Wednesday, May 16, 2012

UM DESEJO CHAMADO CARRO ELÉCTRICO

Ouço na Antena 1 uma reportagem acerca do insucesso do projecto "carro eléctrico" lançado em 2009 pelo governo de então com o objectivo de reduzir a dependência energética do país aumentando o consumo de energias renováveis.

Três anos depois, os números parecem incontroversos acerca do fracasso do objectivo traçado: Há apenas cerca de 250 carros eléctricos em circulação, menos da quarta parte do número de postos de abastecimento (que estará acima do milhar), dos quais quase metade se encontram avariados, alguns vandalizados. 

Ouvido um "especialista" na matéria, a opinião emitida foi arrasadora: o projecto não tinha viabilidade, serviu apenas como bandeira de propaganda do partido no poder. Será mesmo assim? Não sei. O que sei é que o carro eléctrico que entre nós não pega está previsto pegar e acelerar em outros sítios do planeta.
É o que se deduz de um gráfico publicado recentemente no Economist.



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Aqui: Há três anos, o governo chinês anunciou políticas de promoção de vendas de carros totalmente eléctricos: 500 mil em 2015; 5 milhões em 2020. No ano passado fora vendidos apenas 8 mil carros eléctricos, praticamente todos para as frotas do Estado. Apesar de tentadores subsídios - em Shenzhen, foram oferecidos aos consumidores 120 mil yuans, cerca de 15 mil euros, por veículo - os carros eléctricos são mais caros que os movidos a gasolina ou gasóleo. A falta de postos de recarga das baterias é outro inconveniente. Segundo a McKinsey, a China desceu de terceiro para o quinto lugar no ranking mundial dos produtores de carros eléctricos mas pode recuperar nos Plug in hybrid, uma tecnologia em desenvolvimento. 

A propósito: Quantos veículos eléctricos se contam nas frotas do Estado português? Provavelmente, nenhum. A suspeita do  especialista ouvido pela Antena 1 pode ter algum fundamento: o carro eléctrico é bom para os outros.

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