Tuesday, October 30, 2007

ABSOLUTAMENTE DÉFICE - 2

O meu comentário ao "post" de Pinho Cardão no Quarta República mereceu de Tavares Moreira e Suzana Toscano os comentários, que a seguir transcrevo e comento:
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Tavares Moreira said... Caro Rui Fonseca,
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Passei agora por mais este oportuno POST do Pinho Cardão e reparei na sua insistência sobre a existência ou não de uma iniciativa do PSD, no decurso do próximo debate orçamental, de propositura de um plano de acção para a racionalização da despesa pública.Acha mesmo o meu preclaro Amigo que é essa a função da Oposição - propor planos de acção?Não considera que o papel da oposição fica melhor no controlo político dos planos de acção prometidos pelo executivo, para saber se têm os efeitos anunciados ou não?Não têm faltado, como deve ter reparado, anúncios de medidas mais ou menos profundas, de carácter estrutural, para reduzir/racionalizar a despesa pública.Não me parece que o papel da Oposição seja propor ainda mais medidas, antes de se verificar se as que o Executivo prometeu, produzem os resultados anunciados...Não devemos, também aqui, colocar o carro à frente dos bois...Digo-lhe até mais: se a Oposição (maxime PSD) for capaz de exercer com saber e perspicácia a referida função de controlo político, já nos deveríamos dar por muito felizes!O problema está em que, ordinariamente, esse controlo tem ficado muito, mas muito aquém do desejável.Penso eu de que...
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Suzana Toscano said...
Concordo consigo, Tavares Moreira, acho que é esta a resposta ao caro Rui Fonseca, seria muito cómodo se passasse a ser a oposição a propor medidas (sobretudo as difíceis) e depois o Governo criticar. Porque, se não for para criticar, porque é que dá a primazia? A cada um o seu espaço...já não é nada mau se a oposição for responsável e não destruir com críticas as propostas do Governo com as quais concordaria se estivesse nesse lugar!Não seria inédito, mas seria muito censurável.
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Rui Fonseca said...
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Caro Tavares Moreira,bom dia!
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Agradeço-lhe o comentário com o qual concordo, porque é pertinente por duas razões inamovíveis:
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- não sendo eu, nem nunca tendo sido político, nem tendo pretensões a ser, assumo estas questões com o desprendimento e o voluntarismo que a minha condição liberta me concede; daí a ingenuidade da proposta, do ponto de vista do jogo político; daí a minha condição de autêntico velho ingénuo.
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- mas da minha proposta e do seu comentário (que está, de muito longe, muito mais e melhor acompanhado que a minha) ressalta uma conclusão e uma interrogação, inevitavelmente ingénua:
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Se à Oposição só compete (e já é um feito se o fizer!) controlar a realização dos programas do governo, que sentido tem uma discussão de um orçamento geral do Estado? Não estamos, neste caso, perante uma situação passível de controle mas, quanto muito, de crítica. Ora, parece-me, que a crítica pressupõe uma apreciação relativa de valores, monetários ou/e dos outros.Se uma proposta que precisamos ver discutida é a redução da despesa, alguém terá de a fazer em sede própria se o governo não a fizer.
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Por maior impacto que tenha na opinião pública o Quarta República e a persistência e oportunidade do Pinho Cardão. Sei que, como Suzano Toscano refere, o que é normal é "já não (ser) nada mau se a oposição for responsável e não destruir com críticas as propostas do Governo com as quais concordaria se estivesse nesse lugar" E, relativamente às quais não concorda? Abstem-se? Não, de maneira nenhuma. Vota contra? Certamente. Mas, sem explicações?Sem dizer porquê? E dizendo porquê, sem dizer como? E quanto? E quando?

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Todo o jogo tem a sua táctica e a sua estratégia. A mais comum vai sendo a de esperar que se estrague. As eleições não se ganham, são os outros que as terão de perder.
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Na minha santa ingenuidade (e por me sentar na bancada, valha a verdade) penso que Portugal precisa de quem ouse assumir programas alternativos para separar águas e acordar os cidadãos.
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Acordar a malta. Porque a malta adormeceu outra vez ou nunca deixou de dormitar.

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