Friday, November 25, 2011

AFIRMA ANÍBAL

Cavaco Silva (aqui)

Muitos dos que regularmente acompanham esta página talvez tenham notado que são cada vez mais os economistas de reputação internacional que, publicamente, têm vindo a defender que, para debelar a grave crise da zona euro, é necessária uma intervenção mais activa e previsível do Banco Central Europeu (BCE) no mercado secundário da dívida pública dos países que enfrentam problemas de liquidez, mas que garantem a aplicação de medidas de consolidação orçamental. No fundo, trata-se de pedir ao BCE que actue como “lender of last resort”, tal como o fazem os bancos centrais dos EUA, do Reino Unido ou do Japão.

E também têm certamente notado que um número crescente de altos responsáveis políticos europeus e não europeus têm vindo a aderir àquela posição dos economistas, que há muito eu próprio tenho vindo a defender. E também em Portugal - agora que a aversão dos investidores à dívida pública europeia se está a estender a vários outros países - se verificam volte-faces entre os analistas.

Afinal, os ensinamentos da teoria da política monetária ainda têm alguma força.

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