Há três meses anotei aqui que para lá da crise financeira que nos fustiga e ameaça desmoronar a Zona Euro e a União Europeia, com consequências imprevisíveis para a Europa, para a economia e o sistema financeiro mundiais, há uma ameaça à democracia que, mansamente por agora, se agiganta.
Ontem falámos desta ameaça ao jantar, em casa do Rado (Radoslav) e da Lenka, um casal checo, estava também Vahan, um arménio, com um doutoramento pela Universidade de Moscovo, onde residiu durante oito anos, e uma pós-doc em Hannover, na Alemanha, antes ter vindo para o EUA.
De manhã, tinha lido aqui uma referência a um trabalho publicado aqui sobre Milada Horácová a heroína da resistência checa aos totalitarismos nazi e comunista, e enforcada por este, e às cartas por ela enviadas à sogra, à filha e ao marido, documentos angustiantes para quem os lê, passado mais de meio século. Lenka conheceu Jana, a filha de Milada Horácová, na Universidade de Pittsburg, e o marido, actualmente a residirem em Bethesda, NM, e contou-nos algumas das quase insuperáveis dificuldades e os engenhos utilizados naqueles tempos de terror para saltarem clandestinamente a fronteira.
Correlacionei esta leitura com três artigos publicados no Financial Times nos últimos dias acerca da ameaça que paira sobre a democracia na Hungria, um membro da União Europeia, a braços com uma crise financeira. Os actuais dirigentes políticos, eleitos segundo regras que eles consideraram legítimas mas que querem subverter para garantirem o domínio que, as mesmas regras, lhe podem negar, afastam-se do processo democrático legítimo para imporem aos húngaros o arremedo democrático confeccionado por Putin.
Tal como outros países da ex-órbitra soviética que transitaram de uma ditadura comunista para pseudo-democracias de quase partido único (Vahan, o convidado arménio, relatou-nos que o seu país é agora dominado por sete famílias e totalmente dependente da Rússia) a Hungria perfila-se para se juntar a uma federação de oligarquias sustentadas por processos mafiosos. A Grécia, sim a Grécia, pode ser o próximo convidado a aceitar o convite.
c/p Financial Times
Ontem falámos desta ameaça ao jantar, em casa do Rado (Radoslav) e da Lenka, um casal checo, estava também Vahan, um arménio, com um doutoramento pela Universidade de Moscovo, onde residiu durante oito anos, e uma pós-doc em Hannover, na Alemanha, antes ter vindo para o EUA.
De manhã, tinha lido aqui uma referência a um trabalho publicado aqui sobre Milada Horácová a heroína da resistência checa aos totalitarismos nazi e comunista, e enforcada por este, e às cartas por ela enviadas à sogra, à filha e ao marido, documentos angustiantes para quem os lê, passado mais de meio século. Lenka conheceu Jana, a filha de Milada Horácová, na Universidade de Pittsburg, e o marido, actualmente a residirem em Bethesda, NM, e contou-nos algumas das quase insuperáveis dificuldades e os engenhos utilizados naqueles tempos de terror para saltarem clandestinamente a fronteira.
Correlacionei esta leitura com três artigos publicados no Financial Times nos últimos dias acerca da ameaça que paira sobre a democracia na Hungria, um membro da União Europeia, a braços com uma crise financeira. Os actuais dirigentes políticos, eleitos segundo regras que eles consideraram legítimas mas que querem subverter para garantirem o domínio que, as mesmas regras, lhe podem negar, afastam-se do processo democrático legítimo para imporem aos húngaros o arremedo democrático confeccionado por Putin.
Tal como outros países da ex-órbitra soviética que transitaram de uma ditadura comunista para pseudo-democracias de quase partido único (Vahan, o convidado arménio, relatou-nos que o seu país é agora dominado por sete famílias e totalmente dependente da Rússia) a Hungria perfila-se para se juntar a uma federação de oligarquias sustentadas por processos mafiosos. A Grécia, sim a Grécia, pode ser o próximo convidado a aceitar o convite.
c/p Financial Times
4 comments:
1º os checos são uns pedantes do caraças e as gaijas são um nã me toques
2ºOligarquias no poder em Portugal e na Checa república também podia pôr aí umas quantas
3ºDesde o Nagorno-karabach que uns centos de famílias ligadas aos altos funcionalismos ex-soviéticos e ao exército e polícia dominam a Arménia o Azerbaijão e tantas outras repúblicas
como de resto a Roménia e a Bulgária que tal como a Grécia e a Itália são muito piores nesse aspecto que os húngaros e os portugas
olha pá o grupo CS meteu uns centos de portugueses e ucranianos
na rua...
isso de oligarquias dominantes quem as não tem
as nossas têm até um patriarca
no campo grande
já não há Tenreiro há Tenreiro's
democratizou-se o acesso ao Phoder
Em 1991-93 para meter uma data de sucata tecnológica em Pilsen e Brno
foram 135 milhões de coroas em envelopezinhos e malinhas da gucci e coiso e tal
a 5$ a coroa checa é só fazer as contas...
Os Húngaros pelo menos não se põem com ares democratas assumem que são cicciolinas
"as nossas têm até um patriarca
no campo grande
?
Post a Comment