Wednesday, October 24, 2007

E SE MALTA EMBIRRAR?

Em A Arte da Fuga , Adolfo Mesquita Nunes volta a desencontrar-se com Vital Moreira, a propósito de um "post" deste no Causa Nossa prevendo a hipótese, e tirando o chapéu a Sócrates pela ideia, de referendar, não o Tratdo, mas a presença de Portugal na UE. Hipótese esta que, perdoe-me a imodéstia, se alguém ler isto, tenho dito e redito aqui, no Aliás, e em cruzamento de argumentos com outros bloggers e, nomeadamente, com Adolfo Mesquita Nunes , seria a saída mais satisfatória para uma questão que pode gerar um imbróglio.
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Transcrevo do A Arte da Fuga:

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"Pois eis agora que Vital Moreira
vem dizer que o verdadeiro e genuíno referendo europeu seria, então, perguntar ao tuga-que-não-percebe-nada-de-tratados-mas-já-percebe-de-programas-eleitorais, se Portugal deve ou não sair da UE. E assim se reduz o tuga à estupidez máxima..."

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Comentei:

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Não, Adolfo, não seria a estupidez máxima, seria a forma mais inteligente de resolver a questão do referendo de vez.

Tenho dito o mesmo repetidamente nas minhas palavras cruzadas, algumas das quais neste cruzamento de argumentos consigo.

O que foi mal pensado, do meu ponto de vista, foi o programa de preparação, aprovação e ratificação do Tratado. Imagine que Malta, por exemplo, não ratifica. Vai tudo por água abaixo.

É incrível que ninguém, ao que parece, tenha pensado nisso. Ou, se pensou, não vingou.

Há, realmente, uma cláusula de negociação de saída que é uma espécie de válvula de segurança: quem não se sente bem, sai.

Caso contrário, a UE seria sempre o bode expiatório dos desaires locais; os políticos veriam a UE como o Alberto João vê Lisboa.

Não percebo, francamente, a sua posição: é completamente diferente perguntar ao país em referendo se concorda com o texto de um tratado só acessível a poucos, e que geraria a maior confusão demagógica, de uma questão simples como esta: Concorda ou não com a permanência de Portugal na UE?

Aí sim, a discussão seria clara, porque as diferentes partes teriam de convencer as vantagens e inconvenientes em permanecer ou não, e não a discussão de um articulado complexo.

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De qualquer modo parece-me que o Arte da Fuga está de parabéns, pois tanto Vital Moreira como José Sócrates parece estarem atentos ao que aqui se escreve...

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