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- os méritos de um qualquer estudo não devem ser aferidos em função de quem o elaborou, nem em função de quem o pagou, mas sim em função da informação objectiva que apresenta;- considerando que este estudo contraria posições do Governo, e conhecida a elevada dependência do Estado por parte de alguns sectores de actividade económica, não é de todo descabido que os financiadores possam querer manter o seu anonimato. Estão no seu direito. in A Arte da Fuga
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Comentei:
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"conhecida a elevada dependência do Estado por parte de alguns sectores de actividade económica"
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Não quero acreditar que a dependência (que existe) justifique o atirar a pedra e esconder a mão.
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Se assim fosse, o gesto só teria um nome: cobardia. Aliás, a primeira entidade dependente (que tem dado provas sobejas dessa dependência perante os governos, sejam eles quais forem) tem sido a CIP, que apresentou o estudo.
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De qualquer modo, os patrocinadores do estudo colaram-lhe uma enorme vulnerabilidade: a suspeição de serem partes altamente interessadas.
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Ou passaram a ser grátis os almoços?
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E é pena. Com este anonimato dão aos defensores da Ota alguns argumentos susceptíveis de engodar a opinião pública. A começar pelo ministro Lino.
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