Tuesday, January 03, 2012

INCONSOLATA

Supremo Tribunal condena Estado a pagar mais de três milhões a instituição religiosa de Fátima
.

Tinha o missionário financeiro três milhões entre mãos,
e fez o que era sua missão fazer:
pôr o dinheiro a render.

O missionário financeiro da Consolata,
consultou as tabelas, e fixou
que as mais deliciosas taxas de juro, eram aquelas,
que Leonel,
o Gordo,
lhe oferecia.
E, como no Instituto, a sua missão era fazer florescer dinheiro,
o missionário financeiro, se não é usurário, percebe de juros,
não hesitou, depositou,  regou, e esperou.   

O bancário,
que via passar as cotações
fez, do dinheiro das missões,
o que fazem os banqueiros: investiu por conta dele e risco dos outros. 
E perdeu. 
Perdeu ele? Nãooooo!
Só perde quem tem e, a esta hora, o bancário já não tem nada que lhe vejam.

Queixou-se o missionário financeiro aos tribunais,
e os tribunais,
fizeram como costumam fazer:
julgaram ao retardador.

Mais de cinco anos depois que o missionário entregou os três milhões e meio ao bancário,
mais de quatro anos depois do bancário ter jogado,
mais de três anos depois do bancário ter sido nacionalizado,
poucos dias depois do bancário ter sido privatizado,
sentencia o Supremo,
metaforicamente,
que o Estado é condenado a pagar o valor do principal e os juros.
(Não esqueçam os juros!)
( por favor)

Mas desde quando é que uma metáfora paga do principal e juros, o valor?
Que inocência,
leitor!

Se o padre engordou,
se o Gordo jogou,
e a massa sumiu.
Se o banco faliu,
e o juiz concluiu
que o Estado papou
todo este menu
quem paga a conta és tu!

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