O Público de hoje destaca na sua primeira página "Especialista do MIT diz que Ota é um risco para investidores. Análise recomenda que estudo para aeroporto inclua outras soluções"
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Richard deNeufville (o especialista em questão) é considerado um dos grandes especialistas mundiais na área do planeamento de sistemas aeroportuários, ainda segundo o Público.
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Se a disputa Ota-outra alternativa qualquer fosse, hoje, decidida por votos (qualificados ou populares), é muito provável que a Ota perdesse por larga margem. E, no entanto, todas as intervenções públicas de responsáveis governamentais sobre o assunto continuam a apostar na Ota, por se desconhecer(alegam), até ao momento, que alternativas oferecem maiores vantagens. Num dia o Ministro M Lino decide adiar a decisão por seis meses e pedir ao LNEC que estude o assunto Ota versus Alcochete, para no dia seguinte receber os autarcas do Oeste e garantir-lhes que a Ota é a melhor solução conhecida; no dia seguinte já admite receber estudos que defendam outras alternativas, e nomedamente a Portela +1, para no dia seguinte dizer que a Portela+1 não faz sentido nenhum.
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Se, conforme prevêm alguns comentadores, passados os seis meses de defeso, o Governo decidir porque "quero, posso e mando" a favor da Ota, independentemente das conclusões técnicas que apontem em sentido diferente, que poderá fazer o PR? Se não puder fazer nada, pode demitir-se, contribuindo decisivamente para o esclarecimento do papel da presidência da República em Portugal. Se um Governo, dispondo de um suporte maioritário na Assembleia, avoca a legitimidade de assumir discricionariamente a decisão política, ignorando as recomendações do PR em sentido contrário, que papel resta para este?
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Esperemos que os tais comentadores estejam enganados.
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