O Lóbi estava hoje com uma crise existencial. Ora o O Lóbi não é um blog qualquer, é um caso sério a brincar na blogosfera portuguesa. Entendi, portanto, que não podia deixar de lhe puxar pelos brios recomendando-lhe que se borrife nas audiências. De audiências vivem os mercenários. Nós somos milicianos, com muita honra.
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Comentei Os blogs também se abatem que os genuínos blogs não podem deixar-se abater:
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Leio este seu "post" e mais me convenço que a ignorância é fonte de felicidade. Ou, se preferir, o conhecimento só nos trás angústias.
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Pois eu, meu caro amigo, como sou pouco instruído nestas coisas digitais, não tenho contadores nem binóculos de longo alcance. Escrevo porque me dá prazer e também porque me sobra algum tempo. De modo que aproveito-o para dialogar comigo, se mais ninguém quiser ter a pachorra de se aproximar e contestar. E como, se Maomé não vai à Montanha vai a Montanha a Maomé, entretenho-me a colocar alguma entropia onde há consenso a mais. Já tenho levantado umas sequências longas em casa alheia.
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Tenho a porta aberta a quem queira entrar mas não tenho a mínima ideia de quantos a franqueiam. Comentários, recebo poucos, até porque não sei quem entra mas não dou guarida a anónimos. Por uma questão de feitio.
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Mas porque, podendo ver as coisas pelo lado positivo, não me vou torturar com angústias de solidão, parto sempre do princípio que entraram uma data deles mas faltaram-lhe argumentos, retórica ou tomates para contrapor.E por este motivo não conto encerrar tão cedo.
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Desligue V. também o contador!Não se esqueça do que dizia o outro: Um escritor (somos todos) é como uma prostituta: começa a escrever por prazer, depois escreve para prazer dos outros, acaba por escrever por dinheiro.Ora eu sou quase virgem.