Monday, November 14, 2011

AFIRMA MERKEL

A Europa encontra-se no momento mais dificíl depois da II Guerra Mundial (aqui)

"Três mil milhões de euros em dívida a cinco anos foram colocados a uma taxa de 6,29%, um recorde em Itália desde a entrada na Zona Euro. Foi a primeira operação de financiamento desde que Mario Monti iniciou o processo de formação de governo." (aqui)

Fica cada vez mais provado que, ou ao Banco Central Europeu é consentida a emissão ilimitada de moeda, e isso pressupõe a alteração dos tratados que hoje ameaçam a continuidade da Zona Euro, e, implicitamente, da União Europeia, ou estilhaça-se a Europa.

Angela Merkel,  num discurso na véspera do congresso anual do partido da União Democrática Cristã, citada pela Bloomberg, disse que queria preservar o euro com todos os actuais estados membros. “Mas isso requer uma mudança fundamental em todo a nossa política”. (vd aqui) que “era hora de formar uma união política na Europa para enviar uma mensagem aos detentores de obrigações europeias de que as intenções dos líderes da Zona Euro são sérias relativamente a quererem terminar a crise da dívida soberana". “Acredito que isto é importante para todos os que compram obrigações da dívida pública: deixamos claro que queremos que a Europa tome mais medidas para acalmar os mercados, queremos que a União Europeia e a Zona Euro cresçam juntas”. "“De outra forma as pessoas não irão acreditar que nós conseguimos realmente resolver os problemas”.
.
Ainda, recentemente, Merkel e Sarkozy em declarações conjuntas, afirmaram a necessidade da criação de um governo económico europeu, mas as intenções, tanto quanto se sabe, não passaram disso mesmo. Merkel vem agora avançar (será essa a intenção?) para uma união política.  

Merkel e Sarkozy têm sido acusados estarem a dominar não democraticamente os destinos europeus, o que é, indiscutivelmente, verdade. Mas não é menos verdade que a União Europeia é consituida por 27 membros, dos quais 17 formam a Zona Euro. Alguém tem ouvido os outros 25?, os outros 15?  Cavaco Silva vem defendendo desde há algum tempo a intervenção do BCE como banco emprestador de último recurso, à semelhança do que acontece com todos os bancos centrais do mundo. Passos Coelho, discorda.
 
Mas ainda que Passos Coelho concordasse, e mais tarde ou mais cedo não tem alternativa, é muito óbvio que nunca um banco central poderá intervir como emprestador de último recurso  se não estiver respaldado por um governo económico que o credibilize.  
 
E, até agora, que se saiba, ninguém avançou para dizer ou propor o que isso é.  

No comments: