Friday, June 15, 2007

GUERRA PELOS INDEPENDENTES

Guerra pelos independentes, é o título maior da primeira página do caderno Economia do Público de hoje. "A escolha dos novos membros para o Conselho Geral e de Supervisão do BCP é a nova prova de forças entre Teixeira Pinto e Jardim Gonçalves, numa fase em que surgem novos accionistas de peso".
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O que é notável em todo este imbróglio em que se encontra mergulhado o maior banco privado português é a forma como Jardim Gonçalves se deixou cair na situação de ter de negociar o seu poder com o delfim que ele próprio, contra as expectativas gerais, cooptou. Se JG pretendia continuar a gerir os destinos do banco que fundou, o mais elementar bom senso recomendaria que, antes de passar a batuta ao novo maestro, tivesse assegurado que a posição deste dependesse sempre da sua decisão. Dito de outro modo, JG deveria ter assegurado o seu domínio no CGS e o domínio deste sobre o Conselho de Administração. Não o tendo feito ser-lhe-á, agora, muito difícil remendar a ruptura.
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Por que é que JG não prendeu o delfim com rédea curta, é uma questão que só ele saberá responder ou a ordem a que ambos pertencem? Difícil é aceitar que JG tenha sido ingénuo pela primeira vez na vida.
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Quanto à guerra dos independentes, bastaria haver guerra para não haver independentes. Esta designação de "independentes" faz-me sempre lembrar a Rua Direita, frequente em muitos sítios: é geralmente a mais torta das vias do lugar.

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