Tuesday, May 25, 2010

BRANCO DE PORTUGAL

O próximo governador do Banco de Portugal afirma que os investimentos sem retorno ou sem financiamento devem ser adiados. O que é que há de inesperado nesta afirmação? Nada, a não ser o facto de o próximo governador dizer o óbvio, tão óbvio que até o seu colega António Mendonça, actualmente entusiasmado com o ministério das obras públicas, lhe dará razão e manterá o TGV na lista das prioridades do investimento público para este ano.
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Carlos Costa sabe bem que entre ele e o António Mendonça não haverá uma diferença de opiniões sustentada em premissas tão elementares: o investimento tem de proporcionar retorno e não se faz sem crédito. O que pode fazer diferença entre as opiniões de ambos é o conceito de retorno e os custos do crédito.
António Mendonça dirá a Carlos Costa que o TGV aumenta a competitividade do País e, deste modo, terá retorno de sobra; quanto ao financiamento, é uma questão de preço mas arranja-se.
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Uma conversa fiada, já tantas vezes repetida.
Por que é que Costa não se reune com Mendonça e o convence da irracionalidade económica e financeira que o projecto TGV neste momento contém? Porque é que Costa, mesmo antes de se sentar no lugar para que foi nomeado por este governo, de que Mendonça é membro, manda recados públicos?
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Porque o seu mandato excede o prazo de validade deste governo.

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