Muitos dos que regularmente acompanham esta página talvez tenham notado que são cada vez mais os economistas de reputação internacional que, publicamente, têm vindo a defender que, para debelar a grave crise da zona euro, é necessária uma intervenção mais activa e previsível do Banco Central Europeu (BCE) no mercado secundário da dívida pública dos países que enfrentam problemas de liquidez, mas que garantem a aplicação de medidas de consolidação orçamental. No fundo, trata-se de pedir ao BCE que actue como “lender of last resort”, tal como o fazem os bancos centrais dos EUA, do Reino Unido ou do Japão.
E também têm certamente notado que um número crescente de altos responsáveis políticos europeus e não europeus têm vindo a aderir àquela posição dos economistas, que há muito eu próprio tenho vindo a defender. E também em Portugal - agora que a aversão dos investidores à dívida pública europeia se está a estender a vários outros países - se verificam volte-faces entre os analistas.
Afinal, os ensinamentos da teoria da política monetária ainda têm alguma força.
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