Desde, pelo menos, meados de Agosto do ano passado que venho sustentando neste caderno de apontamentos que um país, a atravessar uma crise económica e financeira de uma dimensão sem paralelo há muitas décadas, não é governável se não existir uma base de apoio parlamentar que permita ao executivo convocar os parceiros sociais para a adopção das medidas que a superação da crise requer.
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Desde então, mais se me arreigou a convicção de que, tendo-se exacerbado os indicadores da crise, mais pertinente, urgente e inadiável se tornou a intervenção do PR no sentido de promover as condições que deveriam ter sido reunidas antes de dar posse a este governo: uma maioria parlamentar de apoio a um governo pluripartidário.
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A crise que mais declaradamente ameaça o sistema monetário europeu e, por tabela, a própria unidade da Europa, só agora começou a mostrar os contornos da sua real extensão a partir da confusão grega.
É muito sintomático que hoje, dia seguinte aquele em que os mercados pareciam aquietar-se moderadamente com as notícias do resgate oferecido pelos membros do euro à Grécia (e desde logo a existência de duas uniões europeias se tornou mais flagrante), os movimentos especulativos tenham recrudescido retomando a pressão para o crescimento dos juros das dívidas soberanas, nomeadamente da Grécia e de Portugal.
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E, sintomático de que, mais do que os acordos de empréstimos à Grécia que lhe permitam manter-se solvente, conta a percepção que os credores (e os especuladores) têm dos movimentos sociais que se rebelam contra as medidas que esses empréstimos pressupõem sejam adoptadas. Se essas medidas são contestadas nas ruas* e a capacidade governativa do governo é claramente posta em causa, a honorabilidade dos compromissos assumidos pelo executivo esvai-se, os credores recuam e os especuladores aproveitam.
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Muito mais do que os grandes investimentos públicos (que, aliás, parece agora, terem o apoio do BE e do PCP) são os movimentos sociais de protesto que comprometerão definitivamente a execução do PEC (deste ou de qualquer outro), a continuidade do (ou no) euro e da (ou na) União Europeia se não existir uma conjugação partidária maioritária que seja dissuasor de contestações incontroláveis.
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Em última análise, como também já, bizarramente, referi anteriormente neste caderno, deve o País escolher, em referendo, entre duas alternativas: ou o euro e o cumprimento dos compromissos do PEC, ou a volta ao escudo com as consequências previsíveis para esse voltar atrás.
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Desde então, mais se me arreigou a convicção de que, tendo-se exacerbado os indicadores da crise, mais pertinente, urgente e inadiável se tornou a intervenção do PR no sentido de promover as condições que deveriam ter sido reunidas antes de dar posse a este governo: uma maioria parlamentar de apoio a um governo pluripartidário.
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A crise que mais declaradamente ameaça o sistema monetário europeu e, por tabela, a própria unidade da Europa, só agora começou a mostrar os contornos da sua real extensão a partir da confusão grega.
É muito sintomático que hoje, dia seguinte aquele em que os mercados pareciam aquietar-se moderadamente com as notícias do resgate oferecido pelos membros do euro à Grécia (e desde logo a existência de duas uniões europeias se tornou mais flagrante), os movimentos especulativos tenham recrudescido retomando a pressão para o crescimento dos juros das dívidas soberanas, nomeadamente da Grécia e de Portugal.
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E, sintomático de que, mais do que os acordos de empréstimos à Grécia que lhe permitam manter-se solvente, conta a percepção que os credores (e os especuladores) têm dos movimentos sociais que se rebelam contra as medidas que esses empréstimos pressupõem sejam adoptadas. Se essas medidas são contestadas nas ruas* e a capacidade governativa do governo é claramente posta em causa, a honorabilidade dos compromissos assumidos pelo executivo esvai-se, os credores recuam e os especuladores aproveitam.
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Muito mais do que os grandes investimentos públicos (que, aliás, parece agora, terem o apoio do BE e do PCP) são os movimentos sociais de protesto que comprometerão definitivamente a execução do PEC (deste ou de qualquer outro), a continuidade do (ou no) euro e da (ou na) União Europeia se não existir uma conjugação partidária maioritária que seja dissuasor de contestações incontroláveis.
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Em última análise, como também já, bizarramente, referi anteriormente neste caderno, deve o País escolher, em referendo, entre duas alternativas: ou o euro e o cumprimento dos compromissos do PEC, ou a volta ao escudo com as consequências previsíveis para esse voltar atrás.
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