c/p de aqui
Se no próximo domingo os resultados das eleições confirmarem os das sondagens mais recentes, tudo leva a crer que PSD e CDS se coligarão para governar o país, o mesmo é dizer, para aplicar a receita da troica.
Porque, dificilmente, haverá margem para ficar aquém sem colocar em risco a solvência do país, ou possibilidade de ir mais além, tantos são os objectivos a alcançar e tão apertados são os prazos e as condições impostas.
As probabilidades de fracasso não são menores que as probabilidades de sucesso. Mas, tanto num caso como noutro, a receita obriga a esforços que podem espoletar distúrbios sociais em larga escala. Que não deixarão de ser assanhados pelos dois partidos anti-sistema.
Qual será o comportamento do PS, fora do Governo, se a maré alta do descontentamento saltar para a rua? O PS é subscritor do memorando (MoU) mas a aplicação deste não obedece a critérios tão objectivos que não possam provocar diferenças de interpretação e os resultados diferentes leituras logo à partida. Repare-se, por exemplo, na tão controversa redução da TSU. Quando o Governo e os partidos subscritores do MoU se comprometem a uma "major reduction" de quanto é que se está a falar? Sabemos que não se trata de uma redução pequena e gradual, como, para efeitos eleitorais, tem prégado Sócrates. Mas não sabemos quanto nem como. Só esta questão, e há dezenas delas sensíveis à controvérsia, dá para excitar a opinião pública ao rubro e corroer o governo.
Uma coligação tripartida parece, neste momento, estar fora das perspectivas dos partidos da troica, apesar de ter sido, e continuar a ser, sugerida de vários quadrantes politicos. Do meu ponto de vista, que defendo praticamente desde quando iniciei este caderno, há mais de cinco anos, Portugal, na situação de crise em que se encontra há mais de uma dezena de anos, precisa de um governo que represente a grande maioria a população. Será sempre um governo fraco o que deixar de fora a representação de quase 50% dos portugueses.
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Manuel Pinho apareceu num comício do PS para defender um novo bloco central. Pena é que Manuel Pinho não se tenha lembrado, enquanto foi ministro, que Portugal há muito precisa de um governo capaz de reestruturar a sua economia e, por tabela, as suas finanças públicas. Pena é que nem ele nem a entourage do primeiro-ministro tenham influenciado Sócrates no sentido de abandonar a sua autosuficiência. Agora, corremos o risco de mudar de autosuficiente. Até o tição queimar as mãos de quem, autosuficientemente, lhe pega.
(Já me enjoa repetir-me)
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Manuel Pinho apareceu num comício do PS para defender um novo bloco central. Pena é que Manuel Pinho não se tenha lembrado, enquanto foi ministro, que Portugal há muito precisa de um governo capaz de reestruturar a sua economia e, por tabela, as suas finanças públicas. Pena é que nem ele nem a entourage do primeiro-ministro tenham influenciado Sócrates no sentido de abandonar a sua autosuficiência. Agora, corremos o risco de mudar de autosuficiente. Até o tição queimar as mãos de quem, autosuficientemente, lhe pega.
(Já me enjoa repetir-me)
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