Monday, November 28, 2011

ATÉ À BEIRA DO PRECIPÍCIO

"Se os europeus puserem o planeta em perspectiva, constatarão que os seus líderes políticos são os mais tónis do Mundo" (aqui)

É uma abordagem demasiado simplista, caro ZP.
Imagine que Helmut Kohl era ainda o actual chanceler da Alemanha, que Mitterrand ainda era vivo e presidente da França, que Filipe Gonzalez era chefe do governo espanhol, e por aí fora. Todos no activo e na posse plena das suas capacidades.


Que fariam eles? Uma primeira resposta seria que, estivessem eles no activo, e as coisas não teriam chegado ao estado a que chegou. Mas nem isso é incontroverso e a história não se rebobina.  

Agora, a União Europeia ou se integra ou se desintegra. Se se desintegra, ai dos europeus!

Mas para se integrar tem de decidir, antes de mais, isso mesmo.

Não é fácil. Não sei mesmo se não é impossível.

Há propostas para eurobrigações e que o BCE seja um banco com capacidade de "lender of last resort". Tudo bem. Mas depois quem manda e como manda? O problema é que ninguem quer avançar sobre o assunto.

Eu sou pelo federalismo mínimo (economia, finanças, defesa e segurança interna)
E você?

Receio que só mesmo à beira do precipício haja, se houver, uma reacção de defesa instintiva colectiva da Europa.

Temos de esperar que a coisa piore.

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