"Aplaudida de pé, Manuela Ferreira Leite fez um dos discursos mais aguardados do Congresso...
Ferreira Leite deixou alguns recados à liderança do PSD. Aconselhou o partido a não avançar com a discussão "fracturante" sobre a regionalização e a manter o silêncio quanto ao referendo europeu, já que não quer ver o PSD "de braço dado com Sócrates". Nos impostos, a ordem é para não pedir para baixar." (Diário Económico, de hoje).
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Se as posições de Ferreira Leite sobre a regionalização e impostos são sobejamente conhecidas (e contrariam num caso as intenções de Filipe Menezes e, no outro, as reclamações de Marques Mendes) já o pedido de silêncio sobre o referendo europeu "para não ver de braço dado o PSD com Sócrates" é intrigante: porque o silêncio significa ou indefinição ou puro calculismo político. Como não é razoável supor-se que Ferreira Leite não tem uma posição clara sobre o assunto, o facto de não querer desvendá-la nem querer que PSD desvende só pode ter a segunda interpretação. Podem os seus correligionários aplaudir a recomendação mas ela está longe de merecer aplausos de quem não se pauta por oportunismos, qualquer que seja a espécie.
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Além de que Sócrates, também ele se remeteu ao silêncio invocando que o Tratado se encontra ainda em discussão.
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De braço dado com Manuel Ferreira Leite, portanto.
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