Saturday, October 13, 2007

FÁBRICAS DE MEDÍOCRES

A generalidade dos comentadores portugueses, em blogues, nos jornais, na televisão, criticam tudo o que mexe, quase nunca arriscam propostas alternativas.

Do Blasfémias retirei o "post" de

Carlos de Abreu Amorim, também publicado no Correio da Manhã, que a seguir transcrevo e comento..

"Fábricas de medíocres

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Nas directas do PSD, vinte mil militantes apenas escolheram um provável futuro primeiro-ministro. Menos de um por cento da população designa, em eleições primárias, quem pode vir a dirigir os destinos do país. Já assim tinha sido no PS, na aclamação interna de Sócrates. Os militantes partidários transformaram-se nos grandes accionistas da democracia portuguesa.Mas há ainda pior: as juventudes partidárias, hoje sem expressão nos liceus e universidades, possuem, no entanto, uma relevância enorme nos aparelhos. Aliás, é dessa triste colheita que se fazem grande parte dos dirigentes de topo dos partidos e, por afinidade, do Governo e da Administração. Gente que vagueia nas assessorias, nos gabinetes do poder, sem nunca ter trabalhado, sem se cultivar, sem qualquer preparação.Olhem bem para eles no Congresso que agora começa: são os ministros de amanhã…"

Haverá, certamente, muito pouca gente que, lendo este seu "post", não concorde e não se sinta tocado por ele. Que, no entanto, não é original porque reproduz, em síntese e de forma menos radical, o desabafo mais constante dos portugueses: somos governados por uma cambada de incompetentes e corruptos. Que é também, como bem sabe, a posição de colunistas admirados como Vasco P.Valente, por exemplo (....)

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De modo que pergunte-lhe, e pergunto a todos os que, provavelmente com toda a razão desconfiam dos políticos que temos, por que não avançam para a disputa de lugares apetecíveis que, pelos vistos, estão ao alcance de gente pouco habilitada? Ou dito, de outro modo: Se este sistema é mau que sistema propõem?

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