Soube-se ontem que, segundo dados preliminares do segundo trimestre, os países da zona euro no seu conjunto terão visto expandir-se o seu produto interno bruto em 0,2% relativamente ao trimestre anterior. A notícia é circunstanciadamente comentada aqui que, nomeadamente, destaca a persistente divergência de alguns membros da zona euro a determinar um crescimento frágil do conjunto quando comparado com a evolução no Grupo dos Sete com o Japão e o Reino Unido a crescerem em igual período a 0,6%.
Relativamente às perspectivas de curto prazo, sustentadas pelas notícias de que também em Portugal se terá observado um ténue crescimento durante o segundo trimestre, interrompendo uma queda prolongada, e a inversão da curva de crescimento da taxa de desemprego, analistas e comentadores externos fazem leituras divergentes: para uns, a recuperação do PIB e do emprego é devida a razões de sazonalidade (estando, no entanto, os valores considerados, em princípio, corrigidos desse efeito) e murchará no Outono; para outros, a recuperação na zona euro é agora consistente e rebocará os países da periferia.
Não nos iludamos.
A queda foi brutal, e continua imparável na Grécia. Em Portugal continuam por desbloquear os principais constrangimentos ao investimento produtivo, o fim do défice crónico da balança comercial é menos consistente do que o discurso oficial quer fazer crer. Por outro lado, subsiste a dívida, indomável, porque imparavelmente crescente, enquanto os seus custos superarem o saldo primário das contas do Estado. Enquanto subsistir esta relação insuportável não haverá confiança que atraia os investidores, o crescimento, quanto muito, rastejará, e o desemprego continuará a empurrar os mais jovens qualificados para outras paragens.
Em Setembro há eleições legislativas na Alemanha. Paulo Portas e Pires de Lima têm os três meses de Outono para mostrar o que valem.
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Correl. - Portugal sai da recessão com um crescimento de 1,1% no segundo trimestre
Relativamente às perspectivas de curto prazo, sustentadas pelas notícias de que também em Portugal se terá observado um ténue crescimento durante o segundo trimestre, interrompendo uma queda prolongada, e a inversão da curva de crescimento da taxa de desemprego, analistas e comentadores externos fazem leituras divergentes: para uns, a recuperação do PIB e do emprego é devida a razões de sazonalidade (estando, no entanto, os valores considerados, em princípio, corrigidos desse efeito) e murchará no Outono; para outros, a recuperação na zona euro é agora consistente e rebocará os países da periferia.
Não nos iludamos.
A queda foi brutal, e continua imparável na Grécia. Em Portugal continuam por desbloquear os principais constrangimentos ao investimento produtivo, o fim do défice crónico da balança comercial é menos consistente do que o discurso oficial quer fazer crer. Por outro lado, subsiste a dívida, indomável, porque imparavelmente crescente, enquanto os seus custos superarem o saldo primário das contas do Estado. Enquanto subsistir esta relação insuportável não haverá confiança que atraia os investidores, o crescimento, quanto muito, rastejará, e o desemprego continuará a empurrar os mais jovens qualificados para outras paragens.
Em Setembro há eleições legislativas na Alemanha. Paulo Portas e Pires de Lima têm os três meses de Outono para mostrar o que valem.
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