Ando a apontar isto neste caderno quase desde que o comecei: Se um dia a Al Qaeda põe a mão na torneira e corta ou reduz o abastecimento de crude, consoante os seus desígnios, o caos tomará conta do mundo.
Dir-se-á: Há reservas que podem sustentar o consumo durante largos meses. Pois há. Mas como ninguém saberá por quanto perdurará a escassez, a reacção imediata seria o aumento exponencial dos preços (e esse será o lado menos mau do imbróglio, até pelo racionamento que impõe dos consumos), e, sobretudo, o açambarcamento não só de combustíveis mas de todos os consumíveis vitais: alimentos e medicamentos.
Por outro lado, assistir-se-ia, de imediato, a uma guerra total pela posse dos hidrocarbonetos disponíveis num mercado bloqueado por um incomensurável excesso de procura sem resposta.
Dito de outro modo: Não sendo previsível que em tais circunstâncias possa ser estabelecido o diálogo com os fanáticos islâmicos, ou continua a guerra surda, preventiva, como até aqui, suportando o Ocidente os xeiques actuais ou outros com papéis idênticos, ou só as bombas poderão acabar com o caos que pode, entretanto, eliminar uma parte importante da humanidade.
Também há quem pense: Ainda bem, porque, nesse caso, se privilegiarão as energias alternativas. O busílis está no curto prazo, aquele período mais ou menos longo que um ajustamento desses não dispensa e que será sempre longo demais para evitar uma catástrofe mundial.
Um artigo publicado hoje no Washington Post aborda a questão: Could the next Mideast uprising happen in Saudi Arabia? E é interessante concluir que, para muitos norte-americanos, mas não só, a evolução no Médio Oriente pode ser pacífica e passar pela democracia. Pode a democracia vencer o terrorismo num terreno completamente minado? Inxalá pudesse.
Também há quem pense: Ainda bem, porque, nesse caso, se privilegiarão as energias alternativas. O busílis está no curto prazo, aquele período mais ou menos longo que um ajustamento desses não dispensa e que será sempre longo demais para evitar uma catástrofe mundial.
Um artigo publicado hoje no Washington Post aborda a questão: Could the next Mideast uprising happen in Saudi Arabia? E é interessante concluir que, para muitos norte-americanos, mas não só, a evolução no Médio Oriente pode ser pacífica e passar pela democracia. Pode a democracia vencer o terrorismo num terreno completamente minado? Inxalá pudesse.
Tunisia. Egypt. Yemen. Bahrain. And now the uprising and brutality in Libya. Could Saudi Arabia be next?
The notion of a revolution in the Saudi kingdom seems unthinkable. Yet, a Facebook page is calling for a "day of rage" protest on March 11. Prominent Saudis are urging political and social reforms. And the aging monarch, King Abdullah, has announced new economic assistance to the population, possibly to preempt any unrest.
Is the immovable Saudi regime, a linchpin of U.S. security interests in the region, actually movable?
Revolutions are contagious in the Middle East - and not just in the past few weeks. In the 1950s, when Egypt's Gamal Abdel Nasser swept into power, nationalist protests ignited across the region, challenging the leadership in Jordan, Syria, Saudi Arabia, and eventually Libya and beyond.
A shocked Saudi royal family watched helplessly as one of its members, directly in line to become king, claimed solidarity with the revolution and took up residence in Egypt for a few years. That prince, Talal bin Abdul Aziz al-Saud, a son of the kingdom's founder and a half-brother of the king, is now reintegrated into the Saudi elite - and on hand to remind the monarchy that it is not immune to regional revolts. "Unless problems facing Saudi Arabia are solved, what happened and is still happening in some Arab countries, including Bahrain, could spread to Saudi Arabia, even worse," Prince Talal recently told the BBC.
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