Relatório final da auditoria aponta o dedo ao Governo, às autarquias e aos antigos administradores da Sociedade Metro Mondego
Entre a falta de estudos que fundamentassem decisões, até reformulações do projecto que o encareceram em muitos milhões, passando por muitas mudanças governativas, são várias as críticas que o Tribunal de Contas (TC) aponta ao modo como o projecto do Metro Mondego foi conduzido nos últimos 17 anos. O relatório da auditoria foi ontem divulgado e confirma praticamente tudo o que o relatório preliminar (revelado em primeira mão pelo Diário de Coimbra) já apontara.
O projecto começa sem «um documento técnico que mostrasse a viabilidade técnica, económica e financeira do projecto, nem estava estimado o impacto que teria na mobilidade da região», dizem os auditores. Depois, entre a primeira estimativa (122 milhões de euros) e as contas mais recentes registou-se um aumento de 70 por cento.
Ouve-se, e ocorre perguntar tantas vezes quantas é notícia que o Tribunal de Contas arrasa alguma coisa: Para que queremos um tribunal que leva, neste caso, 17 anos para apontar o dedo (expressão do jornalista do DC) ao Governo, às autarquias e aos ex-administradores?
Para nos avisar, mais uma vez, que é um tribunal irrelevante, castrado, masoquista?
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