Thursday, August 16, 2007

LEIBNITZ, STIGLITZ E O PSD

"A filosofia não é uma ciência porque é muito mais" - Ortega y Gasset (O que é a filofofia?)
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Continua Pinho Cardão no Quarta República a bater-se pela redução dos impostos, já!, proposta que a mim, pessoalmente, me beneficiaria. Afinal só os que não pagam impostos (e são cerca de 5o% dos portugueses, segundo o ex-DGCI Paulo Macedo, na entrevista que concedeu ao Expresso do passado Sábado) não retirarão qualquer vantagem disso. Só perde quem tem, já se sabe. Coloquei algumas dúvidas e desafios, mas fiquei sem resposta.
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Hoje, PC brinda-nos com Leibnitz. Comentei, recorrendo a Stiglitz . Por muita consideração que seja devida a Leibnitz, Stiglitz veio ao mundo uns séculos mais tarde, é natural que algumas questões tenham sido apeadas do limbo filosófico para o campo mais limitado e concreto da ciência, é natural, portanto, que também na economia alguma coisa se tornou mais apreensível e até quantificável.
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Reconheço, contudo, que há em toda esta reclamação recorrente de redução dos impostos intenções que, louváveis ou não, se percebem bem dum ponto de vista de marketing político.
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Abaixo os impostos! é uma mensagem curta, incisiva, apelativa, não fracturante.
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Tem todos os ingredientes de um slogan de sucesso. Tem um contra: O prescritor geralmente recua na administração da mezinha quando chega a sua vez de governar, ou porque sabe dos efeitos secundários ou tem constrangimentos insuperáveis. Por outro lado, não sabendo a generalidade dos cidadãos quem foi Leibnitz ou quem é Stiglitz, a grande maioria sabe perfeitamente que é estranho haver manteiga no nariz do cão.

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