O conselho nacional do PSD reuniu ontem à noite e decidiu, por maioria, que a ratificação do Tratado Reformador se deve efectuar na Assembleia da República, contrariando uma decisão tomada anteriormente pelo mesmo conselho. Aqueles que votaram contra ou se opõem a esta posição do partido, de entre os quais se salienta Pacheco Pereira, argumentam que o PSD se põe deste modo a reboque do PS e poderá ficar em situação equívoca se o governo decidir mesmo promover o referendo.
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Mas é um argumento que não faz sentido. Ao tomar esta decisão, o actual líder do PSD invoca, que se alteraram recentemente os órgãos do partido cabendo-lhe toda a legitimidade para alterar resoluções anteriores. E tem razão. Por outro lado, assume uma posição acerca do Tratado antes de ser conhecida a posição do governo. No caso do governo decidir promover o referendo, a discussão passa a ser outra: a da ratificação ou não do Tratado, e a propósito dela já o PSD deu uma indicação clara de que é favorável à ratificação.
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