O Washington Post de hoje publica um editorial - Assault on Democracy - acerca das ameaças que impendem sobre a Hungria, membro da União Europeia e da NATO. Um tema que já abordei neste caderno de apontamentos, a última vez aqui - O abraço de Putin -.
Aparentemente os líderes europeus ou não valorizam suficientemente este aspecto da crise ou, embrulhados com o outro lado - o financeiro, consideram prudente manterem-se reservados acerca da ameaça à democracia já muito evidente na Hungria.
A Hungria, que não aderiu ao euro e continua com moeda própria - o forint -, está à beira da bancarrota. As obrigações a 10 anos pagam agora uma taxa de juro insustentável: quase 10%. Mas a Hungria "tem outro problema: O governo, nacionalista de direita, que detem uma maioria de 2/3 no parlamento, lançou um ataque ao sistema democrático do país através de alterações constitucionais e legislação decorrente que lhe permitem dominar o sistema judicial, os media, as igrejas e o banco central. Com este conjunto legislativo, que entrou em vigor no primeiro dia do ano, o governo do primeiro ministro Viktor Orban está muito mais próximo dos regimes autocráticos da Rússia e da Bielorrússia que das democracias da União Europeia" .
O editorial do Washington Post descreve a seguir um conjunto de diatribes já tomadas com a cobertura da nova legislação e remata: "As novas leis que governam o sistema judicial, as entidades religiosas e os media são incompatíveis com os direitos fundamentais, e a democracia fica em situação instável, a caminho da queda. Para a União Europeia tolerar esta situção num país membro equivale a deixar abrir uma brecha no carácter essencial da comunidade."
Se essa brecha for tolerada quantas brechas mais serão necessárias para estilhaçar a Europa? pergunto eu.
Aparentemente os líderes europeus ou não valorizam suficientemente este aspecto da crise ou, embrulhados com o outro lado - o financeiro, consideram prudente manterem-se reservados acerca da ameaça à democracia já muito evidente na Hungria.
A Hungria, que não aderiu ao euro e continua com moeda própria - o forint -, está à beira da bancarrota. As obrigações a 10 anos pagam agora uma taxa de juro insustentável: quase 10%. Mas a Hungria "tem outro problema: O governo, nacionalista de direita, que detem uma maioria de 2/3 no parlamento, lançou um ataque ao sistema democrático do país através de alterações constitucionais e legislação decorrente que lhe permitem dominar o sistema judicial, os media, as igrejas e o banco central. Com este conjunto legislativo, que entrou em vigor no primeiro dia do ano, o governo do primeiro ministro Viktor Orban está muito mais próximo dos regimes autocráticos da Rússia e da Bielorrússia que das democracias da União Europeia" .
O editorial do Washington Post descreve a seguir um conjunto de diatribes já tomadas com a cobertura da nova legislação e remata: "As novas leis que governam o sistema judicial, as entidades religiosas e os media são incompatíveis com os direitos fundamentais, e a democracia fica em situação instável, a caminho da queda. Para a União Europeia tolerar esta situção num país membro equivale a deixar abrir uma brecha no carácter essencial da comunidade."
Se essa brecha for tolerada quantas brechas mais serão necessárias para estilhaçar a Europa? pergunto eu.
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