No caderno de economia do "Expresso" de ontem, Manuela Ferreira Leite relembra que o défice do orçamento aprovado (pelo governo de Santana Lopes), em 2005, (já depois da decisão de Sampaio dissolver a AR) era de 2,8% e, sobre ele, foi construído (por Vitor Constâncio) o défice de 6,1%, retirando-lhe receitas extraordinárias e adicionando pagamentos de dívidas.
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Afirma Ferreira Leite que "a leitura correcta da evolução do défice implicaria que ao valor agora apresentado se aplicassem os mesmos critérios que em 2005 e, nessa altura se concluiria que a queda do défice não é a anunciada."
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E por que não? O que é que impede o grupo parlamentar do PSD de obter uma reformulação das contas e confrontar o Governo com os resultados?
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No mesmo semanário e no mesmo caderno de economia, o actual Ministro responde a várias perguntas, uma das quais se relaciona com a eventual desorçamentação das Estradas de Portugal. Responde o Ministro que não haverá desorçamentação porque os resultados das Estradas de Portugal consolidarão com as OGE. A análise das mudanças de critérios contabilísticos competem, segundo o Ministro, ao INE e ao Eurostat.
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Pena que o jornalista não tenha perguntado quando é que vamos ter um quadro de conceitos e procedimentos contabilísticos que reduzam este constante lançar de areia nos olhos de quem quer ver alguma coisa nestes assuntos.
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