trillion worth of goods a year. But we're also consuming fewer and fewer of our own products each year, and factory workers' slice of the pie is getting smaller by the month. If we don't address this problem soon, the last thing we'll be producing in America may be paper. After all, we have abundant forests, clean water and a dedicated work force with generations of experience in the art of paper-making.
And yet, given all the downsides -- foreign companies raking in tax benefits and government subsidies, currency differentials that provide foreign exporters with a 40 percent break on their sales, complex trade laws -- why make anything in this country at all? It'd be easier to disassemble the paper mills, pack the equipment in enormous wooden crates and send it off to China -- probably on the same cargo ships that, in time, will carry massive rolls of paper back to our shores.

gkaplan@kslaw.com
Gilbert B. Kaplan is a partner in the international trade practice of King & Spalding in Washington.

AMBOS VERDES


BOMBA P

As crises provocadas pelo crescimento exponencial, num período curto, dos preços do petróleo no passado foram detonadas propositadamente com o objectivo de secar o mercado e afirmar o poder estratégico no mundo actual dos detentores das principais reservas de crude mundiais. Com menos impacto temporal e nos preços, também os acidentes provocados por fenómenos da natureza têm provocado desequilíbrios momentâneos no mercado e impulsionado os preços. A Arábia Saudita tem funcionado até agora como agente regulador do mercado restabelecendo o equilíbrio, ainda que contrariando por vezes as posições dos seus parceiros na OPEC.
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O que torna diferente a crise actual é o facto de na sua origem não estar nem uma intenção de a provocar nem fenómenos naturais destruidores das instalações de extracção, refinação ou transporte do crude. A crise decorre, simplesmente, do crescimento da aceleração da procura global, potenciada por alguma especulação em stocks que, no entanto, terá forçosamente efeitos limitados. A essa aceleração da procura não está a corresponder uma paralela aceleração da oferta, propositadamente ou em consequência da limitação das capacidades instaladas, ou uma coisa e outra. O anúncio da Arábia Saudita de aumentar a produção em mais 200 mil barris por dia já em Julho não vai alterar a situação porque, por um lado, a sua participação no mercado global, ainda que continuando relativamente maioritária é relativamente cada vez menos importante, e por outro os aumentos anunciados pesam muito pouco no contexto global ainda que se saiba que são sempre relativamente reduzidas as quantidades que invertem as tendências dos preços.
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É, no entanto, notável que encontrando-se o mercado numa situação apertada não há notícia até agora de ruptura de abastecimentos, o que pode significar reduções de stoks ou redução de consumos fora da "Chíndia". Aliás, não há outra maneira de enfrentar comercialmente os produtores, refinadores e distribuidores de crude que não passe pelo recurso a outras fontes alternativas e à alteração de hábitos e processos. Nenhum ganhador aceita voluntariamente "deixar dinheiro na mesa".
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A opção por energias alternativas e a alteração de processos e hábitos é também o único caminho para desviar o mundo de uma guerra global que possa ser desencadeada pela bomba petróleo (bomba P) e decidida por uma arma de destruição total.
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Sem um compromisso dos grandes produtores de crude no sentido de aumentarem as suas produções, o contributo regulador da Arábia Saudita é insuficiente. Mas ainda que esse compromisso seja atingido, o mundo passou a viver sob a inamovível ameaça de rupturas decorrentes de acções terroristas que podem cortar o abastecimento de quantidades relevantes de um momento para o outro. Porque, por exemplo, ao mesmo tempo que a Arábia Saudita anunciava o aumento de produção dos actuais 9,7 milhões de barris por dia para 12,5 milhões durante o próximo ano, um grupo sabotador desactivou instalações offshore na Nigéria reduzindo a produção para 1,5 milhões de barris diários de um máximo possível de 2,5 milhões.
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A instabilidade política, o terrorismo, a luta sem quartel entre facções pelos dinheiros do crude, é a maior ameaça ao equilíbrio de um mercado que é decisivo à sobrevivência da sociedade em que vivemos. Porque os actos que comprometerem esse equilíbrio fazem-no sem aviso e de um momento para o outro. É a bomba P, que só pode ser desactivada desactivando progressivamente o seu grau de importância na economia global.

Saturday, June 28, 2008

O ESTÚDIO DE PAULA REGO


Art world rallies to save Rego’s studio
Knights Caro and Serota pledge support after artist says development will rob her of her daylight
LEADING members of the art world are fighting to save the back-street Camden Town studio of one of the nation’s top contemporary artists. Paula Rego, whose works have commanded fees of hundreds of thousands of pounds and whose fans are said to include Madonna, Jose Mourinho and Germaine Greer warned yesterday her work space is threatened by a developer’s plan to build flats on the roof of a garage next door to her Rochester Place studio.The artist, who has used the studio since 1993, said the scheme in the quiet, cobbled mews would cut out vital light from the work area she has used to create a series of contemporary masterpieces.
Tate Gallery director Sir Nicholas Serota, who regularly visits Ms Rego at her base, has called on Camden Council to dismiss the application. He told the New Journal: “The character of Camden Town depends on the presence of small creative businesses and of a very mixed community, including artists. It is therefore essential that good and affordable studios continue to be available to artists in the area. For this reason, I am sorry to learn that Paula Rego’s studio may be under threat from redevelopment.” And leading sculptor Sir Anthony Caro, who is also based in Camden Town, has pledged his support and is writing to the Town Hall to object to the plans.
Portuguese-born Ms Rego, who moved to London in the 1960s, has been championed by Britain’s leading art collectors including Charles Saatchi. Her work is in collections such as Tate Britain. She said: “I have seen the plans and they will affect my light, casting a shadow across my work area. It will change the way I work. I have been using a lot of pastels and light is all important for my art. It will affect what I can create.” The former light industrial warehouse was once used to make hospital stretchers and the artist took it on when the company moved in the early 1990s. With skylights in the ceilings, it made “the perfect studio” she said and she had been happy and productive in the mews.“I came round here one day and saw the stretcher people leaving,” she added. “I walked in and was lucky – the light came in through the glass roof and was perfect.”Plans on the Town Hall’s website show a design that will bring the line of the building up to the same height as the neighbouring building on the other side of the garage. Garage owner Nino De-Angelis said that when he bought the freehold of his building just three years ago, an architect had advised him to apply for planning permission because it would increase the value of the property. “In the future I may like to sell it and I would get more with planning permission. I have no intention of putting the flats in yet,” he said.

A INOCÊNCIA DOS ESPECULADORES

Luís Aguiar-Conraria aborda no seu blog a questão económica mais discutida nos últimos tempos: a culpa dos especuladores no crescimento dos preços do petróleo. A posição de LA-C, sem contestar os argumentos de Paul Krugman, que vão no sentido de absolver os especuladores, recomenda que, a haver recurso para autoridade na matéria, essa autoridade não deve buscar-se em Krugman. Terá, certamente boas razões para o afirmar, até porque tem dedicado, segundo julgo saber, parte do seu trabalho de investigação ao assunto.
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Para mim, ainda mesmo antes de conhecer as conclusões de Krugman, também a situação foi sempre muito clara: aquilo que determina o crescimento dos preços do petróleo, ou de qualquer outra commodity, é o excesso de procura sobre a oferta, excesso esse que pode ser ( e é, frequentemente) potencializado por especulação sobre a forma de açambarcamento. Mas esse açambarcamento tem limites definidos pelas capacidades de armazenagem disponíveis.
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O que distingue a exposição a factores especulativos do negócio do crude dos de outras commodities é, fundamentalmente, o facto de transaccionar um recurso não renovável e os investimentos que a alta rentabilidade atrair para o aumento das capacidades de extracção acelerarem o processo de esgotamento com redobradas consequências nos preços a longo prazo.
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A especulação de que mais se fala é diferente: a do investimento financeiros em futuros. Esses investimentos, contudo, se beneficiam do factor especulativo resultante do aumento anormal de stocks, não potenciam eles próprios os seus ganhos. Realmente, esses contratos podem não envolver qualquer concretização de fornecimentos de crude. O contrato pode ser um seguro que simplesmente transfere o risco de aumento/redução de preços a prazo ou uma aposta como qualquer investimento financeiro em bolsa.
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(...)
Paul Krugman é, obviamente, um excelente economista. Daqueles que pode vir a ganhar o prémio Nobel (apesar de me parecer que já esteve mais perto do que está agora). Não me passa pela cabeça pôr em causa a sua autoridade enquanto (macro) economista. Mas falar dele enquanto autoridade sobre preços de petróleo? A não ser que eu me engane muito, Krugman nunca fez nada relacionado com petróleo. A sua obra é vasta, mas a sua autoridade científica sobre este assunto específico é zero.
Quando recorremos a argumentos de autoridade, tenho a ideia de que recorremos sempre às mesmas autoridades. Para alguns é o Hayek, para outros o Friedman e, entre os vivos, Paul Krugman é uma autoridade muito comum. Mas dificilmente alguém será uma autoridade em todos os assuntos. Se queremos usar um argumento de autoridade, temos primeiro de encontrar a autoridade.
Neste assunto, a maior autoridade é
James Hamilton. Desde os anos 80 que estuda o assunto. Desde os anos 80 que já produziu (e ainda produz) investigação relevantíssima nesta área. Desde definir e re-definir o significado de choque petrolífero à análise empírica e teórica de como estes choques se propagam para a macroeconomia.
Fica o link para
o seu último artigo sobre o assunto. Já agora, na secção sobre especulação, Hamilton termina assim: an ongoing speculative price bubble would have to result in continuous inventory accumulation, or else be ratified by cuts in production. The former is clearly unsustainable, and if it is the latter, one might make the case that the supply cuts rather than the speculation itself has been the ultimate cause of the price increase.

Friday, June 27, 2008

ALIMENTAR UM BURACO NEGRO

Explanation: This impressive color composite shows spiral galaxy M81 across the electromagnetic spectrum. It combines X-ray data (blue) from the Chandra Observatory, infrared data (pink) from the Spitzer Space Telescope, and an ultraviolet image (purple) from the GALEX satellite, with a visible light (green) Hubble image. The inset highlights X-rays from some of M81's black holes, including black holes in binary star systems with about 10 times the mass of the sun, as well as the central, supermassive black hole of over 70 million solar masses. Comparing computer models of the giant black hole's energy output to the multiwavelength data suggests that feeding that monster is relatively simple -- energy and radiation is generated as material in the central region swirls inwards forming an accretion disk. In fact, the process otherwise appears to be just like the accretion process feeding M81's stellar mass black holes, even though the central black hole is millions of times more massive. M81 itself is about 70,000 light-years across and only 12 million light-years away in the northern constellation Ursa Major.

MUITO CUSTA SABER QUANTO MUITO CUSTA

Uma das barreiras inultrapassaveis na administração publica é a avaliação dos serviços que presta e os custos que eles têm. Quando a abordagem das ineficiências do Estado (na educação, na justica, na seguranca interna, na administração local, na defesa, etc.) se faz pelo lado da análise económica dos seus resultados, sai logo à rua o clamor contra os abomináveis "critérios economicistas". E, no entanto, são esses os únicos critérios com os quais se pode medir a razoabilidade dos preços que pagamos, sob a forma de impostos e de taxas, pelos servicos assegurados pelo Estado. Sem fazer contas não se avaliam resultados, sem avaliacão de resultados não há correcções de processos ou de políticas, sem alteração dos vícios jamais se conseguirá aperfeiçoar a admistração da república. Exigência e rigor são palavras já gastas no discurso político mas recusadas na administração dos serviços públicos.
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Não admira que uma grande parte daqueles que trabalham sem prestar contas se insurja quando vê sugerida a hipótese de lhe ser retirada a intocabilidade congénita. De entre as funções do Estado, é a administração da justiça que goza de maior grau de inimputabilidade. Com todas as preversas consequências que dessa inimputabilidade resultam para o estado de saúde política, moral e económica do país. Sem justiça que garanta em tempo oportuno a execução das leis que regem o país, os custos acumulam-se, os resultados esfumam-se, os investimentos procuram paragens mais fiáveis.
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Alguém sabe quanto custaram já ao país os processos "apito dourado", o "Casa Pia", o "Fátima Felgueiras", o "Furacão", e tantos outros que enchem as páginas dos jornais? Receio que ninguém saiba. Quem paga as manobras dilatórias que fazem eternizar os processos e a exponenciar-lhe os custos? Isso sabemos: nós. Nós os que nada temos a ver com os processos nem somos ouvidos nem achados na nomeação dos responsáveis pela administração desta justiça
que não serve, frequentemente, os interesses da comunidade. Alguém sabe quanto custa um processo de cobrança, ou reconhecimento judicial, de dívidas? E quanto pagam por eles os autores ou os fautores? Quem paga a diferença? Nós, evidentemente.
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Sendo o preço da justiça bastante inferior aos seus custos (de outro modo o orçamento do ministério respectivo não seria tão utilizador dos fundos públicos) suscita-se o uso e abuso dos tribunais de forma duplamente gravosa para os cidadãos em geral: i) porque é mais cara para os terceiros estranhos às contendas ii) porque se torna mais morosa para os contendores e torna a comunidade menos fiável aos olhos dos investidores.
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Em nome da independência, inimputabilidade e inamobilidade dos agentes do terceiro pilar da república ninguém faz contas. Mas quase toda a gente se lamenta. Como se com a lamentação infinita a justiça possa comover-se emendar-se. Só fazendo contas se poderá emendar alguma coisa.

EXPLICACÃO DA QUEDA

Why the Stock Market Had a Terrible Day
http://robertreich.blogspot.com/2008/06/why-stock-market-had-terrible-day.html


The big surprise is why anyone should be surprised the stock market dropped 3 percent today. The immediate trigger was the price of oil moving above $140 a barrel for the first time. A secondary trigger was yesterday's decision by the Fed not to reduce interest rates. (Some conservatives maintain it was the Fed's failure to RAISE them that caused today's ruckus on Wall Street, because global investors took it as a sign they could do better by investing elsewhere than the U.S., which caused the dollar to drop. They're wrong. The recession is the biggest worry for everyone, including global investors.) Another was the implosion of the US autos sector, and additional writedowns by major Wall Street banks. But behind all of this is the one fundamental fact that economic analysts would rather not dwell on: American consumers are at the end of their ropes. High energy prices have contributed to it, as have high food prices. Consumer confidence is plunging. Housing prices are still dropping, which means the piggy banks of home equity and refinancing are closing. But without consumers, there's no one to buy all the goods and services we create. Sure, big American companies are doing fine abroad, but foreign sales can't sustain them. Nor can exports. Hence, bond defaults by companies are up. Earnings are down. What to do? Two things. We need an expansive fiscal policy that stimulates the economy with infrastructure spending -- especially mass transit, levees, and bridges, as well as investments in green technologies. We also need a more progressive tax system that puts more money into the hands of the middle class and working class -- which will spend it. Economists Thomas Saez and Thomas Piketty have recently calculated that even excluding capital gains, 75 percent of the pretax income growth between 2002 and 2006 went to the best-off 1 percent of American families. Had they had more recent data, I'm sure they'd find the same or more through 2008. But the rich don't and won't put their burgeoning incomes back into the U.S. economy. They don't consume at nearly the same rate as everyone else because they already have most of what they need. And they don't necessarily invest their growing income in America. To the contrary, they invest it around the world wherever it can get the highest returns. And because consumer purchases are slowing here, there's less money to be made by investing here. Full circle.

Thursday, June 26, 2008

A CULPA DOS ESPECULADORES

O meu Amigo L. Machado fez o favor de me enviar o endereço de uma nota da iarnotícias, que não conheço, mas que, por vir de quem vem, deve merecer uma leitura, que atribui aos especuladores a responsabilidade por 60% do aumento do preço do crude. Não menos!
Ainda não tive tempo para a ler com atenção mas prometo escrever um post dentro em breve, comentando. Entretanto, transcrevo mais um dos artigos de Paul Krugman sobre o assunto, conhecido professor de economia e colunista do New York Times.
Até melhor entendimento sobre a questão, continuo a concordar inteiramente com a abordagem de Krugman.
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Quanto aos 6o% da iarnotícias, se fossem verdadeiros, teríamos o problema dos preços do crude resolvidos.
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Various notes on speculation
First, Friedrich von Schiller was right.
About 20 years ago there was an argument about exchange rates and the trade balance that, to me, resembles some of what I’m hearing now. The issue then was whether the United States had to have a real depreciation — a fall in the relative price of its goods and services — to reduce its trade deficit. A significant number of well-trained economists said no — you see, the current account is, as a matter of accounting identities, equal to capital inflows; so if capital inflows fell, so would the trade deficit — no need for real exchange rate changes. John Williamson had the perfect phrase for this delusion: he called it “the doctrine of immaculate transfer.” The point was that ultimately, to reduce the trade deficit something had to provide incentives for higher exports and lower imports; the financial markets could only affect trade to the extent that they changed those incentives.
Right now I see well-trained economists getting caught up in an equivalent fallacy — the doctrine of immaculate hoarding? — because they’re getting hung up on the financial relationships between spot and futures. Whatever you say about the futures market, it can only drive up the spot price by causing physical hoarding of physical goods.
Second, some readers have asked me why my inventory argument didn’t apply to the housing bubble. The answer is that a house is a durable good, which unlike oil, which you have to burn, isn’t used up by the consumer; what we consume are housing services — in effect, consumers rent houses, from themselves if they happen to be homeowners.
To see the equivalent in housing of what the oil bubble types think they’re seeing in oil, we’d have to have seen a sharp rise in rental rates. It didn’t happen. Here’s the Case-Shiller 20-city index compared with the BLS measure of owner’s equivalent rent, both deflated by the CPI. The housing bubble had essentially no effect on rental rates.
No bubble in rents
Third, some people have asked what I said about the California energy crisis of 2000-2001, perhaps history’s greatest example of market manipulation.I first broached the manipulation issue in
California screaming, written in December 2000. I didn’t really figure it out, however — I was still giving too much credence to the conventional wisdom about underinvestment — until The Price of Power, published in March 2001. The Real Wolf, published a month later, pulled it all together.
During that whole period, I was pretty much the only voice in a major news outlet even suggesting that market manipulation might be a central factor.
And here’s the thing: I applied pretty much the same reasoning to that crisis that I’m applying now. The only way market manipulators could have been driving up prices was by keeping physical supply off the market. And they were in fact doing just that: there was huge unused generating capacity, consistent with the idea of deliberate withholding. Some years later we would actually get hold of control room tapes in which Enron traders called plants and told them to shut down, and boasted about cutting off Grandma Millie’s power.
I’m still waiting for evidence that physical withholding is going on in the oil market.

SONDAGENS INICIAIS

Obama Leads McCain in Four Key Battleground States
Voters in Colorado, Michigan, Minnesota and Wisconsin Are Split on Obama-Clinton Ticket, According to Quinnipiac-washingtonpost.com-Wall Street Journal Survey
Presidential Preference


If the election were today for whom would you vote?
In two other states that were closely contested in the 2004 presidential election -- Wisconsin and Minnesota -- Obama holds double-digit edges among likely voters, an indication that these states may not be in the swing category this election. The Democratic Party's presidential nominee carried both Wisconsin and Minnesota in each of the last four elections, although Sen. John Kerry (Mass.) won each by slim margins in 2004.
The four surveys are the kickoff of a four-month effort to measure voter sentiment in key battleground states. They echo several recent national polls -- including surveys conducted for Newsweek and the Los Angeles Times/Bloomberg -- showing Obama with a double-digit lead over McCain, the GOP candidate. However, other national surveys -- including the Gallup daily tracking poll -- show the race to be much closer.

OUTRA VEZ O RALPH

Quem pensa que as eleições presidenciais norte-americanas são discutidas sempre apenas entre os dois candidatos dos partidos Democrata e Republicano, está muito enganado. Mesmo no passado recente, a candidatura de um terceiro candidato, que nunca ganhou, tem feito perder, e ganhar, eleições. Os dois terceiros candidatos que nas ultimas eleições tiveram influencia decisiva nos resultados favoreceram, num caso, o candidato democrata (Bill Clinton) e no outro o candidato republicano (George W. Bush). Ross Perot, um milionario perdulário, esbanjou uma pequena parte da fortuna para concorrer no mesmo terreno de George Bush (pai) dando a vitória a Bill Clinton. Ralph Nader, um rapaz de 74 anos, solteiro, um metro e noventa de altura, advogado, dizem que trabalha doze a catorze horas por dia, sete dias por semana, 52 semana por ano, poliglota, fala sete línguas, entre as quais o português, geralmente considerado sabotador das causas que defende, Nader conta para já com 6% de intenções de voto nas sondagens. Em 2000, Nader contribuiu muito mais para a estranha derrota de Al Gore do que as confusões que caracterizaram as contagens de votos e finalmente atribuiram o mandato a George W.Bush. Em 2000 Nader sabotou a vitória de Al Gore, Prémio Nobel da Paz pelas suas verdades inconvenientes a favor do ambiente, desfraldando a bandeira da causa ambientalista. Mesmo assim o número de fieis tem-se mantido inexplicavelmente elevado para um candidato, mesmo por ele próprio reconhecidamente não elegível, que reaparece na cena política apenas de 4 em 4 anos.
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As eleições em democracia tendem a disputar-se sempre num intervalo relativamente estreito de votos e as de Novembro próximo não deverao fugir à regra. Em estados onde o sentido do voto flutua todos os votos são decisivos. Obama tem Ralph Nader à perna. Os votos que ele conseguir podem derrotar Obama.

Wednesday, June 25, 2008

O ESTADO DOS TÁXIS


Táxis vão aumentar os preços já em Ju lho
O sistema tarifário dos táxis vai sofrer uma mexida já em Julho, que se vai manter até o final do ano. A medida faz parte do pré-acordo a que o sector chegou hoje com a Secretaria de Estado dos Transportes e que deverá ser assinado amanhã à tarde. Os aumentos serão na ordem dos cinco por cento. (Público online)
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Quando, há uma semana, chamámos o táxi que nos costuma levar ao aeroporto, a conversa com o motorista encaminhou-se para os preços autorizados para os táxis depois das notícias que ouvimos na rádio a propósito dos bloqueios dos camionistas reclamando gasóleo mais barato. E, obviamente, gasóleo mais barato é também o que reclamam os homens dos táxis. Porque, argumentava o interessado, há mais de um ano que os preços não eram revistos. Com todos os aumentos de gasóleo que, entretanto se tinham observado, o negócio estava pelas ruas da amargura. E deve estar.
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Perguntei: Mas porque carga de água se mete o Estado na fixação do preço dos táxis? Por que bulas têm os taxistas que aguardar que o Estado considere, calcule e despache aumentos?
Percebe-se perfeitamente que alguém estipule uma tabela, caso contrário as situações de logro e abuso praticadas por alguns multiplicar-se-iam impunemente. Mas, argumentei eu, os profissionais dos táxis têm uma associação, por que é que a associação não assume o papel de regulador e fixa ela própria as tabelas? O motorista não soube responder. Sabe, disse ele, sempre foi assim, é difícil ser de outra maneira.
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Ficámos por ali. Sai hoje a notícia que o Estado deu luz verde para um aumento de cinco por cento. Por quê o Estado? Há 33 anos, em consequência da nacionalização dos mais importantes grupos operadores rodoviários do país, o Estado passou a deter, entre outras actividades, a exploração da água de Caneças, uma barbearia, e, salvo erro, alguns táxis. Da barbearia e da água de Caneças já abdicou. Pelos vistos continua, a contento de todos, envolvido no negócio dos táxis.
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Contra mim falo: Afinal se em contrapartida da intervenção no negócio o Estado conceder algumas vantagens ao táxistas, e por tabela o que nos leva ao aeroporto, o preço será mais baixo, e a minha vantagem que a pague quem anda de combóio. Ou a pé.

ESCUDO CONTRA A INFLAÇÃO

Inflation protection: one index doesn’t fit all
Ivo Arnold Jun 25, 2008


Will inflation spoil the ECB’s 10-year anniversary party?
While the ECB has succeeded in keeping inflation close to two percent for almost nine years since its inception, at the start of 2008 inflation crept above three percent and has remained there since. This level is clearly incompatible with the ECB’s price stability objective. Moreover, inflationary pressures from energy and food markets show few signs of abating. A prudent monetary policy response would focus on preempting second-round effects via wage formation and inflationary expectations. A firm interest rate hike by the ECB is, however, hampered by worries about financial sector fragility and the potential consequences of the credit crisis for the real economy.Uncertainty about the inflation outlook and the monetary policy response is reflected in the market for index-linked bonds. Demand for these bonds has surged this year, pushing so-called breakeven inflation rates to their highest level since years, as investors seek protection from soaring oil and commodity prices. Market participants complain about the limited supply of indexed linked bonds, which results in high prices and low real yields. In the euro area the supply is also of the wrong kind. Inflation protection predominantly comes in the form of plain-vanilla bonds indexed to a euro area consumer price index. These bonds are not tailored to the needs of users based in individual countries and fall short of offering full inflation protection. Nor do these bonds have very attractive diversification properties. If European governments would issue more bonds linked to national inflation rates, investors would be better able to lock in real-value certainty and the bond market would be enriched by a varied supply of index-linked flavors.
Index-linked bonds (ILBs) exist because they benefit issuers as well as investors. (...)
(...)Is it really true that inflation uncertainty is still a national experience, ten years after monetary unification? After the introduction of the euro, the cross-country variation in the inflation rates has in any case not fallen quickly. Inflation differentials have also been quite persistent (much more so than in the United States). As a consequence, the consumer price indices of euro area countries have fanned out and seem to bend together only slowly, if at all (see the graph).
Over the period 1998-2007 the purchasing power of €1000 has diminished from €858 in Germany to a low of €707 in Ireland. Even if over time inflation rates would converge to the euro area average, there is no guarantee that the accumulation of past inflation deviations will be compensated by opposite deviations in the years to come. In that sense, national inflation shocks still entail considerable long-run price-level uncertainty even if the inflation rates themselves would have a tendency to converge.
Price level divergence is much more of a problem in the euro area than in the United States, the latter being a better integrated currency union with greater price/wage flexibility and higher mobility of production factors. The persistence of euro area inflation differentials is exacerbated by the macroeconomic adjustment process. With a uniform nominal interest rate, domestic real interest rates will be lower in high inflation regions, discouraging savings and stimulating consumption and investment. Compared to a monetary policy that is conducted nationally via a Taylor-type interest rate rule, within a monetary union the real interest rate channel no longer acts as a brake on the cycle but instead may accelerate regional economic developments. This effect may be further amplified by wealth effects, as low real interest rates inflate housing prices (Spain and Ireland being the obvious examples here). The remaining countervailing force is the appreciation of the real exchange rate. However, the elimination of nominal exchange rates has reduced the speed with which this variable adjusts. This implies that a strong cross-country synchronization of inflation cycles cannot be taken for granted inside the euro area.
Inflation uncertainty is likely to be a bigger problem for smaller euro area countries. ECB interest rate setting is based on aggregate euro area data. Because of their low weight, inflation shocks in small countries have a minor effect on euro area data. Large countries have greater influence on ECB policy. While investors residing in small EMU countries are faced with increased inflation uncertainty, their hedging opportunities are currently inadequate. This suggests that there may be a demand for inflation-protected securities aimed at investors in individual countries.
The data illustrate the usefulness of nationally indexed ILBs in hedging inflation risk. Nationally indexed ILBs will also contribute more in terms of portfolio diversification than euro-indexed ILBs. If the safeguards in the Maastricht Treaty do their work, the ECB will be able to keep inflation close to 2%.
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ESTÁ COMPLICADO



Global Recession Watch: A Dozen Significant Economies are at Risk of a Hard Landing
Nouriel Roubini Jun 25, 2008
Which countries around the world are at risk of a hard landing, i.e. a sharp growth slowdown and an outright recession? Following the U.S. the list is now growing. Countries now at risk of a hard landing now include: the U.S., the U.K., Spain, Ireland, Italy, Portugal, Japan, Canada, New Zealand, Latvia, Estonia and a few other central-south European countries
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Escalada dos preços do petróleo
junho,25
http://diarioeconomico.sapo.pt

/edicion/diarioeconomico/internacional/economia/pt/desarrollo/1138974.html
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Deutsche Bank avisa que petróleo a 200 dólares irá destruir o sistema económico global. O maior banco alemão alertou hoje para o facto da Economia mundial ficar em risco de colapso, caso o preço do petróleo atinja os 200 dólares por barril nos mercados internacionais.

Segundo afirmou em entrevista à Bloomber o principal analista do Deutsche Bank para a Energia, Adam Sieminski, "petróleo a 200 dólares irá quebrar a espinha da economia global (...) a seguir aos 200 dólares, o próximo passo seria uma recessão à escala mundial e más notícias para toda a gente".Estes comentários de Sieminski surgem depois do Goldman Sachs ter previsto que os preços do petróleo poderão subir para valores entre os 150 e 200 dólares por barril no espaço de dois anos, uma vez que o crescimento dos fornecimentos, em particular dos produtores exteriores à Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), não está a conseguir acompanhar a procura. A Rússia, que é a maior exportadora de petróleo do mundo a seguir à Arábia Saudita, enfrenta este ano a primeira quebra da sua produção nos últimos dez anos, uma vez que em Maio a sua produção recuou 0,9% para os 9,76 milhões de barris por dia."O crescimento [da produção petrolífera russa] recuou em termos homólogos, e isto está relacionado com as políticas implementadas no ano passado para aumentar os impostos sobre a indústria petrolífera (...) isto dificultou a entrada de capital.

Tuesday, June 24, 2008

O DILEMA DOS BANCOS CENTRAIS

É frequente afirmar-se que BCE e Fed se distinguem pela restrição das atribuições do primeiro, que se limitam à contenção da inflação, e pela maior amplitude das atribuições do segundo que deve conciliar a travagem dos preços com o crescimento económico. A crítica parecia pertinente até ao momento em que o fantasma inflacionista espreita e o crescimento desmaia. Que pode fazer nestas ocasiões a Reserva Federal dos EUA? É o que vão discutir hoje e amanhã os 12 membros da FOMC (Federal Open Market Comission), dos quais 5 são presidentes dos bancos centrais regionais. Compete à FOMC decidir a política monetária do país.
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A actual organização da Fed vem de 1913 quando o Congresso, receando a concentração do poder financeiro em Washington ou Nova Iorque, criou bancos regionais abrangendo todos os EUA. Bernanke, o actual presidente da Fed, tem por hábito ser o último a usar da palavra nas reuniões da comissão. O seu antecessor, Greenspan, falava em primeiro lugar de modo a influenciar no sentido que pretendia os votos dos restantes membros. O temperamento de Bernanke numa conjuntura caracterizada por inflação à vista e a economia débil, dá fôlego às opiniões contrárias e, nomeadamente, dos governadores regionais da Fed. Estes são eleitos pelos banqueiros e homens de negócios da região, que privilegiam normalmente a contenção da inflação.
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Quando a inflação está em crescendo ou a economia em queda, as diferenças de opinião entre os membros da comissão, quando existem, são de pormenor. Quando, porém, como na situação actual os dois males ocorrem em conjunto, as divergências emergem.
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Durante os últimos 10 meses Bernanke cortou a taxa de juro de intervenção da Fed com o objectivo claro de espevitar a economia e evitar uma depressão profunda. Mas pelo menos um membro da comissão votou contra nas últimas sete reuniões e outros dois fizeram o mesmo nas duas reuniões mais recentes. Vários membros vêm repetidamente argumentando que a inflação é uma ameaça em crescendo que tem de ser prioritariamente atacada. Richard Fisher, o presidente da Fed em Dallas, enalteceu nos primeiros dias deste mês a forma como o presidente do BCE tem travado o crescimento da inflação na União Europeia, em nítido contraste com a política de Bernanke. O descontentamento dos governadores, à excepção do presidente da Fed de Nova Iorque, alarga-se à intervenção de Bernanke no sistema financeiro ao safar o Bear Stearns, à beira da falência.
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Tudo conjugado, da reunião em curso deverá sair a notícia da não alteração da actual taxa de 2 por cento e o aviso à navegação que para a próxima poderá haver subida porque a inflação começa a ser muito preocupante.
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Razão tem Trichet. Quando chega a hora da verdade, há diferenças em quê?
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McCAIN MUDA DE OPINIÃO

Pouco depois de anunciar o seu apoio à proposta de Bush de suspensão da moratória sobre prospecções de crude, McCain visita a Califórnia e baixa a bitola. A Califórnia é demasiado importante para McCain contrariar a opinião pública dominante acerca do assunto e a posição do próprio governador, o republicano Arnold Schwarzenegger. Por hoje, McCain quer que a nova administração em Washington seja verde. Votará Obama?
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McCain Wants a Greener Government
By Karl VickSANTA BARBARA, Calif.
At the Santa Barbara Museum of Natural History, John McCain stared into the very mouth of the beast. And he wasn't at the dinosaur exhibit.Only days after calling for an end to the federal moratorium on off-shore drilling, the presumptive Republican nominee bravely came to the site of the worst derrick spill in U.S. history, the 1969 catastrophe that loosed crude at the rate of 1,000 gallons an hour for a solid month from an offshore Union Oil platform. It coated 35 miles of shoreline in three million gallons of oil, killed 10,000 seabirds and galvanized passage of the National Environmental Policy Act later that year.
"Some NERVE Coming Here To Try To Sell Earth-Desecrating Policies To Us," read a sign amid the protesters clustered outside the museum, where the campaign convened an "Environmental Briefing." Others read: "No More Offshore" and "Not Off Our Coast."In California, at least, McCain's reversal on the moratorium appears to have overshadowed his efforts to highlight his progressive message of a Republican candidate alarmed by global warming and enthusiastically urging alternatives to fossil fuels.
Polls show Golden State residents, including Gov. Arnold Schwarzenegger, covetous of their fabulous coast, and unmoved by the gas prices that have Americans elsewhere loosen their traditional opposition to drilling in sensitive areas.At the event, McCain proposed a "greening" of the federal government, saying that "energy efficiency, like charity, should begin at home."
"From now on, we're going to make those civilian vehicles flex-fuel capable, plug-in hybrid, or cars fueled by clean natural gas," McCain said. "If our great goal is to move American transportation toward lower carbon emissions, then it should start with the federal fleet."
McCain also called for retrofitting government buildings to make them more energy efficient.

But the Arizona senator found no escape from criticism even at a fundraiser, where a supporter who happens also to sit on the California Coastal Commission took the guest of honor to task: "We're really kind of goosey here about oil spills," Dan Secord said. "And we're goosey here about federal drilling and oil lands, which are abundant offshore."So we ask you to look out there to the south and the southeast and remember the greatest environmental catastrophe that's hit this state and then balance that with the notion of winning California. This is a vibrating blue city and a vibrating state, and it's gonna be a tough haul."Inside the museum, Schwazenegger held his fire on the offshore question, instead pointing out that McCain has said he would allow California to enforce emission controls that the Bush Administration has moved to strike down. The Terminator also lauded McCain's plan to make the federal government a green giant, by purchasing flex-fuel, hybrids and natural gas vehicles for its civilian fleet and enforcing energy efficiency in its 3.3 million square feet of office space.
"This is the responsibility of government to be a perfect example," said the Republican governor. "We have done all those things in California and it would be great if they were done at the federal level."
Acting as moderator, McCain lamented the lack of a national energy policy without mentioning President Bush by name. Instead, looking forward, he drew out his energy advisor, former CIA director James Woolsey, on the money he saves driving a Prius adapted to plug-in (as sold by Toyota, the vehicle charges itself on the road). Woolsey said he's getting 150 miles a gallon, and paying 2 cents a mile. And because plug-ins charge overnight, when demand on the electricity grid is low, two thirds of the cars in California could be plug-ins before the increase in demand would require construction of a new power plant, he said.But there was a skeptic on the stage.
"I guess I'm a little less optimistic about technology solving our problems," said Michael Feeney, executive director of the Land Trust for Santa Barbara County, a group that buys sensitive lands to preserve them. To applause, he added: "I'm a little less optimistic about the federal government, particularly the Congress, being able to put its arms around these issues in a productive way."
Feeney criticized McCain for promoting nuclear energy, though some environmentalists have come around on it as cleaner alternative to coal.
"It makes me nervous to think about those who are proposing to drain America's offshore oil and gas reserves as quick as possible in hopes of driving down the price of gasoline," Feeney said, noting that it would take more than a decade to bring production online, a point McCain conceded at a town hall meeting a day earlier in Fresno: "Even though it may take some years, the fact that we are exploiting those reserves would have psychological impact that I think is beneficial."The Barack Obama campaign gleefully jumped on the remark, pointing it out to reporters in e-mails.
Feeney was more diplomatic. "I appreciate the spirit that you're trying to promote," he told McCain. "But I think we have to be very cautious about what I see as signs that we need to roll back environmental standards. And I also think that I'd like to hear more national leaders telling American people that there is going to be pain and disruption and adjustment to our way of life in this country to address these challenges.
"I think too rosy of a face is being put on. I don't think we can solve these problems and still, as happened to me yesterday, almost get run over in a Trader Joe's parking lot, as she was driving her 7,000 pound Yukon Denali to go pick up her two bags of groceries. That can't happen any more. And that's the way we need to drive things, to make people realize that all of us have to change, and it is going to be more expensive. And we're not going to see $2.50 gasoline in this country again, and we shouldn't."

Monday, June 23, 2008

AQUECIMENTO LOCAL

A discussão acerca da dependência energética dos EUA, que todos reconhecem ser uma questão de segurança do próprio estado norte-americano, e da forma de a minorar e ultrapassar, passou a estar indissocialmente ligada a uma outra, bem menos consensual: as responsabilidades dos consumos imparavelmente crescentes de combustíveis fósseis no aquecimento global e as dramáticas consequências desse aquecimento na vida do planeta. A proposta de Bush ao Senado no sentido de consentir a exploração de crude na costa norte-americana está a mobilizar os depoimentos daqueles que apoiam aquela proposta e
dos que a rejeitam.
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Hoje, 20 anos depois de James E. Hansen, um cientista da NASA ter dado o seu depoimento perante a Comissão de Energia e Recursos Naturais do Senado, o mesmo cientista volta ao Senado para depor perante a Comissão sobre o aquecimento global. Sem ter mudado de opinião.
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*Enquanto o aumento dos precos dos combustiveis e cada vez mais preocupante em todo o mundo, ha muitos ganhadores com a crise. Houston, a capital mundial da energia, esta ao rubro com o aumento das capaciades de refinacao das suas instalacoes actuais e a construcao de novas.
Turning Up the Heat on Climate Issue
20 Years Ago, a 98-Degree Day Illustrated Scientist's Warning
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There have been hotter days on Capitol Hill, but few where the heat itself became a kind of congressional exhibit. It was 98 degrees on June 23, 1988, and the warmth leaked in through the three big windows in Dirksen 366, overpowered the air conditioner, and left the crowd sweating and in shirt sleeves.
James E. Hansen, a
NASA scientist, was testifying before the Senate Energy and Natural Resources Committee. He was planning to say something radical: Global warming was real, it was a threat, and it was already underway.
Hansen had hoped for a sweltering day to underscore his message.
"We were just lucky," Hansen said last week.
Today, 20 years later, a series of events around Washington will commemorate Hansen's appearance before the Senate committee. Hansen himself will appear before a House committee on global warming.
This anniversary comes just after a major setback for environmentalists, as a bill that would have begun to regulate greenhouse-gas emissions failed in the Senate.
But still, activists say that Hansen's 1988 testimony will look to history like a turning point -- a moment when the word "if" started to disappear from the national debate about climate change.
"Before Jim Hansen's testimony, global climate change was not on the political agenda. It was something that a few environmentalists and a few politicians . . . were talking about," said Jonathan Lash, president of the World Resources Institute, an environmental group.
"Hansen was clear, explicit and unequivocal," Lash said. "It absolutely put global climate change at the center of the discussion."
Hansen, the director of NASA's Goddard Institute for Space Studies in New York, will give a speech on climate change at noon at the
National Press Club. In the afternoon, he is scheduled to give a briefing before the House Select Committee on Energy Independence and Global Warming.
He is now semi-famous, at least in Washington, for his warnings about the growing danger of climate change -- and for his repeated showdowns with higher-ups who have sought control over his message. The clashes have been particularly frequent with the administration of
George W. Bush.
In 1988, however, Hansen was just a government scientist, and his cause was almost equally obscure.


He told the sweltering senators that 1988 was shaping up to be the warmest year in recorded history, and that -- with heat-trapping gases building up in the atmosphere -- this was probably not a coincidence.
"The greenhouse effect has been detected, and it is changing our climate now," Hansen said, according to a
Washington Post account of the hearing. "We already reached the point where the greenhouse effect is important."
Christopher Flavin of the
Worldwatch Institute said Hansen's testimony made a crucial point: that rising temperatures were a problem for the present, not just for future generations.
"Until there was some evidence that it was actually happening, it was virtually impossible to motivate anyone," said Flavin, whose group is hosting Hansen's lunchtime speech today. "That will really sort of go down in history as a kind of pivot point."
Two decades later, climate change has become a global cause. Last year, the
United Nations Intergovernmental Panel on Climate Change -- a collaboration of scientists from around the world -- won the Nobel Peace Prize for research establishing a consensus that the phenomenon is real. The panel shared the prize with former vice president Al Gore, who was recognized for his film "An Inconvenient Truth."
But things look different on Capitol Hill. In the two decades since Hansen's testimony, Congress has not passed any law mandating major cuts in greenhouse-gas emissions. In that interval, 21 new coal-fired generating units have been built at power plants around the United States. The country's total emissions of carbon dioxide have climbed by about 18 percent, according to the latest statistics.
The most recent attempt to pass a law, sponsored by
Sens. Joseph I. Lieberman (I-Conn.) and John W. Warner (R-Va.), was pulled from the Senate floor June 6, after its supporters could not muster the votes to overcome a filibuster threat.
Opponents of the bill said that it would impose huge costs on the U.S. economy by raising fuel prices and that it would deliver only uncertain results.
In an e-mailed statement,
Sen. James M. Inhofe (R-Okla.) said the bill's failure was proof that Hansen's message had not caught on.
"Hansen, Gore, and the media have been trumpeting man-made climate doom since the 1980s. But Americans are not buying it," Inhofe said. "It's back to the drawing board for Hansen and company as the alleged 'consensus' over man-made climate fears continues to wane and more and more scientists declare their dissent."
Today, Hansen said, he intends to repeat his message from two decades ago -- this time with even more urgency. He said he believes that the United States must wean itself almost totally off fossil fuels, and do it as quickly as possible, to stave off the most catastrophic consequences of warming.
"We're at the situation again when there's this big gap between what we understand scientifically and what is known, recognized by the public and policymakers," he said. "This time, we have to close that gap in a hurry, because we're running out of time."
This time, though, the weather won't help as much. The high for today is supposed to be only in the low 80s.

Sunday, June 22, 2008

PARA ONDE VAI A CHINA?


O Washington Post publicou ontem um extenso artigo acerca do crescimento chinês espelhado na sua arquitectura . Imperdível.
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/06/19/AR2008061902989.html


Towering Ambition
Of All China's Stories, None May Be More Telling Than The Ones Architects Are Creating in Concrete and Steel
A few months ago, one of China's most outspoken and admired architects was asked to name the stupidest thing he's heard someone say about Chinese architecture. Speaking at a Columbia University conference, Qingyun Ma offered up a question rather than a statement: "What is Chinese architecture?"
He hates it when people ask that.
But how can you not ask it? Half of the construction in the world today is happening in China. Driven by a booming economy and a huge population migration to the country's cities, making new buildings is a round-the-clock, frantic, awe-inspiring national obsession. It is happening at such a rapid rate that young Chinese architects, even ones still finishing architecture degrees, have burgeoning portfolios of built projects -- while their counterparts in the West may spend the first two decades of their careers mulling the philosophical niceties of what it means to dwell. And given that Ma isn't just a prominent Chinese architect, but also dean of the architecture school at the University of Southern California, the question has a certain urgency. Whether they know it or not, young architects in China may already be learning to make Chinese architecture -- whatever that turns out to be.
Ma's exasperation, however, is understandable. Asking "What is Chinese architecture?" is a bit like asking "What is Western art?" There's too much to be considered. Western architects have flocked to China, where they can build projects on a scale that would be impossible almost anywhere else today. With the Olympics focusing world attention on Beijing, China can boast two new world-class athletic facilities and one soon-to-be-completed office tower that have set the standard for powerful, daring, jaw-dropping architecture -- all designed by blue-chip foreign firms. But it's not clear that what they're producing is Chinese architecture.

UM MILAGRE CHAMADO VASCO

Já tinha desistido de prestar atenção à destilação de VV quando, involuntariamente, deparei com mais uma das suas clonadas colunas. Aquele que é considerado por muitos dos seus admiradores um dos mais finos e inteligentes críticos deste país, concluía mais uma vez que não temos saída do buraco onde a história nos meteu. Como perante as conclusões de sua eminência se dobra concordante, espantada e bloqueada a generalidade da intelectualidade portuguesa, não podemos concluir outra coisa senão de que ou estão todos à espera que alguém venha do exterior (talvez os turcos) tirá-los da enrascada ou se resignaram a cair para o lado por inanição ou falta de ar.
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Diz VV que
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«Cada vez que há uma crise do petróleo, aparece a ortodoxia a proclamar zelosamente duas coisas. Primeira, que temos de pensar a sério na energia solar e na energia eólica. Segunda, que temos de mudar de vida. É uma conversa sem sentido. A energia eólica e a energia solar, no estado actual da tecnologia, não resolvem problema nenhum: cobrem uma pequeníssima parte do consumo e, sobretudo, são caríssimas.
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Depois de avisar que as energias alternativas não são solução, e que a sua promocão é uma conversa fiada, avança o Inteligente com alguma proposta (carvão, lenha,nuclear,vela de cera, sílex, etc) ? Nicles. Sua sumidade não nasceu para propor seja o que for. As energias solar e eólica nao servem para nada, todos os tipos que por esse mundo fora andam a pensar que fazem faísca com o vento ou o sol ou a água, doce ou salgada, são uns idiotas chapados. Onde é que o Vasco foi aprender tanta coisa acerca de energias para ser tão afirmativo, ninguém sabe. O que se sabe é que o Vasco, diga o que disser, passa recibo e ganha para as sopas.
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Não tendo safa possível, segundo o Vasco, a "populaça" (designativo recorrente na valente prosa ) nem tem petróleo nem pode deixar de acender o candeeiro. Mais do que condenada à pobreza, a "populaça" esta condenada a ficar baralhada. A menos, hélas!, que haja um milagre.
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É o que ele diz:
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Quanto à necessidade, e à urgência, de mudar de vida, nunca a ortodoxia explica exactamente o que isso na prática significa: significa um empobrecimento tão extenso e tão profundo que, mesmo num país como Portugal, com a sua miséria e o seu atraso, 80 por cento da população não a suportaria. "Mudar de vida" seria pior do que uma revolução, seria o fim de uma civilização.
Com a minha idade, um homem pode imaginar um país devolvido de repente a 1948 ou 1949, antes de enriquecer e de engordar com o petróleo barato. Bem sei que o Portugal de Salazar não serve de exemplo (mas já lá vamos). Por agora, basta falar da classe média urbana. Em Lisboa quase não se viam "automóveis" (como se dizia). Toda a gente andava de eléctrico (muitos do século XIX) ou de autocarro (de resto, poucos). Viagens não se faziam ou só se faziam de longe em longe com trepidação e sacrifício. Em casa, não existiam electrodomésticos fora a telefonia (um luxo) e o frigorífico (outro luxo) e o ocasional aspirador ou ferro de engomar (o fogão era naturalmente a gás). Não me lembro de ar condicionado: nem na escola, nem na faculdade, nem no trabalho. As roupas, como os livros, passavam de irmão a irmão ou de pais para filhos. Ninguém desaproveitava comida, meticulosamente medida e recozinhada, que ia ressuscitando de "prato" em "prato". Ninguém acendia a luz sem precisar. E o cinema estava reservado para sábado ou domingo (um dia por semana).
Quando comecei a sair de Portugal, num Mini perigosíssimo, não encontrei auto-estradas que me separassem do mundo, encontrei estradas de vinte e trinta anos com um trânsito suportável e até simpático. Em Inglaterra, apesar da euforia do tempo, as pessoas contavam tostões - libras, se quiserem - e andavam vestidas para "durar". Até em Londres (como na "Europa" inteira) o "automóvel" não se tornara ainda uma sufocação. Esse "equilíbrio" - se me permitem a palavra - acabou.
O slogan "mudar de vida" é uma pura fraude, com que os políticos mistificam a populaça. Tirando um milagre, voltar à pobreza é do que se trata. Pela força e pelo sofrimento.»
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O nosso fado nao é ter o Vasco, é ter uma data deles.
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pescado em
http://jumento.blogspot.com/2008/06/umas-no-cravo-e-outras-tanta-na_21.html