O Expresso online de hoje publica hoje aqui um artigo sobre graffitis nas carruagens da CP, os custos da limpeza, a reincidência permanente, a obstrução da visão dos passageiros sobre a paisagem.
É uma reportagem de um exemplo revoltante (há, infelizmente muito mais, e muito mais graves) do grau de indigência moral a que chegou este país, da pusilaminidade colectiva, da desmobilização da segurança interna, da chacota corrente num estado que deixou de ser de direito.
É, no mínimo, caricato que uma empresa pública, encostada ao Orçamento do Estado seja incapaz de mobilizar os muitos meios internos de que dispõe para defesa primária dos seus equipamentos. É no mínimo inquietante a indiferença com que a polícia consente estes desacatos contra bens públicos. É no mínimo intolerável a forma como se aceita que estes desmandos continuem a ser levados à conta dos impostos que pagamos porque não podemos, os do costume, deixar de os pagar.
Mas é ainda mais inquietante a erosão que estes e outros vandalismos, atentados à segurança dos cidadãos e aos seus salários, provocam, lenta mas irreversivelmente, na democracia. Basta ler a generalidade dos comentários feitos ao artigo.
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