Mitt Romney, o provisoriamente mais provável candidato dos republicanos na próximas eleições presidenciais dos EUA, em Novembro deste ano, declarou hoje, que pagará cerca de 15% sobre os seus rendimentos em 2011 (in Washington Post) porque a maior parte desses rendimentos resulta de investimentos financeiros (leia-se especulativos) e só em pequena parte de trabalhos realizados (conferências, por exemplo).
Estas declarações irão certamente voltar-se contra Mitt Romney, que já vinha sendo acusado de "abutre", "ganancioso", pelas suas acções enquanto CEO de uma empresa de investimentos financeiros, e relançará a discussão que parecia ter amolecido das vantagens fiscais concedidas aos mais ricos. A disparidade, que foi até criticada por alguns dos bilionários norte-americanos, com destaque para Warren Buffet, poderá vir a ser um dos temas centrais da campanha que oporá Mitt Romney, se for ele o candidato republicano, a Obama.
Digo poderá, porque, como há dias anotei neste caderno, tanto democratas como republicanos dependem demasiadamente de Wall Street para se atreverem a alterar significativamente o "stato quo". E, evidentemente, o movimento "Occupy Wall Street" é demasiado anarca, disperso para ir para além de um ingénuo floclore político e provocar uma revolta.
Em todo o caso, a questão está, por agora, em cima da mesa.
E não respeita, longe disso, à iniquidade da fiscalidade apenas nos EUA.
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