Monday, October 01, 2007



DATONG, SETEMBRO 18
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Grutas de Yungang, património mundial. Trata-se de um conjunto de mais de 51 mil estátuas, cujos tamanhos variam entre o minúsculo e o gigantesco, iniciado durante a dinastia dos Wei do Norte em 453 d.C., como expiação das perseguições que promoveram contra os Budistas. O Buda Principal (na fotografia) salienta-se pela grandiosidade na simplicidade e harmonia da escultura talhada na rocha.
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Também aqui a afluência de turistas, dominada por nacionais, é muito elevada. A manter-se o ritmo actual de visitas e a não restrição do número de presenças simultâneas em algumas grutas, é muito provável que as estruturas e o que resta das pinturas venham a ressentir-se do peso dessas presença massiva. A disponibilidade das autoridades no consentimento para o contacto directo com a cultura antiga parece querer compensar as restrições que impõe ao contacto com a modernidade cultural em muitos aspectos.
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Para além do seu património cultural, Datong, que foi capital durante as dinastias dos Wei do Norte (386-534 d.C.) e dos Liao (907-1125 d.C.), foi, e continua ser, um importante centro mineiro: 10 mil minas, das quais já foram fechadas 3000 por não oferecerem condições mínimas de segurança e mais 4000 serão fechadas proximamente. Uma das razões que fazem da China um país com elevados índices de poluição é o recurso ao carvão para a produção de energia eléctrica.
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Fortemente defecitária de recursos energéticos, a China tem vindo a assumir um papel cada vez mais decisivo na disputa pelas reservas de crude, tanto no Médio Oriente como em África (Angola, por exemplo) e América do Sul. Neste, como em muitos outros casos de aprovisonamento de matérias-primas básicas, as autoridades chinesas vêm demonstrando um pragmatismo que faz inveja ao mais frio capitalismo. No Sudão, por exemplo, a China ajudou a construir o pipeline que permitiu desenvolver as reservas sudanesas de crudeo, e agora compra-lhe dois terços das suas extracções, oferecendo ao presidente sudanês um empréstimo sem juros para a construção do seu fabuloso palácio. Quando confrontado, em 2006, com a chacina de 200 mil pessoas em Darfur pelas forças do Sudão, o Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês Zhou Wenzhong respondeu: "Negócio é negócio" (Farndon, China Rises)

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