Monday, November 30, 2009

OS CAVALOS A MEIO DO RIO

Ouvi há pouco na rádio o presidente das Estradas de Portugal afirmar que as obras das novas concessões, chumbadas pelo Tribunal Constitucional, vão continuar porque vão ser interpostos recursos com base nas alterações dos pressupostos, nomedamente as alterações das taxas de juro.
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Não conheço os termos dos contratos mas pergunto-me: Se os juros tivessem baixado teriam baixado os custos para o Estado? Não se tratando de uma situação original, porque as taxas de juros sempre andaram e continuarão a andar para baixo e para cima, não há nenhum precedente em sentido contrário? Por outro lado, que eficácia pode esperar-se de um chumbo de contratos acerca de obras que se encontram em curso? Mais generalizadamente, que eficácia têm as decisões de um Tribunal sobre contratos que, para se começarem a realizar, não necessitam do Tribunal de Contas? Ou, se necessitam, como se responsabilizam os responsáveis pelas falsas partidas?
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É difícil, perante tanta confusão que se estabelece a respeito dos processos dos tribunais, a que pelos vistos nem o Tribunal de Contas escapa, que o cidadão comum não se pergunte: O país começou agora?
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Tribunal de Contas chumba concessão rodoviária do Litoral Oeste
Edifer admite parar obras se não for encontrada solução para chumbo do TC
Tribunal de Contas recusa visto prévio à Algarve Litoral

Tribunal de Contas chumba quinta auto-estrada

5 comments:

António said...

Coinvém não esquecer várias coisas.
Primeiro:
O dinheiro não é deles, é para eles.
A desculpa dos juros deve ser para analfabetos como ele, sr.- dr. engenhero das estradas que ainda não viu nem leu que os juros baixaram.

Depois,
O sr. dr. engenheiro das estrads de Portugal foi transferido da rtp para as estradas por pressão, sabe de quem?
E os ministros, o anterior mais a secretária e o actual foram lá parar por pressão de quem?
Este novo, ainda não fez nada que se visse e já vem dizer que temos de pagar as portagens aos das scuts.É para isso que serve um ministro? Para trabalhar para os outros, contra nós,
ou é para fazer trabalho no interesse dos Portugueses e defendê-los contra tudo e contra todos?
É como a do Ambiente.
ainda não tirou os cueiros e nada fez para o bem do ar que respiramos e já vem defender que é preciso subir o preço da água.. Trabalha para quem, afinal?
Quem a pôs lá?

Rui Fonseca said...

"Este novo, ainda não fez nada que se visse e já vem dizer que temos de pagar as portagens aos das scuts."

Já estamos a pagar, não? Se não paga o utilizador, pagam todos.

António said...

Pois, pois.
Então acha que é melhor pagar duas vezes.Pagamos todos e depois pagam outra vez ao passar.
Como eu disse, assim é fácil.Difícil é fazer as coisas de outra maneira, mas isso é coisa que não sabem nem querem saber.
É melhor assim, pelo caminho mais fácil.

António said...

E na água, também é assim?
E o terminal de contentores também é?
E adjudicar obras sem visto prévio e depois vir dizer que se não for assim (de forma ilegal)temos de pagar todos?
Sempre as mesmas empresas a concorrer e agora ganho eu, depois ganhas tu, porque se assim não fosse impugnavam os concursos, mas que vão abichando os milhões que nos são retirados, para usar um termo suave, que lhes são oferecidos por quem se acha dono disto tudo.
São roubos, meu caro.
Não há outro nome.

António said...

E isto o que é?
Quem encomendou? Quem é o quê a quem?

Estado paga 99,500€ por um site baseado em open-source

Para quem não sabe, no passado dia 5 de Outubro passaram-se 100 anos da Implantação da República em Portugal. Ainda antes das comemorações oficiais, em Julho, foi lançado um site, o Centenário da República, cujo agora se sabe que o custo total foi de 99, 500 euros, apesar de ser totalmente baseado em ferramentas open-source, ou seja, totalmente grátis.

O site baseia-se nomeadamente no CMS (Content Management System) Drupal, totalmente gratuito, e utiliza o tema Zen, igualmente gratuito.

Por mais adaptações visuais e modificações que a empresa responsável possa ter efectuado no site, o que é certo é que tanto o Drupal como o Zen já ofereciam uma base bastante sólida e completa para trabalhar, portanto é deveras exagerado este valor final do projecto. São quase 100 mil euros!

Quantia essa retirado dos cofres do Estado, onde, adivinhem, sim, está o dinheiro dos contribuintes.

A empresa responsável pelo projecto é a Henrique Cayatte – Design, Lda, e o seu Presidente é também, por mera coincidência, Presidente do Centro Português de Design.

Agora fica a questão: valerá este investimento a pena? Não será em tempos de crise algo demasiado “casual” (sim 100,000 não é quase nada nos milhões dos cofres do Estado, mas seguindo essa linha de pensamento…)?