Interrogava-me há dias, e a alguns amigos, que razões levariam alguns a continuarem clientes do BPN, um pseudobanco que, normalmente, já deveria ter sido obrigado a encerrar as portas por desrespeito, além do mais, aos requisitos mínimos de confiança.
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O Governo não encerra o BPN porque isso obrigaria a indemnizações elevadas ao pessoal despedido, argumentaram-me uns. Mas não continua o pseudobanco a acumular prejuízos que excederão o valor das indemnizações devidas?
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Ou não encerra porque pretende vender o BPN e, deste modo, reduzir as perdas, argumentaram outros. Mas que activos detem este pseudobanco para além as instalações que tanto valem encerradas como abertas ao público?
Ontem percebi a resposta à minha primeira dúvida: O BPN continua a oferecer aos seus ainda clientes taxas de juro nos depósitos a prazo superiores aos bancos regulares.
Maiores juros que, naturalmente, determinarão agravamento das incontidas perdas que todos os contribuintes portugueses terão de pagar.
Até quando?
O BPN é um caso de polícia. Mas para além desta dimensão medonha que a justiça continua a não avaliar, há uma dimensão política que só o Governo pode ultrapassar. Mas, também ele, continua a arrastar-se a passo de justiça à portuguesa.
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