- A Câmara da Figueira da Foz, segundo notícia do Público de hoje, decidiu ontem requerer à Inspecção Geral da Administração do Território uma inspecção ao Departamento de Urbanismo, na sequência de duas propostas naquele sentido, uma do presidente e outra da oposição. A decisão surge depois de o director do departamento, MM, ter afirmado que assinava "de cruz" alguns processos instruídos por aquele serviço. ... Duarte Silva ( o presidente) disse não existir desconfiança sobre MM, justificando o pedido de inspecção com as questões levantadas pelo PS e Pareira Coelho (vereador do PSD que assume uma postura crítica relativamente ao presidente social democrata).
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Quem lê a notícia e não conhece os meandros por onde esta gente navega só pode concluir que, para alguma coisa fazer sentido nesta história, MM disse uma banalidade irrelevante, porque todos (ou quase todos, para acertarmos melhor) os directores de urbanismo de todas (ou quase todas as câmaras deste país) fazem o mesmo. Mas como falou alto, obviamente, a oposição (que onde manda faz o mesmo) e o deputado oposicionista interno entenderam encostar Duarte Silva à parede. E este, sem alternativas, mandou chamar a inspecção. Não tendo, contudo, apontado casos em concreto, o IGAT, segundo prevê o bloco oposicionista, recusará o pedido nos termos da lei. Processo encerrado.
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O que é uma pena. A subalternização dos directores dos serviços municipais aos vereadores executivos não pode se não conduzir a situações destas: ou são coniventes (na esmagadora maioria dos casos) ou recalcitrantes. Neste último caso, contudo, convém a quase todos não mexer muito nela.
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MM vai continuar a assinar de cruz por não se imporem condições para assinar de forma digna.
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