- Então o que é me diz desta confusão no Egipto e arredores?
- Digo-lhe o que quase toda a gente diz: Sabemos como estas coisas começam, nunca sabemos como acabam. Tanto pode instalar-se a democracia como uma ditadura islâmica. Se for este caso, propagar-se-á a todo o mundo árabe ainda não sujeito ao fundamentalismo islâmico.
- Pois é. Há quem queira levar a democracia a toda a parte a qualquer custo...
- Acha que sim? Acha mesmo que todas estas convulsões no Norte de África são fomentadas do exterior?
- Acho que sim. São os núcleos de emigrantes, intelectuais ou pseudo intelectuais radicais, que fomentam as revoltas a partir de Paris, Londres, e por aí fora ...
- É natural. Quando não há liberdade de expressão no país, quem preza a liberdade tende a refugiar-se no estrangeiro e lutar por ela a partir do refúgio. O que nada garante é que aqueles que lutam pela liberdade não acabem por proporcionar o acesso ao poder dos radicais religiosos. Se isso acontecer é a segurança do mundo que globalmente ficará em causa.
- É a guerra.
- Esperemos que não seja.
- Lá vão os EUA meter-se noutro atoleiro.
- Têm alternativa? Não creio que Obama, se a situação obrigar a uma intervenção militar em larga escala, enverede por uma estratégia que não envolva as maiores potências mundiais, incluindo a China e a Rússia.
- O que é pode obrigar a uma intervenção militar?
- O alastramento do fundamentalismo islâmico ao Golfo Pérsico, aos recursos petrolíferos essenciais às economias de quase todo o mundo.
- O petróleo, ainda e sempre o petróleo.
- Enquanto for, em grande parte, insubstituível pode incendiar o mundo.
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