Pereira acaba com número de eleitor
O ministro da Administração Interna propôs ontem no Parlamento que o número de
eleitor seja extinto por considerar que seria “o corolário lógico do recenseamento automático”. Como alternativa, Rui Pereira sugeriu que a lei passe a prever a notificação aos eleitores (Expresso).
O número de eleitor nunca deveria ter existido.
A sua criação só pode atribuir-se a uma propensão burocrática patológica.
Não se compreende, por outro lado, a alternativa proposta pelo ministro Pereira. Por este andar, um dia destes o OE assegurará o transporte universal e gratuito* de casa do eleitor até junto da urna eleitoral.
Paulo Machado, o ex-director-geral da Administração Interna, que se demitiu em sequência do caso "Cartão do Eleitor", em entrevista ao Expresso de hoje afirma que não se conhece a morada dos eleitores e, portanto, as notificações não teriam o efeito pretendido: "É uma realidade. Diz respeito a 6,2 milhões dos 9,4 milhões de eleitores. ... é um problema herdado dos boletins de eleitor carregados em 1998. Só os eleitores portadores de cartão de cidadão têm essa informação."
A confusão é total. Desde logo porque o número de 9,4 milhões de eleitores para uma população de 10,6 milhões só pode estar errado.
Mas porque é que esta gente não faz o mais fácil? Quem quer votar inscreve-se nos cadernos eleitorais no início de cada ano em que ocorram eleições. E teremos cadernos eleitorais actualizados em vez destes, de que não se sabe até que ponto estão errados, mas sabe-se que, sem dúvida, estão errados.
---
* Por gratuito entenda-se por conta de todos.
Paulo Machado, o ex-director-geral da Administração Interna, que se demitiu em sequência do caso "Cartão do Eleitor", em entrevista ao Expresso de hoje afirma que não se conhece a morada dos eleitores e, portanto, as notificações não teriam o efeito pretendido: "É uma realidade. Diz respeito a 6,2 milhões dos 9,4 milhões de eleitores. ... é um problema herdado dos boletins de eleitor carregados em 1998. Só os eleitores portadores de cartão de cidadão têm essa informação."
A confusão é total. Desde logo porque o número de 9,4 milhões de eleitores para uma população de 10,6 milhões só pode estar errado.
Mas porque é que esta gente não faz o mais fácil? Quem quer votar inscreve-se nos cadernos eleitorais no início de cada ano em que ocorram eleições. E teremos cadernos eleitorais actualizados em vez destes, de que não se sabe até que ponto estão errados, mas sabe-se que, sem dúvida, estão errados.
---
* Por gratuito entenda-se por conta de todos.
2 comments:
Quem quer votar inscreve-se nos cadernos eleitorais no início de cada ano em que ocorram eleições. E teremos cadernos eleitorais...
Pois, pois. Com eleições em Janeiro, ia ser bonito.
Sabe o que é fazer Reset?
É isso. Começar tudo de novo.
Se possível, bem feito e logo à primeira. 30 dias para fazer um novo recenseamento e pronto.
Quem deixar para os ultimos 5 dias, paga uma coima, uma multa. Que tal? Ainda se recolhiam uns fundositos.
"Quem deixar para os ultimos 5 dias, paga uma coima, uma multa. Que tal?"
Parece-me mal, mesmo muito mal.
O exercício do direito de voto deve ser inteiramente livre. Quem quiser inscreve-se, inscreve-se. Quem qiser votar, vota. Livre de pressões, multas ou seja o que for que limite a liberdade de votar.
Já agora: Em vez da inscrição no início de cada ano de eleições, a inscrição três meses antes da ocorrência de uma eleição se a última ocorreu há mais de dois anos.
Post a Comment