Thursday, November 26, 2009

TOO BIG TO FAIL?

O destes senhores, accionistas e credores do banco, com as dívidas ao banco garantidas pelas acções que detêm no mesmo.
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*Seis clientes do Banco Comercial Português (BCP) devem ao grupo financeiro cerca de 3,5 mil milhões de euros, o equivalente a aproximadamente 80 por cento da capitalização bolsista do grupo, que ontem totalizava 4,3 mil milhões de euros.
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Só a construtora Mota Engil tem responsabilidades assumidas para com o banco da ordem de 1,2 mil milhões de euros, cerca de 28 por cento do seu valor de mercado.“O BCP não comenta relações com potenciais clientes. Em todo o caso, todas as operações respeitam os rácios impostos pelo Banco de Portugal”, disse ao PÚBLICO o porta-voz do banco presidido por Carlos Santos Ferreira.
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Para além da empresa liderada por Jorge Coelho, ex-governante socialista (ministro de Estado e do Equipamento Social), encontram-se também neste lote de grandes devedores do BCP mais dois grupos ligados ao sector da construção, a Teixeira Duarte (Pedro Teixeira Duarte) e a Soares da Costa (Manuel Fino). No grupo estão ainda a Cimpor, cimenteira detida pela Teixeira Duarte e por Manuel Fino, o investidor Joe Berardo, e o empresário Joaquim Oliveira, dono da Controlinvest, que controla a Lusomundo e os títulos de media Diário de Notícias, Jornal de Notícias, 24Horas e TSF.

5 comments:

Insatisfeito said...

Amigo, não se preocupe !
Os critérios "prudenciais" do BdP são só por si uma garantia a
toda a prova de que nada de errado se passa.
De facto, pode lá o BCP estourar com tal clientela ?

António said...

" De facto, pode lá o BCP estourar com tal clientela ?"

Caro insatisfeito,
O BCP pode não querer estourar com eles, mas pode estourar connosco.
A Estradas de portugal de já vai tratando disso perdoando-lhes aos 250 milhões de cada vez.

O pessoal do Tribunal de Contas até já anda com pesadelos e tem gasto um dinheirão em laca para pôr os cabelos para baixo.
É que saem de casa todos penteadinhos e assim que põem um pé no serviço, ficam logo com um penteado eriçado. Os pêlos todos!

São só, por baixo, 4,3 mil milhões.
A juntar ao estouro do BPN, é mais um bocadito.
Um bocadito a faltar para o grande estouro final.
Já faltou mais.

Sai um arroz de polvo prá mesa da cauda da Europa!

António said...

TOO BIG TO FAIL?

Nem por isso.
O Dubai é maior e no entanto está para ser uma coisa...
E os bancos que lá enfiaram o graveto para fazer aquilo tudo?
E as grandes empresas de construção. etc. etc.
E já andavam a cantar de galo a dizer que a crise tinha passado.
Pois,pois.
Como será com aqueles desgraçados todos que lá trabalham nas obras em regime de quase escravatura?
$200 dólares por mês e a viver em condições deploráveis para fazer o eldorado dos outros.
E quem já pagou e vai ficar a ver navios?
Cala-se e fica com o 2.º Madoff do ano. Já é azar.
Coitados dos ricos, vão ter de roubar e traficar mais para cobrir os prejuízos.
E vai ter consequências na questão afegã na parte que toca aos States.
Não aos talibãs.
Mais na parte agrícola.
É só chatices.

Rui Fonseca said...

"Os critérios "prudenciais" do BdP são só por si uma garantia"

A questão é mesmo essa: Como é que os critérios prudenciais consentem as anomalias referidas no artigo do Público?

Erros na notícia ou na prudência dos critérios?

Ficamos sem saber. Por agora.

Mas é lamentável que o BdP fique nas covas quando saem notícias destas.

Quem cala consente?

Rui Fonseca said...

"E vai ter consequências na questão afegã na parte que toca aos States."

Se tiver, as consequências não se limitarão aos States. No Afeganistão joga-se muito mais do que a ameaça de terrorismo aos intereses dos EUA. Estamos todos ameaçados. Penso eu.