Monday, May 24, 2010

COMPROMISSO, PRECISA-SE.

A ouvir o programa Prós e Contras desta noite, "Á procura do compromisso", ocorre-me o que escrevi em 14 de Dezembro de 2005:
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Há sempre um momento em que a demagogia se não soçobra enviesa a passada: quando os cofres se esgotam.

Pelo menos num ponto estão de acordo os cinco candidatos a Presidente da República: Portugal está em crise, económica, financeira, social, cada um cita a lista que lhe parece mas não se detectam divergências.

Se assim é, se a crise existe e não é um fantasma, a definição de meia dúzia de caminhos consensuais para a sua ultrapassagem pode ser complicada mas tem que ser tentada e não se perde a democracia por isso.

Posto entre a espada do deficit e a parede da União Europeia, o actual Governo tem demonstrado grande determinação para romper algumas teias tecidas ao longo de muitos anos e que impedem o caminho do progresso mas também tem abusado, em algumas situações críticas para o funcionamento salutar da democracia, da maioria de votos que recebeu. Pode o Governo continuar a assumir-se auto-suficiente na sua maioria absoluta mas a erosão é incontornável e os riscos de patinar quando os rastos se alisarem terão custos insuportáveis para o País.

E quando os custos são insuportáveis os órgãos entram em falência.

Um País falido é aquele que deixou de ter capacidade para solver os seus compromissos.

Infelizmente não estamos longe disso.

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