.
"Pois eis agora que Vital Moreira vem dizer que o verdadeiro e genuíno referendo europeu seria, então, perguntar ao tuga-que-não-percebe-nada-de-tratados-mas-já-percebe-de-programas-eleitorais, se Portugal deve ou não sair da UE. E assim se reduz o tuga à estupidez máxima..."
.
Comentei:
.
Não, Adolfo, não seria a estupidez máxima, seria a forma mais inteligente de resolver a questão do referendo de vez.
Tenho dito o mesmo repetidamente nas minhas palavras cruzadas, algumas das quais neste cruzamento de argumentos consigo.
O que foi mal pensado, do meu ponto de vista, foi o programa de preparação, aprovação e ratificação do Tratado. Imagine que Malta, por exemplo, não ratifica. Vai tudo por água abaixo.
É incrível que ninguém, ao que parece, tenha pensado nisso. Ou, se pensou, não vingou.
Há, realmente, uma cláusula de negociação de saída que é uma espécie de válvula de segurança: quem não se sente bem, sai.
Caso contrário, a UE seria sempre o bode expiatório dos desaires locais; os políticos veriam a UE como o Alberto João vê Lisboa.
Não percebo, francamente, a sua posição: é completamente diferente perguntar ao país em referendo se concorda com o texto de um tratado só acessível a poucos, e que geraria a maior confusão demagógica, de uma questão simples como esta: Concorda ou não com a permanência de Portugal na UE?
Aí sim, a discussão seria clara, porque as diferentes partes teriam de convencer as vantagens e inconvenientes em permanecer ou não, e não a discussão de um articulado complexo.
.
De qualquer modo parece-me que o Arte da Fuga está de parabéns, pois tanto Vital Moreira como José Sócrates parece estarem atentos ao que aqui se escreve...
No comments:
Post a Comment