Saturday, November 19, 2011

SALÁRIO MÍNIMO E DESEMPREGO

Há dias, coloquei aqui uma referência a um estudo sobre a incidência dos aumentos do salário mínimo no aumento do desemprego em Portugal.

Da mesma procedência, "A Destreza das Dúvidas", e sobre o mesmo tema, trancrevo:

" ... 2006, ano do acordo em sede de concertação social que determinou o aumento gradual do salário mínimo, este tem observado um crescimento significativo, com aumentos reais acima dos 4% entre 2008 e 2010. A compressão salarial daí resultante levou a que actualmente 50% dos trabalhadores por conta de outrem aufiram salários entre o salário mínimo e o seu dobro, o que coloca Portugal entre os países com menor desigualdade salarial da Europa, na metade inferior da distribuição salarial.

Este aumento dos salários mais baixos, em claro contraciclo com o desempenho da economia, resultou em perdas significativas de emprego nas camadas mais vulneráveis da população, nomeadamente jovens, mulheres e profissionais não qualificados. Os números do desemprego, ontem divulgados confirmam estas conclusões, com o desemprego dos jovens com idade inferior a 25 anos a atingir os 30% e o dos restantes grupos claramente acima da média nacional, actualmente de 12,4%.

O acordo de 2006 foi assinado por todos os parceiros presentes na Comissão Permanente de Concertação Social, mas onde havia uma cadeira vazia: a do representante dos desempregados"

Uma realidade a que os interesses corporativos dos instalados, e muito particularmente dos inamomíveis secretários-gerais das centrais sindicais e de todos quantos os sustentam, jamais reconhecerão publicamente, continuando a classificar estas conclusões como provocações ao serviço do patronato retrógrado.

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