Temos de estar preparados para níveis de desemprego a que o país não estava habituado, afirmou o primeiro-ministro de Portugal, ontem, durante uma reunião com trabalhadores filiados no PSD, assinalando o 1º de Maio, Dia do Trabalhador: "A partir de 2013 tenderemos a absorver uma parte do desemprego, uma parte ainda pequena, e a partir de 2014 absorveremos uma fatia mais importante. Ou seja, temos que estar preparados para viver durante pelo menos dois ou três anos com níveis de desemprego a que não estávamos habituados, ele não vai desaparecer de um dia para o outro"
Pois não.A questão que se coloca é se os portugueses não vão ficar de vez habituados a níveis de desemprego a que não estavam habituados. E não só os portugueses.
Em Novembro de 2005, ainda a crise financeira internacional estava em incubação e a nossa já era mais que evidente, escrevi isto, e o tema "desemprego" tem sido das mais abordados neste bloco de notas (cerca de 200). Um tema que raramente vejo analisado para além da sentença redonda e recorrente: "são necessárias políticas de crescimento e emprego".
Pois são.
Mas quais?
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Do Economist desta semana copio este gráfico, que é uma amostra muito elucidativa do rombo que a crise está a provocar nas economias ocidentais, com a notável excepção da Alemanha.
Afirma Passos Coelho que em Portugal em 2015 tudo começará a ser diferente: o crescimento económico acontece, o desemprego baixa, os cortes salariais e das pensões começam a ser repostos. Por mérito da receita de Merkel ou por obra e graça das eleições desse ano?
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