Wednesday, April 30, 2008

À VOLTA DO CARTEL

Lê-se e não se percebe: a Autoridade da Concorrência já está a analisar a evolução dos preços dos combustíveis, pelo menos desde Março, altura em que o anterior presidente da AdC foi entrevistado pelo mesmo jornal e hoje, em sequência das notícias na televisão ontem à noite e esta manhã na rádio, o Ministro da Economia, Manuel Pinho pede à Concorrência que analise subida dos combustíveis:
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Manuel Pinho pretende saber se a formação dos preços traduza "adequadamente os custos da produção"O Ministério da Economia e da Inovação anunciou hoje que pediu à Autoridade da Concorrência (AdC) para que analise, com urgência, a formação do preço de combustíveis em Portugal, de forma a garantir que este reflicta os custos de produção (...) Pinho manifestou "a sua preocupação relativamente a notícias, surgidas hoje na comunicação social, denunciando um novo aumento no preço do combustível no mercado a retalho". "Tendo em conta que em 2008, e em apenas quatro meses, ocorreram já catorze subidas no preço dos combustíveis, o ministério da Economia não pode deixar de estar alerta para as consequências destes aumentos na esfera dos consumidores portugueses", adianta o ministério.
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Tudo isto é de cabo de esquadra: primeiro - A AdC já estará a analisar a questão, pelo menos desde Março, e é estranho que o ministério ignore esse facto que é até do conhecimento público; segundo - A AdC, através do anterior Presidente, terá já notado, como toda a gente, aliás, que as subidas dos preços pelas diferentes empresas se tem feito em paralelo, indícios mais que evidentes que há concertação entre elas; terceiro - Uma vez que praticamente todos os combustíveis vendidos a retalho em Portugal são refinados pela mesma empresa, a evolução dos preços praticados pelas distribuidoras deveria reflectir a evolução dos preços das matérias primas em dólares; quarto - Os preços são pagos pelos portugueses em euros, moeda que tem observado uma valorização contra o dólar, moeda de contratação do crude importado, que deveria compensar o crescimento dos preços nesta moeda, amortecendo significativamente o aumento dos preços nas bombas de abastecimento; quinto - A análise da evolução dos custos é, seguramente, uma rotina de muitos anos nas petrolíferas (e também na AdC, e nas entidades que a antecederam) que com os meios actuais se pode realizar em tempo real, pelo que não se percebem as dificuldades do Regulador em chegar a conclusões imediatas.
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Que o Regulador tenha algumas dificuldades em apresentar provas documentais que denunciem a marosca, pode perceber-se; que o Governo, pelos impostos que cobra em função dos preços seja parte interessada nos interesses do cartel, também se percebe; mas só se percebe que a AdC ande às voltas e não se sente para apresentar contas aos portugueses se tiver algum constrangimento inconfessável.
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Estas são também algumas das conclusões do presidente da ANAREC adiantadas esta manhã aos microfones da rádio, que, por razões que só ele saberá, apontou o dedo às petrolíferas e ao Governo.
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Não estará o pedido do ministro a querer iludir a resposta da AdC? Afinal, as petrolíferas têm aumentado escandalosamente os seus lucros mas a parte de leão nos preços são impostos arrecadados pelo governo: uma parte fixa (imposto sobre os produtos petrolíferos) e outra variável (IVA). Se o governo estivesse interessado (e deveria estar) em esclarecer os portugueses, deveria imediatamente fazer o que até aqui não tem feito, (e curiosamente ninguém lhe exige): explicitar nos recibos os montantes dos impostos liquidados.
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Ou o Ministério da Economia também não sabe que impostos arrecada em cada litro de combustível o Ministério das Finanças?

MOSCAS

O Sorumbático é um manancial. Como nele contribuem alguns dos mais destacados analistas e opinadores do nosso tempo, bebe-se ali das correntes mais frescas que pelos nossos vales de lágrimas escorre. Apreciar o caudal é uma tentação que só não toca a quem não repara nele.
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Hoje, dei comigo a apreciar a prosa de Alfredo Barroso. Como não tenho por garantido que ele não dê uma olhadela aos sapateiros que lhe olham para a pintura, comecei por esclarecer no meu comentário "DISCURSO MEDIATICAMENTE CORRECTO", não vá ele supor que este obscuro comentador é um dependente político, que "antes de comentar, gostaria de esclarecer que não sou, nunca fui, não conto ser filiado em qualquer partido; nunca exerci qualquer cargo público nem fui funcionário do Estado. Idem aspas para qualquer membro da minha família" . E comentei que,
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Se há alguma coisa que não falta em Portugal são críticos. Há críticos para todos os gostos e ocasiões. O que sendo muito salutar, porque é com atitude analítica que se forja o progresso, é, contudo intrigante que uma parte importante dos críticos não passa daí. Só critica. Aliás, a maior parte nunca fez outra coisa.
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Esta actividade exclusiva e repetitiva tem uma consequência inevitável: qualquer mosca que passe põe os críticos pasmados a olhar e a falar dela. E, como corolário, a mosca passa a vedeta.
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Nesta sua abordagem, Alfredo Barroso segue as regras: Começa por afirmar o que é verdade (Hoje, a política é, sobretudo, uma disputa entre pessoas com poucas ou nenhumas ideias) para prosseguir no encalce da mosca, e falar da mosca, não de qualquer ideia.
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O que só pode dar vantagens à mosca. À mosca não lhe importa que digam mal dela mas que falem dela. AB, deste modo, pôs-se ao serviço da mosca. Porquê, só ele poderá esclarecer.
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Dito de outro modo, queixa-se AB que os políticos fulanizam os debates mas ele, e a generalidade dos críticos, não fazem normalmente outra coisa.
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E quando não se queixam, choram. O que ainda é mais intrigante, acrescentei eu agora.

Tuesday, April 29, 2008

BARRACA

Ouço esta manhã, na Antena 1, que ainda vivem em Lisboa cerca de 27 mil famílias em barracas. E dou comigo a perguntar-me se devo escrever ainda ou já. Depois de tantos programas e de tantas promessas para acabar com estas nódoas urbanas, supunha que o tecido tivesse ficado, se não totalmente limpo, pelo menos quase. Daí que as 27 mil barracas que agora contaram, não sei se resultaram de uma recaída, se de uma chaga que afinal ainda está muito longe de ser debelada.
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Ouço ainda, a seguir, outra disco estafado: Há, só na cidade de Lisboa, 150 mil fogos degradados. Em todo o país, haverá cerca de um milhão e meio de casas necessitando de obras de recuperação. E que é preciso dinamizar o mercado do arrendamento de casas para habitação. Como se houvesse entre estes três assuntos um nexo de causalidade forte entre eles: para que não haja barracas é preciso haver mais habitações disponíveis, para que haja mais habitações disponíveis é preciso recuperar as degradadas, para recuperar as degradadas é preciso que os senhorios tenham rendimentos compensadores.
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E nada disto é, geralmente, assim: As barracas existem porque a assistência social é insuficiente e o controlo à imigração ilegal incapaz de suster a fixação de pessoas que procuram Portugal sem contratos de trabalho que lhes assegurem condições de vida minimamente condigna. Enquanto o problema da imigração clandestina não for resolvido e a assistência social não ajudar a suportar as famílias com residência legal em Portugal, e realmente carenciadas, as barracas deveriam continuar a envergonhar-nos, se tivessemos um mínimo de vergonha colectiva.
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A recuperação das casas degradadas, que em muitos casos estão abandonadas, pertencendo um número signifivativo delas à própria Câmara, não se resolve principalmente com mais revisões da lei do arrendamento, ainda que esta continue com muitos entorses resultantes de um trabalho de corte e costura realizado para ajeitar o fato ao marreco. Resolve-se penalizando fiscalmente a propriedade expectante e obrigando os proprietários, senhorios e residentes em casa própria, a manterem as suas propriedades em condições esteticamente condignas e estruturalmente seguras.
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Se não, vira o disco e toca o mesmo.

Monday, April 28, 2008

CHORUMBÁTICO

Vamos e voltamos, e encontramos as carpideiras do costume a chorar sobre o leite derramado.
Não há quem lhes pare aquele choro em ondas monotonamente repetidas, até porque muita gente gosta da sarnação. Lambe-se por ela. Se não fosse assim, já teriam os lamentadores mudado de discurso mesmo sem mudar a improdutividade do esforço. Porque é tão estéril a lamentação incontida como a felicitação acéfala.
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Há dias, deixei no Sorumbático um reparo à contínua e generalizada lamentação que se ouve a cada canto onde senta um analista político, acumulando ou não com esta graciosa ocupação de blogger, sem que os perclaros lamentadores encham, de vez em quando, o peito de ar e suspirem uma ou outra ideia que nos ajude a escapar das causas dos seus lamentos e dos nossos desencantos.
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Tive então a inesperada visita de Carlos Medina Ribeiro que me dizia não ser da conta dos críticos proporem alternativas e que, relendo o texto que eu tinha criticado, de João Paulo Guerra, ele não encontrava uma qualquer afirmação susceptível de reparo.
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Eu também não. Geralmente, lêm-se estas lamentações e dá-nos para abanar a cabeça e concordar com o autor. A escrita é fluente, as ideias claras, os assuntos conhecidos, os reparos mil e uma vezes repetidos, apenas sem a eloquência dialética dos críticos. A questão não é serem ou não pertinentes, ou sobretudo parcialmente pertinentes os argumentos trabalhados. A questão é saber como, quando e a que custo poderemos montar uma alternativa, por difícil de montar que seja.
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Hoje voltei ao Sorumbático e comentei de uma eitada os artigos ali editados de João Paulo Guerra e António Barreto:
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Desculpem-me a impertinência do trocadilho mas, lendo João Paulo Guerra e António Barreto, o Sorumbático está mais para os lados do Chorumbático.
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Tivessem feito copy/paste do artigo de Vasco, o Valente, publicado no Público sobre a inutilidade do 25 de Abril, e o coro ficava ainda mais composto em tons graves. Recompus-me do abalo que tanta lamentação provoca ao ler o artigo de Rui Tavares, hoje, no Público: "Força Companheiro Vasco". É um golo lindo!
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Porque, caramba!, isto não estará lá grande coisa mas já esteve bem pior.Para melhorar, chorar não resolve, só desanima. É doentio.O que seria saudável é que a vocação lamentadora a que são propensos tantos comentadores respeitáveis fosse canalizada para a discussão de ideias que pudessem contribuir para nos safar deste vale de lágrimas em que, pelos vistos dos respeitados comentadores, nos encontramos metidos.
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Porque, não tendo eu quaisquer dúvidas de que são capazes de dar uma para a caixa das prescrições, é pena que continuem a repetir-nos os sintomas. Há doentes que adoecem só de ouvir aquelas conversas de sintomas a que são propensos os idosos.
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Se assim fosse, se conversassem connosco também acerca da posologia, até os jacarandás deixariam de se vestir de melancolia e raiariam aos nossos olhos com aquela ponta de garridice que também faz falta à vida.
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Em sequência da amável informação de Carlos Medina Ribeiro, transcrevo de 5DIAS
o artigo de Rui Tavares (Força, companheiro Vasco) a que fiz referência neste post:
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No filme A Vida de Brian, dos Monthy Python, uma das personagens mais estúpidas pergunta “mas afinal, que fizeram os romanos por nós?”. Alguém sugere: “o aqueduto”, “os esgotos”, “as escolas”, “as estradas”, e por aí adiante. O primeiro vai ficando irritado até que finalmente se vê forçado a responder: está certo, mas tirando os aquedutos, os esgotos, as escolas, as estradas, o direito, o comércio, e essas coisas todas — que fizeram os romanos por nós?
Na sua crónica de sábado sobre “O 25 de Abril”, Vasco Pulido Valente [VPV] garante-nos que “tirando as leis que instituíram a democracia, o PREC não deixou uma única reforma necessária e durável”. Com os termos definidos por VPV, em que 25 de Abril e PREC são tratados como intermutáveis, eis de novo a questão de A Vida de Brian: “mas afinal, que fez o 25 de Abril por nós?”.
Só que a resposta de VPV é mais divertida: “tirando as leis que instituíram a democracia”, nada. Por outras palavras: tirando eleições livres e justas, imprensa sem censura, extinção da polícia política, partidos políticos, fim da tortura e dos presos de opinião, liberdade de manifestação e associação, que fez o 25 de Abril por nós? Nada.
Alguém diz: então e a guerra? Eu não sei se o fim da guerra é uma “reforma”: para mim, é melhor do que isso. Ora, diz VPV, o “abandono de África não provocou nenhuma resistência interna, provando a artificialidade do imperialismo indígena”. Pois tirando o fim da guerra, que foram treze anos de “nenhuma resistência interna” mais a “artificialidade” de uns milhares de mortos, temos o quê? Nada.
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E que reformas nos deixou o PREC? Três ao acaso: universalização das pensões de reforma, generalização das férias pagas e Serviço Nacional de Saúde. Mas não sei se cabem na definição de “necessárias” e “duráveis” de VPV. Terá sido a extraordinária diminuição da mortalidade infantil “durável”? Para os interessados, parece que sim. Terão sido necessárias as pensões adicionais? Para o milhão que passou a usufruir delas em poucos anos, sim. E as férias? Essas, como diz toda a gente, são muito necessárias mas pouco duráveis.
Recapitulemos: tirando os recém-nascidos que sobreviveram, os velhos que recebem pensões, os jovens que não foram à guerra e lotaram as universidades, os adultos que gozaram férias e o pessoal todo que viajou para o estrangeiro sem ser “a salto” e nem precisar de passaporte, que fez o 25 de Abril por nós? Nada.
Vasco Pulido Valente tem no entanto razão se pensarmos que em qualquer revolução há sempre coisas que já vinham de antes e outras que ocorrem depois, que a história é uma coisa atrás da outra, e que o resto é conversa. Um exemplo: a entrada na UE não é o 25 de Abril. Mas é muito duvidoso que chegássemos a uma coisa sem a outra. A não ser, é claro, para as mentes retroactivas da direita portuguesa, que ainda lamentam Marcelo Caetano porque nunca deixaram de acreditar que a única maneira de nos aproximarmos das democracias teria sido sempre dar mais tempo aos nossos regimes autoritários.
Em suma: tirando esse pormenor da democracia, tirando a descolonização e tirando o desenvolvimento, que fez o 25 de Abril por nós? Ridiculamente pouco, pelo menos se comparado com Vasco Pulido Valente, que só nos últimos meses já nos garantiu, para além desta pérola, que Menezes chegaria a primeiro-ministro e Mitt Romney seria o próximo presidente dos EUA.

Sunday, April 27, 2008

SALE

THE SELLING OF AMERICA
What Can They Buy? A Good Bit of Us.
By Moisés NaímSunday
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/04/25/AR2008042503099.html

At the start, they came for the iPods. Then they came for condos in Manhattan and Miami. Now they're coming for the companies.
These days, Europeans are taking advantage of the cheap U.S. dollar to buy more than consumer electronics or real estate in the United States. They are also gobbling up all kinds of U.S. corporations -- a trend that will be far more permanent, consequential and politically charged than Europeans' widely noticed shopping sprees for gadgets or apartments.
"I am not worried about rich Arabs," a businessman in Clovis, Calif., recently told me. "It's the French who worry me." A private French company had just bought a large firm in his town, he explained, referring to Pelco, a Clovis-based manufacturer of video security systems that had recently been acquired by Schneider Electric. "Life will now change for all of us," he said. "That company has been an important part of this community for years."
There is nothing special about Pelco's sale; foreign companies buy American ones all the time, and vice versa. And this transaction was far smaller than, say, Abu Dhabi's $7.5 billion investment in
Citigroup or China's $3 billion investment in the Blackstone Group, a major private-equity firm. But the Pelco sale is part of a trend that, though still largely unnoticed, is quietly gathering steam: The United States is poised to receive a massive -- perhaps unprecedented -- inflow of large- and medium-size European investors. Everything from corporate behemoths to family-owned companies are about to come to America on a corporate buying spree.
Call it the Euroinvasion. Not only will many U.S. companies now have European owners, but the U.S. marketplace will be altered by an infusion of new foreign competitors that will manufacture their own products in the United States. These firms will use their new American base both to export to the world -- including their own European markets -- and to serve the U.S. market from inside its borders.
Such a transatlantic shift will have an enormous impact on Europe's levels of employment and exports -- and, inevitably, ignite a political firestorm on both sides of the Atlantic. European politicians will denounce these companies for "exporting jobs" to the United States, while U.S. politicians, already rattled by the threat of foreign competition, will be infuriated by what they will brand as "the foreign takeover of America."
CNN anchor Lou Dobbs will be foaming at the mouth -- and gaining viewers with each new tirade.
Why is this happening now? Largely because the plummeting U.S. dollar has made the move across the Atlantic affordable for many European companies. And this may be a once-in-a-lifetime chance to relocate: U.S. companies have rarely been so cheap. Five years ago, a German or Spanish company that coveted a U.S. competitor worth $500 million needed almost 550 million euros to purchase it. Today, it would take just 319 million euros.
European companies are not just being pulled to the United States by a cheaper dollar. They are also being pushed away from Europe by a business environment that is far less attractive than that in the United States. For many companies, moving across the Atlantic is the fastest and cheapest way to cut costs and become more competitive. After all, the average hourly wage in Europe is 16 percent higher than in the United States. Social insurance and payroll taxes are far steeper. So are energy costs: The average price of a kilowatt-hour of electricity for industrial usage in Europe is almost double the price in the United States. Transportation costs are higher, too. And the cost advantages of operating in the United States don't stop there. Land is still far cheaper in the United States, for one thing. An acre in the United States will cost you an average of $1,900; a similarly sized plot will cost you $14,500 in Denmark, $6,600 in Spain and $5,700 in Germany.
Meanwhile, competition in the global economy becomes fiercer every year. Although some European companies may set up shop instead in Asia or Eastern Europe (which can be even cheaper than the United States), most still view the United States as the world's corporate Mecca. "I cannot afford not to move to the U.S. if I want my family's company to survive," the CEO of an Italian manufacturing company recently told me. "It will not only be cheaper, but it will also place me and my engineers in the middle of a large cluster of leading-edge technology companies and in the largest market in the world. We will keep some design operations in Italy, but everything else goes to Massachusetts."
Some manifestations of the Euroinvasion are already clearly visible. Germany's
Thyssen-
Krupp AG is investing $3.7 billion in a steel plant in Alabama. France's
Alstom, a manufacturer of high-speed trains and turbines, is building a major factory in Tennessee. Other European companies such as Italy's Fiat have decided to reenter the U.S. market after long hiatuses, while BMW and Daimler are substantially expanding their manufacturing presence. Recently, by my calculations, the market value of the Spanish bank Banco Santander surpassed the value of Citigroup, the standard-bearer of the U.S. banking industry. It's only natural to expect that European banks such as Santander will expand their U.S. presence by taking advantage of the fact that the subprime crisis has left many U.S. financial institutions far cheaper.
But the Euroinvasion will be much more than a few headline-grabbing mega-deals. It will consist of thousands of smaller transactions in which midsize European companies swoop in to buy U.S. companies for what will seem like a bargain.
It will be impossible for U.S. politicians to stop the Euroinvasion, and European politicians will prove equally helpless in preventing their companies from moving to the United States. While blocking a few large investments by foreign government-owned funds in U.S. ports, defense industries and oil companies may be possible, preventing thousands of private companies from investing in the United States is not. Although difficult economic times always create political opportunities for demagogues and populists, the United States is far from ready to repeal capitalism. And stopping the Euroinvasion will require nothing short of that.

NEM TODOS SAO CULPADOS

Don't Blame All Borrowers
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/04/25/AR2008042502783.html
By Robert H. Frank


After more than a decade of steep growth, home prices peaked last year and have been falling rapidly. Over 9 million mortgages are "under water," meaning that more is owed on them than the home is worth. As foreclosures mount, additional homes come on the market, intensifying downward pressure on prices.
Congress is debating loan guarantees that would help homeowners renegotiate mortgages in default. In his initial response to the proposed legislation, Sen.
John McCain argued that "it is not the duty of government to bail out and reward those who act irresponsibly, whether they are big banks or small borrowers."
Many share McCain's concern. But while Congress clearly should not rescue borrowers who lied about their incomes or tried to get rich by flipping condos, such borrowers were at most a minor factor in this crisis. Primary responsibility rests squarely on regulators who permitted the liberal credit terms that created the housing bubble.
Hints of how things began to go awry appeared in "The Two-Income Trap," a 2003 book in which Elizabeth Warren and Amelia Warren Tyagi posed this intriguing question: Why could families easily meet their financial obligations in the 1950s and 1960s, when only one parent worked outside the home, yet have great difficulty today, when two-income families are the norm? The answer, they suggest, is that the second incomes fueled a bidding war for housing in better neighborhoods.
It's easy to see why. Even in the 1950s, one of the highest priorities of most parents was to send their children to the best possible schools. Because the labor market has grown more competitive, this goal now looms even larger. It is no surprise that two-income families would choose to spend much of their extra income on better education. And because the best schools are in the most expensive neighborhoods, the imperative was clear: To gain access to the best possible public school, you had to purchase the most expensive house you could afford.
But what works for any individual family does not work for society as a whole. The problem is that a "good" school is a relative concept: It is one that is better than other schools in the same area. When we all bid for houses in better school districts, we merely bid up the prices of those houses.
In the 1950s, as now, families tried to buy houses in the best school districts they could afford. But strict credit limits held the bidding in check. Lenders typically required down payments of 20 percent or more and would not issue loans for more than three times a borrower's annual income.
In a well-intentioned but ultimately misguided move to help more families enter the housing market, borrowing restrictions were relaxed during the intervening decades. Down payment requirements fell steadily, and in recent years, many houses were bought with no money down. Adjustable-rate mortgages and balloon payments further boosted families' ability to bid for housing.
The result was a painful dilemma for any family determined not to borrow beyond its means. No one would fault a middle-income family for aspiring to send its children to schools of at least average quality. (How could a family aspire to less?) But if a family stood by while others exploited more liberal credit terms, it would consign its children to below-average schools. Even financially conservative families might have reluctantly concluded that their best option was to borrow up.
Those who condemn them see a different picture. They see undisciplined families overcome by their lust for cathedral ceilings and granite countertops, families that need to be taught a lesson.
Yet millions of families got into financial trouble simply because they understood that life is graded on the curve. The best jobs go to graduates from the best colleges, and because only the best-prepared students are accepted to those colleges, it is quixotic to expect parents to bypass an opportunity to send their children to the best elementary and secondary schools they can. The financial deregulation that enabled them to bid ever larger amounts for houses in the best school districts essentially guaranteed a housing bubble that would leave millions of families dangerously overextended.
Congress should not bail out speculators and fraudulent borrowers. But neither should it be too quick to condemn families that borrowed what the lending system offered rather than send their children to inferior schools.


Robert H. Frank, an economist at the Johnson Graduate School of Management at Cornell University, is the author of "Falling Behind: How Rising Inequality Harms the Middle Class."

FOME 2

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The New Economics of Hunger
A brutal convergence of events has hit an unprepared global market, and grain prices are sky high. The world's poor suffer most.



In Chicago, Minneapolis and Kansas City, traders watched from the pits early last summer as wheat prices spiked amid mediocre harvests in the United States and Europe and signs of prolonged drought in Australia. But within a few weeks, the traders discerned an ominous snowball effect -- one that would eventually bring down a prime minister in Haiti, make more children in Mauritania go to bed hungry, even cause American executives at Sam's Club to restrict sales of large bags of rice.
As prices rose, major grain producers including Argentina and Ukraine, battling inflation caused in part by soaring oil bills, were moving to bar exports on a range of crops to control costs at home. It meant less supply on world markets even as global demand entered a fundamentally new phase. Already, corn prices had been climbing for months on the back of booming government-subsidized ethanol programs. Soybeans were facing pressure from surging demand in
China. But as supplies in the pipelines of global trade shrank, prices for corn, soybeans, wheat, oats, rice and other grains began shooting through the roof.
At the same time, food was becoming the new gold. Investors fleeing
Wall Street's mortgage-related strife plowed hundreds of millions of dollars into grain futures, driving prices up even more. By Christmas, a global panic was building. With fewer places to turn, and tempted by the weaker dollar, nations staged a run on the American wheat harvest.
Foreign buyers, who typically seek to purchase one or two months' supply of wheat at a time, suddenly began to stockpile. They put in orders on U.S. grain exchanges two to three times larger than normal as food riots began to erupt worldwide. This led major domestic U.S. mills to jump into the fray with their own massive orders, fearing that there would soon be no wheat left at any price.
"
Japan, the Philippines, [South] Korea, Taiwan -- they all came in with huge orders, and no matter how high prices go, they keep on buying," said Jeff Voge, chairman of the Kansas City Board of Trade and also an independent trader. Grains have surged so high, he said, that some traders are walking off the floor for weeks at a time, unable to handle the stress.
"We have never seen anything like this before," Voge said. "Prices are going up more in one day than they have during entire years in the past. But no matter the price, there always seems to be a buyer. . . . This isn't just any commodity. It is food, and people need to eat."
Beyond Hunger
The food price shock now roiling world markets is destabilizing governments, igniting street riots and threatening to send a new wave of hunger rippling through the world's poorest nations. It is outpacing even the Soviet grain emergency of 1972-75, when world food prices rose 78 percent. By comparison, from the beginning of 2005 to early 2008, prices leapt 80 percent, according to the
United Nations' Food and Agriculture Organization. Much of the increase is being absorbed by middle men -- distributors, processors, even governments -- but consumers worldwide are still feeling the pinch.
The convergence of events has thrown world food supply and demand out of whack and snowballed into civil turmoil. After hungry mobs and violent riots beset Port-au-Prince, Haitian Prime Minister Jacques-Édouard Alexis was forced to step down this month. At least 14 countries have been racked by food-related violence. In Malaysia, Prime Minister
Abdullah Ahmad Badawi is struggling for political survival after a March rebuke from voters furious over food prices. In Bangladesh, more than 20,000 factory workers protesting food prices rampaged through the streets two weeks ago, injuring at least 50 people.
To quell unrest, countries including Indonesia are digging deep to boost food subsidies. The
U.N. World Food Program has warned of an alarming surge in hunger in areas as far-flung as North Korea and West Africa. The crisis, it fears, will plunge more than 100 million of the world's poorest people deeper into poverty, forced to spend more and more of their income on skyrocketing food bills.
"This crisis could result in a cascade of others . . . and become a multidimensional problem affecting economic growth, social progress and even political security around the world," U.N. Secretary General
Ban Ki-moon said.
The New Normal
Prices for some crops -- such as wheat -- have already begun to descend off their highs. As farmers rush to plant more wheat now that profit prospects have climbed, analysts predict that prices may come down as much as 30 percent in the coming months. But that would still leave a year-over-year price hike of 45 percent. Few believe prices will go back to where they were in early 2006, suggesting that the world must cope with a new reality of more expensive food.

PAC E PARA ALEM DA PAC


O PR discursou na Ovibeja e desafiou os portugueses em geral, e os produtores agricolas e florestais em particular, a analisarem e discutirem por onde passam os seus interesses no aproveitamento dos seus solos, na reducao da sua dependencia alimentar de importacoes, na preservacao da sua paisagem, na revisao da PAC para um enquadramento mais consentaneo com os interesses das polulacoes em geral e menos de interesses de grupos.
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Portugal pode e deve defender os seus interesses no ambito da UE, e a necessidade de aumentar a sua autosuficiencia alimentar e mais que suficiente para adoptar politicas que alterem um stato quo que nao decorre das politicas da PAC, nomeadamente a utilizacao racional dos seus solos. Mas as politicas da PAC, podem e devem tambem ser alteradas e Portugal deve, na defesa dessas alteracoes, juntar-se aqueles que teem interesses identicos.
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O que nao faz nenhum sentido e que Portugal, o pais membro com maior dependencia alimentar no ambito da UE, continue a verem reduzidas as suas areas com aproveitamento agricola e florestal.
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E fundamental que o Ministerio da Agricultura va para o terreno, no sentido propriamente dito do termo. Se temos de pagar a milhares de funcionarios seria bom que soubessemos o que estao esses funcionarios a fazer.
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E o que sabemos, ou suspeitamos, e que fazem pouco.

Saturday, April 26, 2008

HILLARY OU OBAMA?

Three Reasons To Believe
The best cases for why Clinton and Obama are electable.
By John Dickerson
A conversation among Democrats about whether Barack Obama or Hillary Clinton is better positioned to win the general election can get very slippery very fast. The starting point is fixed: the upcoming race against John McCain. But the polls aren't helpful in showing which candidate has the edge. Hillary Clinton and Barack Obama perform the same, statistically, against John McCain. In the latest Gallup poll, Clinton is running two points ahead of McCain, 47 percent to 45 percent, while Obama is running one point behind, 45 percent to 46 percent.
Without clarity in the numbers, the terrain quickly shifts to what it means for Clinton to have won big states versus Obama's greater collection of little states; or the value of caucuses versus primaries; or states that count versus Michigan and Florida, which don't. To help us out of the woods, here is a list of the top-three talking points for each of the two democratic candidates.
Hillary Clinton
Clinton talking point No. 1: Clinton consistently performs better with downscale voters, women, Catholics, and older voters. In Pennsylvania, for example, she won among whites without college degrees by 42 points. She won whites earning less than $50,000 by 34 points. These constituencies are crucial to Democratic prospects in the fall, particularly in Pennsylvania, a key swing state, and in Ohio. The corollary to this argument is that Obama is the boutique candidate of young voters and wealthy elites, which taps unwelcome memories of candidates like Michael Dukakis and George McGovern, whom Republicans easily branded as liberals.
Obama counterargument: There's no evidence to suggest that his problem with these voters will carry over to the general election. Most of the Democrats voting in primaries are going to support the Democratic nominee, whoever he or she is. Asked whether Obama "cares about people like you," 66 percent of Pennsylvania voters said yes. Hillary Clinton received almost exactly the same rate of endorsement, suggesting Obama is not seen as an elitist relative to Clinton.
Clinton talking point No. 2: Voters consistently favor Clinton to Obama when asked which candidate can better handle the economy. In Pennsylvania, 75 percent said Clinton would do a better job of solving the country's economic problems. When asked which candidate would make the better commander in chief, voters also regularly pick Clinton by a large margin as they did
in Ohio by 60 to 37.
Obama counterargument: On the economy, Obama will be able to distinguish himself against McCain in a way he can't against Clinton, with whom he has nearly identical economic views. On foreign affairs, Obama says that his early opposition to the war gives him a better argument in the long run against McCain.
Clinton talking point No. 3: She can take a punch. Clinton has shown extraordinary tenacity. Voters get proof every day of just how hard it will be for Republicans to beat her down. Obama, by contrast, can't stand the heat, according to Clinton's suggestion in her
last ad. Clinton aides argue that Obama wobbled when challenged about his remarks relating to people who live in small towns or about his poor debate performance. Late-deciding voters in Pennsylvania saw this weakness and went overwhelmingly for Clinton, she can credibly claim.
Obama counterargument: He can handle adversity—look at his well-received race speech in the wake of questions about his relationship to his former pastor, the Rev. Jeremiah Wright. And he can also inspire voters—which is what they want, rather than more aggression and fighting for the sake of a fight.
Barack Obama
Obama talking point No. 1: He can capture independents and younger voters, bringing new people into the Democratic fold and into the voting booth in November. Obama consistently wins voters under the age of 44, who represent the future of the party. In head-to-head matchups with John McCain, Obama regularly does better than Clinton among independents. Clinton's negatives, which reached their highest point in a
recent ABC survey, mean that she'll never break through a certain ceiling with independents and moderates.
Clinton counterargument: Obama isn't well-known and Clinton is. He's benefiting from that now, but once McCain and the Republicans attack him as a doctrinaire liberal, his negatives will rise and independents will run from him.
Obama talking point No. 2: He is the candidate of change. Eighty percent of those polled say that the country is moving in the wrong direction. More than any other candidate, Obama is more associated than any other candidate with the change voters want.
Clinton counterargument: The more Obama campaigns, the more he
contradicts his promise to practice a new high-minded politics, weakening his appeal as a new kind of politician.
Obama talking point No. 3: The party will explode if superdelegates reverse the will of the pledged delegates, among whom Obama leads. Young voters, first time voters, and African-Americans will stay home in November in protest or even vote for John McCain. That could lose Democrats not only the presidency but also other races down the ballot.
Clinton counterargument: According to Pennsylvania exit polls, Clinton's coalition would be more dissatisfied with Obama as the nominee than Obama's supporters would be if Clinton won the nomination. Sixteen percent of Obama's voters would stay home or vote for John McCain if Clinton were the nominee, but 24 percent of Clinton's would if Obama gets the nod. In other words, there's more to worry about, in terms of internal party dissent, from an Obama nomination.

RESCALDO

Perhaps it was inevitable: The Democrats' battle for the presidential nomination has led us into the thicket of race and religion.
Hillary Clinton's significant victory over Barack Obama in the Pennsylvania primary was the result of many factors, but most troubling for Obama's camp were exit polls suggesting that an underlying anti-Obama vote was responsible for the size of Clinton's win. One little-noticed finding was that 6 percent of Clinton's own voters said that they would defect to John McCain in the fall against Clinton herself. These Pennsylvania Democrats clearly were not Clinton enthusiasts. They were voting against Obama.
What was behind the anti-Obama feeling? More specifically, did Obama's race play a role? The evidence suggests that race mattered; it's just not clear how much.
Among white Pennsylvania voters, roughly one in six said race was a factor, and three-quarters of those voted for Clinton. By contrast, Clinton's gender seemed to help her more than hurt her: A substantial majority of men who said a candidate's gender was a factor (a very small group) voted for Clinton.
The import of race was widely debated in e-mail discussion groups and on Web sites from the moment exit polls became available. There is certainly a danger of exaggerating the impact of race in Pennsylvania, since Clinton also beat Obama by about 3 to 2 among whites who said race played no role in their decision.
Nonetheless, elections are usually decided at the margins, and these findings will (and should) prompt a more open and candid discussion of race's role this year.
Republicans clearly know that they can find ways to play on racial feelings while fully denying they are doing so. On Wednesday, the
North Carolina Republican Party released a television ad showing Obama's former pastor, the Rev. Jeremiah Wright, giving his now-famous sermon in which he declared, "God damn America."
Of course Wright's comments were offensive, but to pretend that the ad does not have racial undertones would be to deny the obvious. After all, why didn't North Carolina Republicans focus instead on attacking Obama's alleged "elitism" or his foreign policy views?
And a pattern was set that may define the rest of the campaign: Will John McCain be able to profit from incendiary ads run by his partisan allies even as he insists he would never run such ads himself?
The religion factor, especially the Catholic factor, is equally complicated. But it is no less important. Among white Catholics in Pennsylvania, Clinton received 72 percent of the vote, nine points better than her share among whites as a whole and 13 points better than her performance among white Protestants.
Some of the differences can be explained by the fact that self-identified Pennsylvania Catholics were older than other voters -- and older white voters have been at the core of Clinton's base. Among voters under 45, by contrast, the differences between white Catholics and white Protestants were negligible.
Nonetheless, older white Catholics were decidedly more resistant to Obama than other older whites. Even as Pennsylvania's votes were being counted, a top Clinton campaign official was touting the extensive work Clinton had done to woo Catholics.
He spoke of campaigning by nuns around the state, of a special "Catholic conversation" hosted by some of Clinton's prominent Catholic supporters just before
CNN's "Compassion Forum," and even of the fact that Chelsea Clinton had attended Mass at St. Christopher's parish in northeast Philadelphia with Catholic supporters.
The Obama campaign was slower in organizing Catholics, but this month it announced the formation of a Catholic "advisory council" whose ranks include Sharon Daly, a former top official at
Catholic Charities USA, and Mary Jo Bane, who served in the Department of Health and Human Services in Bill Clinton's administration. Since Catholics have a history of backing the victorious presidential candidate, the struggle over Catholic voters will be closely tied to arguments with superdelegates over whether Clinton or Obama is more electable.
Ultimately, Obama may face a contradiction, or at least a paradox.
He has succeeded in beating back racial stereotypes by presenting himself as a cerebral and unifying figure who disdains confrontation and heated rhetoric. But many Catholic voters, particularly those in blue-collar ranks, are skeptical of his transformative oratory and cool personality. "They want to see some fight, some grit and some specifics," said one Democrat who is neutral but wishes Obama well.
There is only so much Obama can do to deal with outright racial prejudice. But in grappling with his difficulties among Catholic voters, Obama may find a way to ease the burdens of race.
postchat@aol.com

CLEAN UP

Hoje é dia de os moradores do "cluster" pegarem num saco e irem recolher lixo que alguns visitantes ou moradores menos educados tenham jogado para onde não deviam. Não é grande o volume de plásticos e embalagens vazias recolhidas, e ainda bem, o simples facto de o ambiente estar sempre quase impecavelmente limpo desincentiva o alarvismo que se aloja em muita mente humana e que despoleta quando vê amostra de lixo por perto lançando mais lixo ao lixo. No fim da recolha, juntam-se os vizinhos, pais e filhos, em confraternização à volta de um churrasco de hamburgers. As crianças adoram colaborar.
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Há tempos, li uma notícia que denunciava serem os resíduos de plástico, incluindo embalagens, algumas das principais causas da morte das aves marinhas. Lançados ao solo, se não são retirados a tempo, acabam por ser transportados pelas chuvas para os riachos, destes para os afluentes dos rios e por estes levados para o mar. No mar, são tomados tomados por comestíveis pelas aves, causando-lhes a morte.
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A protecção do ambiente é um dos desafios mais decisivos que se coloca à sobrevivência da natureza em geral e da humanidade em particular.
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A RTP, empresa de serviço público, e que por esse motivo vive encostada ao OGE, deveria saber isto e promover a emissão de programas susceptíveis de induzir comportamentos cívicos, nomeadamente de protecção do ambiente. Lamentavelmente, parece que não sabe. Muitos dos seus programas replicam os padrões utilizados pela SIC e pela TVI, a quem estas questões não deveriam ser alheias, que vivem da concorrência no quanto pior melhor.
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Alguns dirão que alguns programas terá a RTP com tal objectivo, mas poucos os vêm e muito poucos os assimilam nos seus comportamentos. Se assim for, maior razão haverá para colocar mais imaginação e mais meios ao serviço de um objectivo de interesse público.
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Porque a transmissão de lixo televisivo já está assegurada pelas televisões privadas não há qualquer razão para a subsidiação da sua transmissão nas antenas públicas.
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Ou há?

Friday, April 25, 2008

OS GENERAIS DE ABRIL

Dois discursos, um mesmo tema, estão hoje em destaque no Público: O discurso do Presidente da Repúplica na AR e o resumo de entrevistas conduzidas por Adelino Gomes a cinco generais e um coronel envolvidos activamente no 25 de Abril.
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O Presidente da República, Cavaco Silva, mostrou-se hoje "impressionado" com a ignorância de muitos jovens sobre o 25 de Abril e o seu significado e denunciou uma "notória insatisfação" dos portugueses com o funcionamento da democracia. No seu discurso na sessão comemorativa do 25 de Abril, no Parlamento, Cavaco Silva divulgou extractos de um estudo que mandou realizar sobre o alheamento da juventude face à política, e atribuiu parte da responsabilidade aos partidos políticos.
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Quanto aos generais, pergunta em subtítulo Adelino Gomes, "O que querem os generais, desiludidos com a democracia?"
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Ninguém, de boa fé e com um mínimo de vivência antes do 25 Abril, pode afirmar que Portugal não mudou ou, mais grave ainda, que se mudou piorou. Terá, evidentemente, mudado para pior para um número muito reduzido que vivia das vantagens que o antigo regime lhes concedia em exclusivo. Para a esmagadora maioria dos portugueses, mudou para melhor e mudou muito, ainda que pudesse ter mudado mais.
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O desalento do PR relativamente à ignorância da juventude relativamente à data que marcou uma transformação profunda na vida portuguesa é exagerado. Em democracia vive-se em liberdade como num espaço aberto, respira-se sem dar por isso. Provavelmente, a juventude em geral tem do 25 de Abril uma ideia tão difusa como tem de muitos acontecimentos relevantes da nossa história, por deficiências no ensino. O que não parece pertinente tomar a data como celebração de uma dádiva. Porque se em 25 de Abril nos libertámos, até 25 de Abril nos deixámos agrilhoar. O 25 de Abril é ao mesmo tempo um dia de júbilo e o termo de um longo tempo de sujeição. É um marco na história que tem um significado distinto para aqueles que o transpuseram daquele que pode ser apreendido pelos que já nasceram num país livre.
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Em 24 de Abril de 1974 o regime estava tão deteriorado nas suas estruras e tão desacreditado internacionalmente que, para colapsar, qualquer abalo mínimo chegava. Esse empurrão chegou com a revolta dos militares, fundada inicialmente em razões corporativas. A revolução dos cravos tinha todas as condições para ser bem sucedida sem séria troca de tiros. Subitamente, praticamente todos os os militares estavam do lado certo, rezingando apenas um ou outro general mais afecto ao anterior regime, mas por pouco tempo.
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Percebe-se a inquietação actual dos generais? Percebe-se, sobretudo por razões corporativas.
O artigo de Garcia Leandro publicado há uns meses atrás referia uma questão sensível: as ameaças à instabilidade social decorrentes do agravamento das desigualdades sociais, mas não escondia que a sua denúncia continha reivindicações de interesses próprios. E, lamentavelmente, deixava no ar a ideia de que uma manifestação de desagrado general andava por aí.
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Como sempre acontece nestas situações, os incómodos de que falam os queixosos não são, realmente, aqueles com que se sentem incomodados. O que pouco abona o sentido patriótico das suas preocupações.
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Primeiro foi Garcia Leandro, ao dizer que muita gente o procurava a incitá-lo a que fizesse alguma coisa para parar a degradação das instituições democráticas.Mais recentemente foi Rocha Vieira (...) declarou que os tempos de crise que Portugal atravessa "ignoram o passado da independência e anunciam um futuro sem liberdade". (...) Loureiro dos Santos apelava ao Governo para que, "em vez de insistir em normas à margem do que a Constituição da República prescreve", demonstrasse "o seu apego à democracia e à lei, expurgando o RDM (Regulamento de Disciplina Militar) das inconstitucionalidades que ainda contém" e que, a crer na versão de um anteprojecto em consulta, poderá vir a ter ainda mais restrições ao exercício de direitos dos oficiais na reforma.Uma obra de um quarto general, Silva Cardoso, tecendo considerações absolutamente desencantadas em relação aos últimos anos da história portuguesa, surgiu igualmente nos últimos dias nos escaparates (...) o que querem afinal os generais, com este insistente cassandrear de péssimo agoiro? Não estarão eles a incentivar ou no mínimo a legitimar a preparação de alguma acção de força que mude o rumo do país? (...) Garcia Leandro "Queremos simplesmente uma democracia pluralista que funcione dentro das regras". (...) "Há pessoas que não têm só o direito de falar; têm o dever", enfatiza (...) Não é esta forma de democracia que está errada, esclarece. "O que está errado é o modo como os actores principais a têm servido. E a dificuldade que encontram as pessoas que querem fazer coisas"."Se Portugal fosse um barco, estava completamente virado para bom-bordo. Eu até poderia encarar com alguma tranquilidade o futuro do meu país se pudesse dizer assim: "As pessoas com mais de 50 anos são para deitar fora. Mas o que vem atrás é muito bom..." O problema é que não. Não é muito bom", explica Garcia Leandro. Este general, que actualmente preside ao Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, aceita que nunca como hoje houve tanta gente nova portuguesa com tão altas qualificações no estrangeiro. E sublinha mesmo que desde 1976 Portugal melhorou muito. "Isso está fora de causa. O que me preocupa é o que não se fez ou foi mal feito ou podia ter sido mais bem aproveitado. Nomeadamente as verbas que vieram da Comunidade Europeia: alguém alguma vez se preocupou a sério em apurar quanto dinheiro chegou cá e o destino que lhe foi dado? (...) "Movimento de indignação civil", precisa agora o general, apostado em prevenir eventuais novas más interpretações, como aquelas que, lamenta, deturparam o artigo no Expresso ("A falta de vergonha"). Isto apesar de nele escrever, preto no branco, ser óbvio que "não haverá mais cardeais e generais para resolver este tipo de questões", pois "isso é um passado enterrado. Tem de ser o próprio sistema político e social a tomar as medidas correctivas para diminuir os crescentes focos de indignação e revolta".(...) (Para Rocha Vieira) "Se não estivéssemos na Europa, se calhar o desânimo era capaz de ser demonstrado de uma maneira mais violenta. Vivemos tempos complicados: as pessoas começam a sentir que a sua liberdade começa a ser coarctada; há esta ideia de os oficiais na reforma passarem a ser abrangidos pelo RDM; os oficiais ligados às associações militares começam a ser vistos de uma maneira enviesada. E tudo se passa com um Governo que aparentemente estaria com o 25 de Abril. Chegamos a uma situação destas num Governo de esquerda", lamentou-se ao PÚBLICO, num contacto telefónico.(...) Vasco Lourenço não tem visto com muita simpatia esta sucessão de declarações por parte de generais. "Para fazer ouvir a sua voz, seja quem for, tem que ter autoridade moral no que respeita aos temas em que quer ser ouvido. Infelizmente, isso não acontece, muitas vezes."Nos casos em apreço, "por escandaloso, há um que sobressai mais. O general Silva Cardoso, pelo seu passado, pela sua postura, não tem perfil nem qualquer autoridade para afirmar seja o que for. Até porque, normalmente, mente descaradamente", critica.Reconhece, contudo, que "os tempos actuais são complicados". Do seu ponto de vista e não apenas em Portugal, "o actual regime democrático parece esgotado", com os detentores do poder a fugirem para a frente, sem se aperceberem de que, cada vez mais, vão ajudando a degradar a situação, o que lhe lembra "os velhos senhores de Roma, que não viam o fim do Império a aproximar-se, de forma acelerada, e continuavam em festas e orgias". (...) Vasco Lourenço defende que ospartidos políticos voltem "à essência da sua criação", pois "não podem continuar a ser agências de empregos, coberturas e agentes de luta do poder pelo poder, causadores e encobridores de corrupção, enfim, maus agentes da democracia".
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Valha-nos Santa Europa!

Thursday, April 24, 2008

AZÁLEAS
















IMPRESSIONANTE

Raramente trago para estas minhas divagações nomes de políticos portugueses no activo. Desagrada-me a fulanização dos assuntos. Mas não resisto a transcrever hoje um texto que, por reflectir um estado de alma do autor, é também um programa da sua trajectória no futuro imediato.
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Sem grandes comentários. Qualquer comentário à admiração e adoração de Santana por Berlusconni expressas no seu blog seria excessivo. Mas uma conclusão é indiscutível: Santana não deixará de perseguir emular cá em casa os admirados adorados predicados do seu ídolo.
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Têm a palavra os filiados do PSD (com ou sem as quotas em dia) nas directas que podem pôr o partido KO já no próximo mês de Maio. Acção urgente, porque é urgente não pensar. As directas ou são ultra rápidas ou dão ao adversário tempo para as encaixar. E, nesse caso, deixariam de ser directas autênticas.
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Reconheça-se, em abono da verdade, que Berlusconni se tem governado à grande e à italiana. Santana, nem isso.
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Ganhou Berlusconni! E agora? Como vão explicar esta vitória os teóricos do politicamente correcto?
Berlusconni ganhou!Berlusconni venceu! Como explicar? Será que o Povo de Itália não recebe a RTP e a SIC Internacionais? Verdade seja dita que alguns dos nossos comentadores não são os únicos membros desse grupo do politicamente correcto...Ele há mais como eles.
Ganhou mais um populista, demagogo, direitista...Como será possível? Não existirão lá comentadores esclarecidos?
Aqui há um ano, ou menos, em Itália, e sobre Itália, dizia- se que não havia alternativa de direita. Pois lá está, outra vez. Como devem ficar confusos.
Acima de tudo, há que felicitar Silvio Berlusconni pela sua enorme capacidade de resistir, de acreditar, de ultrapassar obstáculos, de lutar, de ressurgir das derrotas, de vencer os seus adversários, de calar tanto detractor. Merece, e merece a Itália antes do mais, que esta governação tenha sucesso.

SUBPRIME SUIÇA


UBS Shareholders Back Capital Boost, Replace Chairman
By Ernst E. Abegg Associated Press

BASEL, Switzerland, April 23 -- Shareholders of the Swiss bank UBS approved a $15 billion capital increase and replaced the chairman Wednesday in reaction to the fallout it has suffered from its exposure to the U.S. subprime mortgage crisis.
Some shareholders booed and hissed
Peter Kurer, the former chief legal counsel named to replace Marcel Ospel as chairman. The company has been forced to write down $37.4 billion of its assets.
It was the second round of capital increases, following a $12 billion infusion approved by investors in February.
"On the whole, the financial markets are also still far from normal, although the evidence suggests that we are gradually reapproaching normality," Ospel told shareholders at the firm's annual meeting.
UBS has been among the hardest-hit of all banks that took on bad debt from the United States.
"It tainted our reputation as a dynamic, innovative yet always risk-conscious financial institution," Ospel acknowledged. "And it also put our clients' trust to a severe test."
Chief executive
Marcel Rohner said that the bank had begun to reduce its exposure to risk but that UBS would not spin off its investment bank, blamed for most of the bad investments in U.S. securities. Those investments are now only about a third of what they were at the end of September, he said.
Rohner said the bank has "a very strong capital base, which gives us a very strong foundation for the future, so there's no need to sell assets."
Rohner would not talk about job cuts at UBS, but he said an announcement would be made early next month.
He said an overall loss of nearly $4 billion for 2007 "speaks for itself."
"It is a disastrous result, and it has eroded a great deal of trust," he told shareholders, adding that the bank will "ensure that something like this never happens again."
The losses have grown to about $12 billion net in the first quarter.
Referring to the 50-page report published by the bank on its Web site Monday, Rohner said it "reveals in painfully clear detail what happened and where both we and our systems failed."
"It does not make for pleasant reading, but it does reflect reality," he said.
Rohner told shareholders that one of the biggest mistakes was the failure of oversight. UBS "could not see the forest for the trees," he said.
Kurer said fundamental change is needed in the way UBS looks at risk. He proposed setting up a risk committee that would systematically review bank portfolios.

DAD´S COMING


Dad´s Coming - Winslow Homer - National Gallery of Art - Washington DC

Wednesday, April 23, 2008

O FUNDO DA CRISE



The Bottom Is Up Ahead

Wall Street leaders suggest the crisis has played out. But no one has a handle on it, and we probably won't hit bottom before 2009.




You'd think that Wall Street would be feeling embarrassed and humiliated enough about its own performance that its top executives and strategists would have the good sense not to be out there peddling fresh nonsense about how the credit-market crisis has pretty much played itself out.
Don't be fooled by the latest sucker rally on stock markets or predictions that the "worst may be behind us." The first thing you need to remember is that these guys still don't have a handle on what they're dealing with -- nobody does. And even if they did, we know that when it comes to their own balance sheets, or to the outlook for the markets and the economy or designing a new regulatory framework, they simply cannot be trusted.
To figure out where things are in this crisis, and where they are headed, it's important to understand how we got in this mess. Let me posit two possibilities.
One explanation is that we got here because mortgage bankers and brokers were sleazy, investment bankers were greedy for fees, banks were incompetent, rating agencies were compromised, and regulators either were blinded by deregulatory ideology or chose to look the other way.
Obviously, there is a good deal of truth in all of that. And if you accept that as the basic story, then you might well think that the crisis will be over as soon as the bad loans are acknowledged and written off, the banks are recapitalized, and new rules are put in place to make sure it never happens again.
But what if that isn't the whole story? What if, for the better part of a decade, the United States had been living way beyond its means, consuming more than it produced and investing more than it saved? What if China and Taiwan and Saudi Arabia and even Japan were willing to finance that trade deficit on easy terms because it allowed them to peg their currencies to the dollar in a way that generated higher job creation and economic growth in their home markets? And what if this mutually advantageous imbalance in trade and investment flows wound up creating a huge supply of cheap dollar-denominated credit that virtually invited the bankers and brokers and rating agencies and private-equity firms in U.S. markets to throw caution to the wind and make ill-advised lending and investing decisions?
Not only is this a plausible explanation, but I think it is the underlying story. And if that is the case -- if the story of the credit bubble and its bursting is more fundamentally about macroeconomic imbalances than microeconomic failures -- that has very different implications for where we go from here.
For what it means is that things won't be "fixed" simply by having the financial sector write off its losses and bad loans and promise to do a better job next time with risk management. Rather, it will require a reduction in the overall standard of living in the United States so that the country as a whole begins to live within its means.
What does that mean exactly?
In practical terms, it means that households will have to reduce consumption, increase savings and stop piling up credit card debt or using home equity as an ATM.
It means that the federal government stops running huge operating deficits by raising taxes or dramatically cutting national security and entitlement spending.
It means that the price of homes return to levels that reflect the incomes of the people who live in them, and the price of office buildings and shopping centers reflect the cash flow from tenants.

It means that the price of stocks, bonds, commodity futures and derivatives return to levels that reflect real cash flows and risk-adjusted economic values, not speculative values based on continued availability of cheap and easy money.
Such a broad reduction in wealth and living standards will take many forms. It will come in the form of higher unemployment and stagnant wages and falling income, which take statistical form in slower or even negative economic growth. It will come in the form of inflation and its first cousin, a lower value for the dollar. And it will manifest itself in lower values for pension funds, 401(k) accounts, university endowments and house prices.
You don't have to have a PhD in economics to see that this adjustment is underway. But it would be folly to assume that it is anywhere near completion. After all, it took many years for our collective standard of living to get out so far out of whack, and it's highly unlikely that we are somehow going to reverse things in a couple of quarters. And the bubbles in commodities and commercial real estate are still to pop.
Moreover, at every step along the way, households and companies, lenders and investors, politicians and taxpayers are going to look for ways to delay such painful adjustments or push them off on someone else. We all know that, just as things overshot on the way up, they are likely to overshoot on the way down.
There are no forecasting models I know of that can reliably predict how long all this will take. But simple logic, and our experience with the real estate debacle of the 1990s and the tech bubble of 2000, suggests that the turmoil in financial markets won't be over until the end of 2008, at the earliest. And since there is a lag of at least a year between what happens in financial markets and what happens in the economy, it's unlikely that the economy will bottom out much before the end of 2009. After that, look for another annoyingly slow and "jobless" recovery.
And that's the good scenario -- what happens if there are no nasty surprises.
What is important to keep in mind is that this will be a process of markets correcting for their own excesses and imbalances. Government can take modest steps to control the speed of the adjustment process or distribute the pain in different ways, but trying to prevent it will only make things worse.

DOGWOODS




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PS/PSD/CDS

Um dos aspectos mais, aparentemente, espantosos da política à portuguesa é o de queixarem-se as oposições de o governo lhes entrar em casa, adoptando políticas que não são congenitamente suas (do partido do governo) mas surripiadas a eles (os partidos das oposições). Mais espantoso ainda, é queixarem-se as oposições que o governo adopta políticas que eles, partidos da oposição quiseram adoptar quando eram governo mas foram impossibilitados de o fazer porque as oposições de então, de entre as quais se destacava o partido que sustenta o actual governo, lhes boicotaram as intenções. Mas mais espantoso ainda, é queixar-se o governo da barragem de críticas que lhes fazem as oposições relativamente a políticas que o governo quer adoptar e que não são substancialmente diferentes daquelas que as oposições defendiam quando eram governo. Sobretudo espantoso, é queixarem-se as oposições uma da outra de invasões do vizinho nos seus terrenos seculares. Queixumes por todos os cantos da casa , portanto.
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Complicado? De modo algum. A luta política, nos tempos que correm, não se trava em Portugal à volta de um conjunto de ideias nucleares. Se colocarmos de parte o PC e o BE, subordinados a uma ideologia que não admite discussão fora do restrito núcleo central, os partidos do arco do governo, democráticos-burgueses na acepção marxista-leninista, enfrentam-se com relutância na adopção de medidas liberalizantes que, no entanto, não podem deixar de ser adoptadas num mundo globalizado e, portanto, cada vez mais competitivo.
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É neste contexto que, por conjugação de uma lideranca que se tem mostrado relativamente perseverante e do apoio da maior parte dos associados que perdoa os desvios dos princípios em nome do sucesso do clube, o actual governo tem navegado com relativo sucesso.
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Os partidários do governo, com algumas sonoras excepções, rejubilam sem cuidar muito da matriz primordial do partido, as oposições irritam-se com as ultrapassagens pelo lado contrário.
Ao cidadão comum ocorre o lema de Deng Xiaoping: Não importa a cor do gato desde que cace ratos. E alguns têm sido caçados, segundo se percebe pelas irritações das oposições.

Tuesday, April 22, 2008

HILLARY GANHOU A BATALHA DA PENSILVANIA

Sao oito horas da noite na Pensilvania. Os resultados das primarias democratas estao a ser prometidos pela CNN para dentro de momentos. Na sede da campanha de Hillary Clinton nao se observa qualquer movimento. A de Obama esta repleta de apoiantes que aguardam noticias. Se este contraste tivesse algum significado, diriamos que Obama teria ganho a nomeacao esta noite. Enquanto os resultados democratas nao chegam as camaras visitam a sede de campanha de McCain mas, tambem ali, a questao que sobreleva neste momento todas as outras e qual sera o oponente democrata mais dificil para o candidato republicano.
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As oito e meia comecamos a perceber que as intervencoes dos pivots repetindo o que ja sabemos, o numero de delegados que cada candidato ja tem assegurado, o numero necessario para a noeacao na Convencao, os fundos ja arrecadados por cada um deles, a importancia assumida por estas eleicoes na Pensilvania, todo este enrolar da manta sigifica que as contagens estao atrasadas e que o prometido dentro de momentos pode significar ainda muito tempo de espera.
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As camaras instaladas na sede de HC mostram-nos agora meia duzia de pessoas circunspectas, na de Obama, a multidao aglomerada naquilo que parecem as instalacoes de uma arena continua numa expectativa aparentemente descontraida. Aparentemente, nenhuma indicacao da tendencia dos resultados parece ter transpirado ainda para os quarteis-generais dos candidatos e, estes, nao parecem dispor de quaisquer avaliacoes proprias. Entretanto, sao transmitidas mais comentarios para ocupar o tempo e agarrar os espectadores.
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As nove horas, o panorama do lado Obama e o mesmo; do lado Clinton, a transmissao mostra uma sala onde poderao estar duas centenas de pessoas. Com 6% dos resultados apurados Hillary comeca a frente com 52%, 48% para Obama. Na sede de Clinton comecaram a manifestar-se os apoiantes. Na de Obama, continua a expectativa. A CNN promete uma projeccao dos resultados para dentro de momentos com o ruido dos apoiantes de Hillary em fundo. A CNN informa que Hillary ganha na Pensilvania. Ja era esperado. Por quanto? E essa a questao inicial a que, de momento, a CNN ainda nao da resposta. Com 9% dos votos apurados Clinton sobe a sua posicao para 53%.
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As nove e um quarto o Secretario de Estado da Pensilvania reconhece que algumas medidas tem de ser adoptadas no sentido de facilitar a contagem dos votos. Volta a ser surpreendente a morosidade e complexidade da contagem dos votos em alguns estados norte-americanos.
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As nove e vinte, com 12% das seccoes de voto apuradas, Hillary segue a frente ainda com 53%.
Mas a pergunta continua a mesma: Sera a vitoria na Pensilvania suficientemente clara para travar Barak Obama? Com 14% dos "precints" contados persiste a relacao 53/47. Continua a animacao dos Clinton e a expectativa dos Obama.
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As nove meia, com 18% dos "precints" contados Hillary sobe para 54/46. Hillary e Obama ja prometeram falar aos seus apoiantes nos proximos minutos.
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Hillary ganhou a batalha da Pensilvania. Quem ganhara a guerra?
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McCain?

ALTERNATIVAS


Changing the Current

A wind farm in Palm Springs, Calif. In California, utilities must get 20 percent of their power from renewable sources by 2010


State Environmental Laws Drive Power Producers to Renewable Resources

By
Steven Mufson
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2008/04/21/AR2008042103004.html

The Imperial Valley of California is ideal country for solar and wind power. It rains less than three inches a year. Temperatures hit 110 degrees in the summer. The wind blows pretty steadily, too. And it's just east of San Diego.
Now, because of a California law requiring utilities to get 20 percent of their electricity from renewable sources by 2010, this untapped renewable-energy basin has caught the attention of Sempra Energy. The utility, based in San Diego, gets only 6 percent of its electricity from renewable resources, so it has proposed building a transmission line to bring solar power from the desert to the city.
California is one of 25 states that have adopted laws that require electric utilities to use more renewable resources, and that has sent utilities scrambling to line up wind and solar projects across the country. Electric utilities that have long relied on coal, nuclear energy and natural gas to power their generating plants are buying into biomass projects from Minnesota to Virginia, solar plants in the deserts of California and Arizona, and wind farms from Maine to West Texas.
Yesterday, Dominion, a utility based in Richmond, said it would work with BP's alternative-energy unit to develop, own and operate wind farms in Virginia, part of an effort to meet a goal of getting 12 percent of its energy from renewable sources by 2022.
"There is a lot of opportunity for wind projects in Virginia, and we would hope we'd be able to bring a lot to the table working with BP," said Mark McGettrick, president and chief executive of Dominion Generation. McGettrick said the company was looking at several sites in western Virginia and onshore near the coastline.
Dominion gets only 2.9 percent of its energy from renewable resources and would need to add 1,325 megawatts of renewable capacity to meet the state's target. That's equal to almost two new coal-fired plants.
Although Congress failed to set a nationwide standard for utilities' use of renewable resources as part of its energy bill last year, bills passed by state legislatures are steering utilities away from power plants that generate greenhouse gases. Wind power accounted for 30 percent of all new U.S. generating capacity last year, according to the American Wind Energy Association.
Although Virginia's target is voluntary (the state's regulators will give utilities an extra two percentage points on their regulated profit margins to encourage compliance), most state laws carry stiff financial penalties for firms that fail to comply.
"The whole question has changed," said Jeffery Wolfe, chief executive of GroSolar, a Vermont solar installation firm. The new standards "are forcing the utilities to do things they wouldn't do."
According to a study by the
Lawrence Berkeley National Laboratory, state renewable-electricity standards will lead to the addition of 60 gigawatts of renewable capacity by 2025, equal to 4.7 percent of projected U.S. electricity generation, or about 40 or 50 new nuclear power plants.
Neil Schmale, president of Sempra Energy, said California's standard is "very much affecting the way we do business because we're trying to meet that standard." Sempra has contracts in place that are supposed to boost renewables to 13 percent of its generation portfolio by 2010. And it's searching for more to meet the 20 percent threshold. "There's definitely some more work to do," Schmale said.
Other utilities are not as close to their mandated targets, but the deadlines tend to be further in the future.
In February, Arizona Public Service announced that it would build a 280-megawatt solar power plant, using mirrors to concentrate solar energy, heat fluid and generate steam for turbines. It is also building a small, 24 megawatt biomass plant. Arizona Public Service must get 15 percent of its power from renewables by 2025; now it gets less than 2 percent.
Some executives lament the lack of a national policy because the patchwork of state regulations pushes investment away from some of the most economical wind and solar projects. McGettrick said there are better wind prospects outside Virginia, but Dominion wants to change its footprint in its home state -- and take advantage of rate concessions being offered.
In California, Schmale said, a federal standard might allow utilities to link up with projects outside the state, including wind power in Texas or Wyoming, where wind blows stronger and steadier.
But in the absence of federal policy, governors, regardless of party affiliation, have made the renewable-electricity standards touchstones of their administrations.
Minnesota Gov.
Tim Pawlenty (R) has embraced an ambitious standard -- 25 percent renewable use by 2025 -- that will require more than 5,000 megawatts of renewable projects, a total surpassed only by the needs of California and Illinois.
"The biggest barrier, we think, will be the transmission necessary," said Mike Bull, deputy director of Minnesota's office of energy security. To bring power from some of the state's windiest areas to its most populous will require 700 miles of new transmission lines, the state says. "There's a lot of attention, a lot of concern and a lot of effort going on to make sure we have the transmission capacity so we don't miss" the milestones, Bull said. "No one wants to be responsible for not meeting these milestones."