Há quatro anos, os norte-americanos supreendiam o mundo ao eleger o candidato democrata Barack Hussein Obama , um afro-americano, filho de um economista queniano e de uma antropóloga norte americana, preterindo o candidato republicano, John McCain, um herói da Segunda Grande Guerra. Um acontecimento só possível nos EUA, foi o comentário mais generalizado na altura.
Tanto ou mais surpreendente foi a atribuição do Nobel da Paz um ano depois, geralmente considerado, e reconhecido implicitamente pelo laureado no seu discurso em Oslo, como prematuro. Quando Obama tomou posse os Estados Unidos debatiam-se numa situação de descalabro financeiro só comparável com a Grande Depressão entre as duas guerras mundiais e o prestígio da nação mais poderosa do mundo tinha-se sido afundado com o comportamento errático do seu presidente, o republicano George W. Bush.
Durante os quase quatro anos na presidência de Obama, os EUA recuperaram em grande medida o prestígio perdido internacionalmente, a economia, não tendo recuperado de modo impressivo apresenta indicadores de vitalidade não superados pelas outras economias ocidentais, nomeadamente a União Europeia, incluindo o Reino Unido, sempre mais seguidor do rumo do outro lado do Atlântico do que do Continente ao lado. A situação financeira, por outro lado, se não pode considerar-se garantidamente consolidada deixou de pesar sobre ela a iminência de uma catástrofe imparável. No campo das relações internacionais, onde o papel de Hillary Clinton tem sido decisivo, os EUA eliminaram Osama Bin Laden desferindo um golpe, espera-se que irrecuperável na Al-Qaeda, reduziu ao mínimo a presença de tropas no Iraque, prometeu uma estratégia idêntica no Afeganistão. No campo social, qualquer que seja a rota futura, a sua marca ficará para sempre impressa na segurança social garantida a 30 milhões de concidadãos seus.
Contrariamente a Bush, muitas vezes alvo de chacota da opinião pública, e a Bill Clinton, enlameado em cenas sórdidas, Barack Obama transmitiu ao longo do seu mandato uma atitude de grande seriedade, serenidade e capacidade de decisão. Ainda há pouco mais de um mês as sondagens lhe prognosticavam a reeleição.
No próximo dia 6 de Novembro, os norte-americanos irão votar o seu presidente para os próximos quatro anos. Na reta final, o candidato Mitt Romney está, segundo as últimas sondagens, posicionado à frente de Obama e será, se o voto popular confirmar as previsões, o próximo presidente dos EUA.
E porquê? Pelas piores razões. Inesperadamente, os norte-americanos que há quatro a nos surpreenderam o mundo elegendo um negro como presidente, irão negar-lhe um segundo mandato por (vd aqui) culpa da cor.
O racismo, como o escalracho, tem raízes profundas e volta a rebentar sempre que o tempo lhe correde feição.
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Correl.- GDP rises 2 percent showing a slow but durable recovery
Romney, Obama could split popular and electoral college vote polls suggest
Better faster than slower
Obama centra sus esperanzas en su maquinaria de movilización del voto
Romney seeks Virginia coal country edge
O racismo, como o escalracho, tem raízes profundas e volta a rebentar sempre que o tempo lhe correde feição.
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