Depois dos banqueiros afirmarem que não há dinheiro para o TGV, o amigo José Luis decide suspender o projecto Madrid-Caia tornando cada vez mais obtusa a persistência do governo português em dar início imediato à execução da ligação Poceirão-Caia.
Mudou assim tanto o mundo nos últimos quinze dias de tal modo que o governo espanhol se veja, também ele, obrigado, subitamente, a rever os projectos TGV em curso e, muito provavelmente, a suspender a ligação Caia-Madrid? Não creio.
Excessivamente sustentada pela construção civil, a economia espanhola, também ela, encontrava-se à mercê da gota de água que, inevitavelmente, iria fazer transbordar o copo perigosamente cheio. A Espanha tinha as suas contas públicas equilibradas, desfrutando, aliás, do conforto de supéravites orçamentais. A sua fragilidade estava no sector que tinha impulsionado o seu vigoroso crescimento económico: mais tarde ou mais cedo a bolha iria rebentar. Muita gente o disse, há muito tempo. Aqui mesmo, no Aliás, abordei a questão e apontei a dependência da economia portuguesa de uma droga chamada cimento e dos frutos perversos que, mais tarde ou mais cedo, teríamos obrigatoriamente de colher. O primeiro desses apontamentos foi colocado em Agosto de 2006 e intitulava-se Cimento e Conhecimento.
Considerando-me geralmente mal informado não posso acreditar que os governos (português, espanhol, etc) não estavam cientes de que um dia o desmame da droga económica iria ser extremamente doloroso. Sabiam, claro que sabiam. O que não sabiam, e ainda não sabem, é a forma de garantir o crescimento económico liberto daquela dependência.
O TGV fazia parte da ração necessária ao dependente. O problema ocorreu num dia em que deixou de haver dinheiro para a comprar.
Inevitavelmente.
Mudou assim tanto o mundo nos últimos quinze dias de tal modo que o governo espanhol se veja, também ele, obrigado, subitamente, a rever os projectos TGV em curso e, muito provavelmente, a suspender a ligação Caia-Madrid? Não creio.
Excessivamente sustentada pela construção civil, a economia espanhola, também ela, encontrava-se à mercê da gota de água que, inevitavelmente, iria fazer transbordar o copo perigosamente cheio. A Espanha tinha as suas contas públicas equilibradas, desfrutando, aliás, do conforto de supéravites orçamentais. A sua fragilidade estava no sector que tinha impulsionado o seu vigoroso crescimento económico: mais tarde ou mais cedo a bolha iria rebentar. Muita gente o disse, há muito tempo. Aqui mesmo, no Aliás, abordei a questão e apontei a dependência da economia portuguesa de uma droga chamada cimento e dos frutos perversos que, mais tarde ou mais cedo, teríamos obrigatoriamente de colher. O primeiro desses apontamentos foi colocado em Agosto de 2006 e intitulava-se Cimento e Conhecimento.
Considerando-me geralmente mal informado não posso acreditar que os governos (português, espanhol, etc) não estavam cientes de que um dia o desmame da droga económica iria ser extremamente doloroso. Sabiam, claro que sabiam. O que não sabiam, e ainda não sabem, é a forma de garantir o crescimento económico liberto daquela dependência.
O TGV fazia parte da ração necessária ao dependente. O problema ocorreu num dia em que deixou de haver dinheiro para a comprar.
Inevitavelmente.
2 comments:
Agora?
Agora vai-se buscar mais uns dinheiritos aos mesmos do costume.
Aumenta-se os impostos e a coisa aguenta mais uns tempitos.
O pessoal que já compra pouco porque já não se pode endividar mais e/ou está desempregado passa a comprar menos.
Fecham mais umas empresas e os desempregados aumentam.
E, assim vamos, cantando e rindo, até aonde? Até quando?
Palpita-me que alguns dos nossos josés ficaram num aperto com este cancelamento. Lá vão ter que devolver as 'contrapartidas' que já tinham recebido.Quem será que vamos ter que compensar desta vez? (Lembra-se da OTA?).
Ora Viva!
Seja bem vinda de volta!
Parece que o TGV sempre vai avançar do lado espanhol.
O meu apontamento de hoje é dedicado ao assunto.
Volte sempre!
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