A maior interrogação que se coloca quanto à evolução da China a médio prazo prende-se, sem dúvida, ao caminho que terá de percorrer no sentido da liberdade de expressão e, portanto, da democracia. Por agora as classes mais favorecidas sentem-se confortáveis com o regime que lhes garante rendimentos crescentes, exponenciais para alguns, e os contestatários não têm, por agora, expressão que possa sequer beliscar a nomenclatura no poder. Os media são submissos, praticamente não se vêm jornais à venda, os canais televisivos estão controlados, a net também.
.
Mas os serviços telecom observam um boom imparável: Entre 2002 e 2006, segundo o China Daily de 22/9, os telefones fixos passaram de 214,2 milhões para 367,8 milhões, os telemóveis de 206 milhões para 461 milhões, a Internet de 59,1 milhões de utilizadores para 137 milhões.
.
Trata-se, portanto, de um mercado interno que já atingiu, no caso dos telemóveis, cotas que nenhum outro pode atingir, com um potencial ímpar.
.
Mas se, conforme tudo leva a crer, a ambição de liberdade desalojar um dia destes a satisfação material que hoje adormece as consciências, a liberdade de expressão dispensará o papel.
.
O papel que os chineses inventaram, recorde-se.
No comments:
Post a Comment