Friday, December 20, 2024

TUDO O QUE IMAGINAMOS COMO LUZ


                             ou a persistência da subserviência feminina em grande parte da Índia.

Três mulheres a viver em Bombaim: Prabha (Kani Kusruti), enfermeira-chefe de um grande hospital, recebe em casa uma panela eléctrica que parece ter sido enviada pelo marido, emigrado na Alemanha, de quem há muito não tinha notícias; Anu (Divya Prabha), colega de trabalho e de quarto de Prabha, não aceita a ideia de um casamento arranjado e está apaixonada por Shiaz (Hridhu Haroon), um jovem muçulmano, com quem anseia encontrar-se a sós; já Parvaty (Chhaya Kadam), cozinheira no mesmo hospital, enfrenta a possibilidade de perder a casa onde vive e decide regressar à pequena cidade onde nasceu.

Através do dia-a-dia de cada uma delas, o espectador assiste à luta das classes trabalhadoras (especialmente mulheres) na maior cidade da Índia, onde a vida é difícil e o progresso choca muitas vezes com a tradição.

Primeiro filme indiano a receber o Grande Prémio em Cannes (e o primeiro em 30 anos a competir pela pela Palma de Ouro), um drama com assinatura da indiana Payal Kapadia, que aqui se estreia na realização em longa-metragem de ficção, depois do documentário “Noite Incerta” – que, em 2021, lhe valeu o Prémio Oeil d’Or na Quinzena dos Realizadores, em Cannes, e o de Melhor Filme no Lisbon Film Festival (LEFFEST). PÚBLICO

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VALENTES LUSITANOS!

 
 
 
Assunto que já comentei várias vezes neste caderno de apontamentos e agora me foi relembrado por este gráfico colocado por EC na "Tertúlia da Trindade", que, ironicamente, comenta "Valentes Lusitanos!"

 

Thursday, December 19, 2024

A GUERRA PASSA-NOS AO LADO

Vivemos tempos encharcados de informação e desinformação.
Putin, ele mesmo ou em seu nome, não pára de ameaçar o Ocidente Europeu com o uso do potencial nuclear que tem às suas ordens se e quando entender que o deve fazer.
Bluf ou intenção determinada, as opiniões divergem. 
Irá mesmo Putin desencadear uma ofensiva contra a União Europeia para mostrar aos russos e ao mundo que o seu esmagador poder nuclear não é apenas suporte de uma declaração de intenções mas uma efectiva arma da vontade de alargar o domínio russo em toda a Europa?

Há quem acredite, que sim, que mais dia menos dia, mais mês menos mês, mais ano menos ano, Putin incendiará a Europa que não se sujeite ao seu diktat contrário à libertinagem que ele, com a bênção de Cirilo I, consideram estar a corroer os valores da civilização europeia. 
Há quem não acredite; Putin não é tão tolo a ponto de desencadear uma guerra nuclear na Europa que se alastraria a todo o planeta e exterminaria a espécie humana, incluindo Putin e seus familiares e amigos.
E há quem não queira acreditar, quem nem sequer pensa ou quer pensar no assunto. Pensar para quê, se o pensamento é semente de ansiedade e angústias e as minhas valências valem nada? 

Há ainda quem tenha solução para acabar com a guerra, porque sim, há quem esteja em guerra, e não só na Ucrânia e no Médio Oriente. 
A solução óbvia é negociar a paz!
Como é que isso se faz? Trump candidato à reeleição, prometeu resolver, logo que tomasse posse, o conundrum numa semana, ou menos. Trump presidente-eleito já admitiu que não será tão rápido alcançar o objectivo que milhares de milhões certamente desejariam ver concretizado. 
 
Putin, esclarece: temos capacidade para atingir e destruir qualquer objectivo sem que nenhum meio de defesa, nuclear ou outro, o possa impedir. Dito de outro modo: não haverá guerra porque não haverá quem nem como possa impedir a nossa marcha intocável e gloriosa de purificação do mundo.
E desafia Trump:

"À moda antiga, o Presidente russo, Vladimir Putin, desafiou os Estados Unidos para uma espécie de duelo entre o novo armamento hipersónico russo, o Oreshnik, e os sistemas de defesa antimíssil ocidentais, a realizar-se em Kiev, na Ucrânia. Declarações que fez enquanto afirmava que não fala com Donald Trump há mais de quatro anos, mas está pronto para o fazer. "Que escolham qualquer instalação para atacarmos, digamos, em Kiev. Que concentrem aí todos os seus sistemas antiaéreos e antimísseis. E nós atacaremos com [um míssil] Oreshnik", afirmou Putin, citado pela agência espanhola EFE."

Actualização (20/12) -  Atingida embaixada de Portugal em Kiev Embaixada foi alvo de ataque russo.

 

Xi Jinping, ouve e medita. 
Também ele é candidato a Governador-Geral do Mundo.

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 Correlacionados: entre vários outros colocados neste caderno de apontamentos:

Falar claro

Toda a diferença 

O Inimigo Público número um da Europa 

Sunday, December 15, 2024

SE É PROIBIDO VER, VEJA-SE!

 

 

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O MEU BOLO FAVORITO

"O filme, com uma intimidade preciosa e frágil numa sociedade opressiva, foi proibido no Irão e as autoridades confiscaram os passaportes dos realizadores, que também estão impedidos de filmar " . Jornal Medeia Nimas

Monday, December 09, 2024

LUZES DE NATAL

A continuidade do Aliás depende do seu merecimento, avaliado por comentários, críticas, sugestões, correcções, de quem o lê.

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Há dezoito anos, em 4 de Janeiro de 2006, coloquei neste caderno de apontamentos - O MUNDO EMBUCHADO - alguns comentários a propósito do consumo de energia em Portugal, tendo como ponto de partida o delírio das iluminações natalícias em Lisboa e as discretas luzes de Natal que observava em Washington DC, onde me encontrava nessa altura.

Noticia o Público de hoje que 
 
 
Nem sempre as manifestações dos movimentos ambientalistas favorecem os seus propósitos. 
Muitos actos de protesto, geralmente aqueles que são objecto de notícia global, contra a quase indiferença generalizada dos governantes do mundo perante a destruição da vida do planeta, em consequência de comportamentos humanos, têm efeitos contrários junto da generalidade da opinião pública e são, portanto, estúpidos.

Não é o caso da notícia do Público que relata uma iniciativa pacífica sobre um assunto muito sério e, por isso mesmo, inteligente.
Pena é que, sendo inteligente, terá pouco impacto. 
Provavelmente, não terá nenhum.
Provavelmente, não chega a ser notícia. 
Provavelmente, o mundo não se guia por actos inteligentes. 

Ainda a propósito do meu apontamento, há dezoito anos: Mudou-se alguma coisa neste mundo neste lapso de tempo?  
Provavelmente, a única mudança permitida é aquela sugerida pelo príncipe de Falconeri: "tudo deve mudar para que tudo fique como está".


Tuesday, December 03, 2024

TÂO INIMIGOS QUE NÓS ÉRAMOS

Há menos de dois meses, comentei aqui " A Vegetariana", o livro mais divulgado de Han Kang, Prémio Nobel da Literatura de 2024.
Para melhor entender o mérito da escritora sul-coreana, estou a ler "Atos Humanos", o livro que dias depois vi à venda.

Estive, por razões profissionais, na Coreia do Sul em 1990, e nem o ambiente social (atravessámos, por ignorância do perigo que corríamos, um dos bairros mais turbulentos de Seul) nem o vigor da economia daquele país, uma economia pujante, me denunciavam resquícios das convulsões políticas ocorridas naquele país dez a anos antes. 
Aliás, desde então, a Coreia do Sul evoluiu tanto economicamente como do ponto de vista do desenvolvimento humano avaliado pelo Programa das Nações Unidas, colocando-se no 19º. lugar do ranking em 2022, enquanto Portugal descia do 28º lugar em 1998  para o 42º. também em 2022.
Contribuiu para este sucesso o apoio dos EUA após a Segunda Guerra Mundial? Sem dúvida. Mas, só por si, esse apoio nunca justificou o admirável desenvolvimento sul-coreano.

Pelo que referi, surpreenderam-me, desde logo as considerações iniciais feitas na Introdução de "Atos Humanos" pela tradutora da edição inglesa: "No princípio de 1980, a Coreia do Sul era um barril de pólvora. Uns meses antes, Park Chung-hee, o militar que a tinha governado com mão de ferro desde o golpe de Estado que encabeçara, fora assassinado pelo chefe dos seus próprios serviços de segurança. Por ter presidido ao chamado "Milagre do Rio Han" - a rápida transformação da Coreia do Sul de país pobre e dizimado pela guerra em motor de desenvolvimento económico e industrial -, Park conquistara o apoio de vários sectores, mas as suas inúmeras violações dos direitos humanos fizeram com que nunca fosse verdadeiramente popular ..." 
 
O "Atos Humanos" é um relato comovente dos acontecimentos dramáticos desencadeados pela imposição da lei marcial imposta em 1979.
 
 
Ao cair desta tarde leio aqui: "A democracia sul-coreana recusou a lei marcial do Presidente Yoon.
O partido do chefe de Estado conservador, a oposição e milhares de sul-coreanos protestaram contra decisão dramática. Militares chegaram a entrar e bloquear a Assembleia, mas o “caos” durou pouco."
A democracia sul-coreana recusou a lei marcial do Presidente Yoon"

O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, surpreendeu tudo e todos quando, no final da noite desta terça-feira (hora local), tomou a decisão dramática e sem aviso prévio de declarar a imposição da lei marcial em todo o território. Seguiram-se horas de “caos” e tensão na Assembleia Nacional, em Seul, com o destacamento de soldados, a publicação de um decreto militar a proibir “toda a actividade política” e milhares de manifestantes em protesto nas ruas."...
 
"A democracia sul-coreana recusou a lei marcial do Presidente Yoon
Tudo começou quando Yoon fez um comunicado ao país a acusar o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, de “actividades anti-estatais”, de “conspiração para uma rebelião” e de simpatizar com a Coreia do Norte."
 
E, no mesmo artigo do "Público" : "A última vez que a lei marcial tinha sido declarada na Coreia do Sul foi em 1979, depois do assassinato do ditador Park Chung Hee. Pouco depois, o general Chun Doo-Hwan liderou um golpe militar e assumiu o poder, tendo governado o país com mão de ferro, antes de permitira transição para a democracia"
 

Agora, se bem entendo a notícia, o presidente da Coreia do Sul impôs a lei marcial, mas depois recuou, acusando o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, de “actividades anti-estatais”, de “conspiração para uma rebelião” e de simpatizar com a Coreia do Norte.". 

Perceberam tudo até aqui?
Ainda bem. Percebi que, a partir daqui,

Trump é amigo de Putin, que é amigo Kim Jong-un, do qual é amigo o partido maioritário da Coreia do Sul. 
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Actualização - 04/12/24
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Hoje, tinha iniciado comentário sobre BOMBEIROS BOMBISTAS, 
quando caiu a notícia sobre o que se passa nas Coreias.

 

Monday, November 25, 2024

25 DE NOVEMBRO DE 1975

O dia em que, contra desígnios de forças totalitárias,  foram mantidas abertas as portas que o 25 de Abril de 1974 abriu.

Mas para Marcelo: 25 de Abril foi o “momento marcante” sem o qual “não haveria 25 de Novembro”

Duvido que Marcelo seja capaz de explicar a ele mesmo o sentido invertido desta sua afirmação.
O 25 de Abril aconteceu para que acontecesse o 25 de Novembro, Marcelo?

Wednesday, November 20, 2024

A EUROPA À DERIVA: COMO MATAR O LEÃO DE NEMEIA?

A continuidade do Aliás depende do seu merecimento, avaliado por comentários, críticas, sugestões, correcções, de quem o lê.

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Russia-Ukraine war live: Italy, Spain and Greece follow US in closing embassies in Kyiv over threat of ‘significant attack’ - From

Suécia envia panfletos de preparação para a “guerra ou outras” crises inesperadas a todas as famílias.

Dois cabos submarinos no mar Báltico foram cortados. EUA apontam o dedo ao Kremlin  

Putin permite uso alargado de armas nucleares 

Nordic neighbours release new advice on surviving war

 

 "Se não podes vencer o inimigo, junta-te a ele", recomenda o provérbio antigo, certamente inspirado na estratégia de Hércules para liquidar o  "Leão de Nemeia" .
 
Pode a União Europeia, desprovida de capacidade bélica relevante, sem um comando unificado que lhe dê suficiente consistência táctica e estratégica,  vencer Putin e os seus amigos ou simpatizantes, alguns dos quais são membros da UE, a partir de 20 de Janeiro quando Trump e a sua trupe abandonarem os seus aliados desarmados europeus?
Hoje, penso que não pode,  e a primeira vítima, vergonhosamente traída é a Ucrânia, o primeiro resistente a cair, o mais traído de todos, Zelensky.
 
A Federação Russa, que ocupa, de longe, o maior território do planeta, tem cerca de 144 milhões de habitantes; a União Europeia, cerca de 450 milhões, mas esta não será uma guerra que possa ser disputada corpo a corpo; mais que a força e a determinação seria, pela primeira vez na história da humanidade, a auto destruição da espécie humana o resultado mais provável de uma guerra global, mais uma vez, e, definitivamente, iniciada na Europa. 

Alguém terá de ceder, alguém terá de assumir a ignominiosa posição de primeiro cobarde para declarar a rendição da Europa Livre. Não faltarão candidatos, Viktor Órban, indubitavelmente o mais credenciado, actualmente na presidência rotativa da União Europeia, aceitará orgulhosamente a incumbência de desempenhar o papel protagonizado por Pétain há 84 anos. 

Falta saber quem será Hércules no segundo acto desta tragédia maior.  
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act. - Ucrânia realiza primeiro ataque na Rússia com mísseis britânicos

As forças ucranianas levaram a cabo um primeiro ataque contra alvos militares em território russo recorrendo a armamento britânico, avança a Bloomberg.Trata-se do primeiro ataque da Ucrânia contra a Rússia envolvendo o uso de mísseis Storm Shadow. A utilização destes mísseis na Rússia foi autorizada pelo Reino Unido em retaliação pelo destacamento de tropas norte-coreanas para a Ucrânia, onde se encontram a dar apoio às forças russas. Este episódio representa mais um passo na escalada da guerra, que atingiu esta semana o milésimo dia desde que Putin ordenou a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022. A semana tem sido particularmente tensa na região, depois de os EUA terem autorizado também o uso de mísseis norte-americanos na Rússia.Em resposta, o Kremlin alterou a doutrina nuclear para alargar o leque de possibilidades em que pode recorrer ao seu vasto arsenal nuclear. c/p - aqui

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Alex Maxia
In Gothenburg, Sweden
TT News Agency/AFP A hand holding a yellow booklet in front of Swedish flags - it has the words 'Om krisen eller kriget kommer' on the front and an illustration of soldiers and a family 
TT News Agency/AFP
The new version of Sweden's pamphlet "In case of crisis or war" will reach letterboxes from Monday

On Monday, millions of Swedes will start receiving copies of a pamphlet advising the population how to prepare and cope in the event of war or another unexpected crisis.

“In case of crisis or war” has been updated from six years ago because of what the government in Stockholm calls the worsening security situation, by which it means Russia’s full-scale invasion of Ukraine. The booklet is also twice the size.

Neighbouring Finland has also just published its own fresh advice online on “preparing for incidents and crises”.

And Norwegians have also recently received a pamphlet urging them to be prepared to manage on their own for a week in the event of extreme weather, war and other threats.DVERTISEMENT

During the summer, Denmark's emergency management agency said it was emailing Danish adults details on the water, food and medicine they would need to get through a crisis for three days.

In a detailed section on military conflict, the Finnish digital brochure explains how the government and president would respond in the event of an armed attack, stressing that Finland’s authorities are “well prepared for self defence”.

Sweden joined Nato only this year, deciding like Finland to apply after Moscow expanded its war in 2022. Norway was a founder member of the Western defensive alliance.

Unlike Sweden and Norway, the Helsinki government has decided not to print a copy for every home as it “would cost millions” and a digital version could be updated more easily.

“We have sent out 2.2 million paper copies, one for each household in Norway,” said Tore Kamfjord, who is responsible for the campaign of self-preparedness at the Norwegian Directorate for Civil Protection (DSB)

Norway's checklist includes longlife food and medicines including iodine tablets

Included in the lists of items to be kept at home are long-life foods such as tins of beans, energy bars and pasta, and medicines including iodine tablets in case of a nuclear accident.

Oslo sent out an earlier version in 2018, but Kamfjord said climate change and more extreme weather events such as floods and landslides had brought increased risks.

For Swedes, the idea of a civil emergency booklet is nothing new. The first edition of “If War Comes” was produced during World War Two and it was updated during the Cold War.

But one message has been moved up from the middle of the booklet: “If Sweden is attacked by another country, we will never give up. All information to the effect that resistance is to cease is false.”

It was not long ago that Finland and Sweden were still neutral states, although their infrastructure and “total defence system” date back to the Cold War.

Getty Images Sweden's Minister for Civil Defence Carl-Oskar Bohlin holds a copy of  the new version of the preparedness booklet "If the crisis or war comes". The pamphlet has a yellow cover and an image of a woman in army fatigues holding a large gun. 
Getty Images
Carl-Oskar Bohlin presented the pamphlet last month
 
Sweden’s Civil Defence Minister Carl-Oskar Bohlin said last month that as the global context had changed, information to Swedish households had to reflect the changes too.

Earlier this year he warned that “there could be war in Sweden”, although that was seen as a wake-up call because he felt that moves towards rebuilding that “total defence” were progressing too slowly.

Because of its long border with Russia and its experience of war with the Soviet Union in World War Two, Finland has always maintained a high level of defence. Sweden, however, scaled down its infrastructure and only in recent years started gearing up again.

“From the Finnish perspective, this is a bit strange,” according to Ilmari Kaihko, associate professor of war studies at the Swedish Defence University. “[Finland] never forgot that war is a possibility, whereas in Sweden, people had to be shaken up a bit to understand that this can actually happen," says Kaihko, who's from Finland.

Melissa Eve Ajosmaki, 24, who is originally from Finland but studies in Gothenburg, says she felt more worried when the war broke out in Ukraine. “Now I feel less worried but I still have the thought at the back of my head on what I should do if there was a war. Especially as I have my family back in Finland."

The guides include instructions on what to do in case of several scenarios and ask citizens to make sure they can fend for themselves, at least initially, in case of a crisis situation.

Finns are asked how they would cope without power for days on end with winter temperatures as low as -20C.

Their checklist also includes iodine tablets, as well as easy-to-cook food, pet food and a backup power supply.

The Swedish checklist recommends potatoes, cabbage, carrots and eggs along with tins of bolognese sauce and prepared blueberry and rosehip soup.

Swedish Economist Ingemar Gustafsson, 67, recalls receiving previous versions of the pamphlet: “I'm not that worried about the whole thing so I take it pretty calmly. It's good that we get information about how we should act and how we should prepare, but it's not like I have all those preparations at home”.

One of the most important recommendations is to keep enough food and drinking water for 72 hours.

But Ilmari Kaihko wonders whether that is practical for everyone.

“Where do you stash it if you have a big family living in a small apartment?”