Aproveitando a folga do fim-de-semana fomos outra vez até Schaffhausen e Stein_am_Rhein. Para rever a Suíça dos séc XVII e XVIII habitada por gente que mudou de hábitos sem cedências nas raízes da sua cultura.
Em meados de 2009, referi-me neste caderno, aqui, aos "perfumes suíços". Voltei agora a deliciar-me com eles. A ver aqueles pomares, aqueles batatais, aqueles vinhedos, aqueles milheirais, aquelas searas de centeio e cevada, impecavelmente tratados, respirei fundo e recuei ao tempo em que a minha aldeia era um jardim assim. Agora é quase um matagal cerrado, certamente não muito diferente daquele que tiveram de cruzar os fiéis da cruz em perseguição dos fiéis do quarto crescente, se o imaginarmos sem casas plantadas quase por todo o lado ao acaso.
A Suiça ocupa um território geralmente montanhoso mas aproveita bem os solos aráveis disponíveis, contrariamente aquela que ainda prevelace em Portugal e vem do tempo dos afonsinos, dispersa e caótica. O Suíço não andou ao longo dos tempos a semear casas onde havia terra arável. Concentrou e encostou as suas habitações junto do sopé das montanhas e manteve libertas as planícies entre as montanhas para a agricultura.
.
Em Portugal derrubámos, ou abandonámos em muitos casos, a memória urbana e ocupámos desordenadamente o território reduzindo-lhe as já escassas potencialidades que tinha.
Na Suiça, a agricultura é parte fundamental de uma cultura que preserva a sua história urbana e rural, oferecendo a quem lá vive, ou a visita, uma paisagem admirável cuidada com o amior esmero pelos seus mais antigos jardineiros: os seus agricultores.
Em Portugal o ministério da agricultura é um mistério com milhares de funcionários que, desde sempre, não se vê o que fazem, para além dos contactos do respectivo ministro e comitiva em Bruxelas com o objectivo de obter fundos que depois são distribuidos a conhecidos com resultados geralmente desconhecidos.
Paulo Portas tem feito da defesa dos agricultores portugueses uma das suas bandeiras. Falta saber o que é que Portas pensa fazer pela agricultura.
E, Portas, saberá?
Em meados de 2009, referi-me neste caderno, aqui, aos "perfumes suíços". Voltei agora a deliciar-me com eles. A ver aqueles pomares, aqueles batatais, aqueles vinhedos, aqueles milheirais, aquelas searas de centeio e cevada, impecavelmente tratados, respirei fundo e recuei ao tempo em que a minha aldeia era um jardim assim. Agora é quase um matagal cerrado, certamente não muito diferente daquele que tiveram de cruzar os fiéis da cruz em perseguição dos fiéis do quarto crescente, se o imaginarmos sem casas plantadas quase por todo o lado ao acaso.
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A Suiça ocupa um território geralmente montanhoso mas aproveita bem os solos aráveis disponíveis, contrariamente aquela que ainda prevelace em Portugal e vem do tempo dos afonsinos, dispersa e caótica. O Suíço não andou ao longo dos tempos a semear casas onde havia terra arável. Concentrou e encostou as suas habitações junto do sopé das montanhas e manteve libertas as planícies entre as montanhas para a agricultura.
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Em Portugal derrubámos, ou abandonámos em muitos casos, a memória urbana e ocupámos desordenadamente o território reduzindo-lhe as já escassas potencialidades que tinha.
Na Suiça, a agricultura é parte fundamental de uma cultura que preserva a sua história urbana e rural, oferecendo a quem lá vive, ou a visita, uma paisagem admirável cuidada com o amior esmero pelos seus mais antigos jardineiros: os seus agricultores.
Em Portugal o ministério da agricultura é um mistério com milhares de funcionários que, desde sempre, não se vê o que fazem, para além dos contactos do respectivo ministro e comitiva em Bruxelas com o objectivo de obter fundos que depois são distribuidos a conhecidos com resultados geralmente desconhecidos.
Paulo Portas tem feito da defesa dos agricultores portugueses uma das suas bandeiras. Falta saber o que é que Portas pensa fazer pela agricultura.
E, Portas, saberá?
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