Ligo a televisão às nove e meia da noite, entra-me em casa a Daniela Mercury com a Terça-Feira do Carnaval da Baía. Ninguém fica indiferente, até um senhor anafado, funcionário superior da Câmara, por certo, caso contrário não ia de fato e gravata nem para o palanque dos convidados, dá ao rabo e tenta tirar fotografias. Mesmo à distância, percebe-se perfeitamente que a atmosfera aqueceu muito para além do que é costume em noite de marchas alfacinhas.
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Às dez anunciam a marcha do Alto do Pina, que diz querer celebrar a aristocracia do bairro no sec. XVIII, carregando uns arcos malucos, ultra leves, só doze quilos, vejam lá. É o começo do desfile, esganiçado, mais pindérico que pretencioso, que Leitão de Barros inventou por encomenda do antigo regime. E, de repente, dá-se um arrefecimento súbito.
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É quarta-feira de cinzas que chega antes da meia-noite.
1 comment:
Arcos malucos?! quando nao se sabe do que se fala o melhor é nem falar! ao menos o alto do pina nao recicla arcos! Ass:uma marchante do alto do pina
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