Thursday, May 31, 2007
A PORTELA
PALRA A PEGA
Wednesday, May 30, 2007
IMPOSTO DE MAIS-ESPECULAÇÃO - 2
Tuesday, May 29, 2007
IMPOSTO DE MAIS-ESPECULAÇÃO
Concordo consigo, que é necessário decidir quanto ao novo (ou ao velho) aeroporto, mas não concordo que a decisão tenha que fundar-se na base de suspeitas de enriquecimento de A, B ou C.
AS SANGUESSUGAS
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«De acordo com um documento a que o CM teve acesso, datado de 11 de Maio de 2007, só o gabinete de apoio à presidência de Carmona Rodrigues conta com um total de 59 assessores com contratos no valor de mais de 1,7 milhões de euros. A maioria destes assessores viu os contratos renovados no início do ano – terminam em Dezembro. Nesta situação estão 47 assessores, entre os quais o assessor de Carmona Rodrigues para a comunicação social, João Reis, que tem um contrato anual no valor de 43 380 euros. Por mês, João Reis recebe assim cerca de 3600 euros em bruto. Um valor superior ao vencimento de um vereador que ronda os 2500 euros mensais (depois de impostos).» [Correio da Manhã]
Monday, May 28, 2007
O ARCO DA VELHA
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A intenção a que se encosta a devoção de Nobre Guedes a um Estado intocável é, não tenho dúvidas, o desejo do CDS/(PP?) se anichar o mais depressa possível debaixo do arco da governação.
8 PAUS POR UM SUSTO
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A caminho de Santa Apolónia, descia todas as manhãs pela rua que ia dar ao rio, e atestava nele todos os sentidos. Um dia, em que me atrasei um pouco, encontrei-me com o Marinheiro, que trabalhava no mesmo corredor que eu, e, fiquei a saber, vivia também para os lados onde eu morava. Passámos a fazer o caminho várias vezes juntos, o Marinheiro tinha a minha idade, falava-me muitas vezes de movimentos operários, um discurso que a mim, nascido numa aldeia rural, se me interessava não me comovia. Em casa, na aldeia, habituara-me a sintonizar à noite a "Rádio Moscovo" mas o tom de propaganda dos comunicados nunca me tinha arrebatado. "A verdade é só uma, rádio Moscovo não fala verdade", do regime contra-informava no mesmo tom falsete. Ouvia-os por curiosidade e não por adesão aos discursos.
Sunday, May 27, 2007
A BOTA DE FREI TOMÁS
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“Pergunte-se a Cavaco Silva quantos em quantas das grandes obras que lançou foram alvo de debates profundos no parlamento.»
É a velha questão de Frei Tomás. V. pode passar a vida a discutir as incoerências do santo mas não sai do mesmo sítio. Mesmo dando de barato que o santo nada fez daquilo que ele diz que se faça, o que nos interessa a nós não é, obviamente, o que ele não fez ( a não ser para o julgar por essa falta, mas isso faz-se em tempo de eleições) mas a pertinência ou impertinência daquilo que ele recomenda que se faça.
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Ora no meio da confusão que se instalou na discussão em praça pública, a localização do aeroporto na Ota tem de ser debatida em sede própria porque o Governo não foi capaz de, até agora, dizer claramente aos portugueses as razões da sua opção. Mesmo quando este Governo invoca, em abono da Ota, as opções (necessariamente provisórias) de governos anteriores sobre o assunto, o argumento não colhe porque: (1) essa opção pode não ter sido a mais correcta, (2) novos dados podem recomendar solução diferente.
Para complicar todo este imbróglio, o ministro da Obras Públicas deu o flanco com uma intervenção que, ainda que contextualizada, vulnerabilizou ainda mais a defesa da posição do Governo. Os argumentos lançados posteriormente por individualidades que apoiam politicamente o Governo, não só não deram consistência às palavras do Ministro como juntaram mais confusão à confusão já existente (Almeida Santos invocou a vulnerabilidade da ponte a ataques terroristas, um “handicap” a que o próprio Ministro na entrevista que deu à “SIC notícias” não valorizou, Vital Moreira argumentou os interesses da Lusoponte, como se não existissem interesses em jogo em qualquer dos casos). Ainda ontem noticiava a Antena 1 da RDP que uma entidade responsável, cuja designação não retive, reprovava a Ota por limitações de tráfego (não consente mais do que 30 aterragens e 40 levantamentos por hora); à noite, na SIC notícias, Augusto Mateus, que foi ministro de Guterres, incumbido de estudar o assunto, mostrava desconforto por lhe ter sido restringido o âmbito de análise.
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Eu, que também de aeroportos nada sei, sei que a Ota se transformou num molho de brócolos e não vai ser possível desatá-lo no meio desta balbúrdia toda. Claro que o Governo pode querer poder querer e mandar, mas não lhe auguro nada de bom se for por esse caminho. O PR manda pouco mas o PM, se pensa que está de pedra e cal, mostra fissuras evidentes.
OS ANTILIBERAIS
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De volta à direcção do CDS, diz o Expresso de ontem, Guedes (Luís Nobre) distancia-se do discurso liberal, deixa elogios ao Governo, mas recusa coligação com o PS.
Nobre Guedes acha que o CDS existe, antes de mais, para os mais pobres, os marginalizados. Que o CDS não tem tido uma preocupação solidária e muitas vezes tem tido uma preocupação anti-social; Tem dificuldade em aceitar algo como o Compromisso Portugal, todas as teorias da revolução liberal cairiam se essas pessoas passassem uma semana no Hospital de S. José a ver o que é pobreza, ou fossem à Pampilhosa da Serra a ver o que é desertificação, o interior. A intervenção do Estado é insubstituível; Hoje vive-se em Portugal um receio generalizado ao ver que aquilo que era intocável pode ser tocado - as pensões. Depois, a saúde. Há que ter a noção que o nosso sistema não é tão mau quanto o pintam, mas pode ser melhor, e é a única forma de dar um mínimo de segurança em termos de saúde às pessoas que não têm outros meios; Mesmo admitindo que algumas coisas têm que mudar para salvar o essencial, num país como o nosso uma concepção liberal seria uma catástrofe; A saúde deve ser a primeiríssima prioridade, partindo do princípio que o Sistema Nacional de Saúde é insubstituível.
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É tempo de em Portugal se permitir a contratualização civil das relações entre homossexuais. Isto não é essencial na agenda do CDS, mas é importante.
Saturday, May 26, 2007
AUTO - RETRATO
E lá mesmo em cima, quase a terminar o desfile, sobre uma peanha, dentro de uma campânula de vidro, uma lata de excrementos de Piero Manzoni, obra (produto) intitulado (com marca) em italiano (mas também em inglês e alemão, por indubitáveis intenções de exportação do produto) : "Merda d´artista". Como sempre acontece nestas ocasiões, os visitantes miravam, remiravam, davam a volta à peanha, alguns, poucos, comentavam discretamente, poucos sorriam, não vi quem desatasse uma incontida gargalhada. Os museus de arte, mesmo de arte contemporânea, são atravessados pelos visitantes como se atravessam as catedrais: em silêncio, respeitador das relíquias elevadas aos altares.
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Piero Manzoni só viveu 30 anos, mas durante a sua curta existência não obrou apenas as 90 pequenas latas, uma das quais, a nº. 031, pertence ao Georges Pompidou. São contudo as suas latas, a que ele atribuiu o preço de igual peso em ouro, que constituem a sua imagem de marca, tendo um dos exemplares atingido no último leilão da Sotheby's um preço recorde de 124 mil euros. Ao mesmo preço, a produção total valerá quase 12 milhões de euros.
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É obra!
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(via O Jumento )
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Transcrevo do catálogo da exposição de 1998:
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"The work of art, wrote Manzoni, "finds its source in an unconscious impulse issued from a collective substractum of universal value. It is this common foundation that all people derive their gestures and the artist roots the arkhai of organic existence...The work of art thus acquires a totemic value, as living myth, primary and direct expression freed of sybolic descriptive burdens". "Clearly, today, we cannot help but recognize the "totemic value" of Manzoni´s can of shit. While it adressed the mercantile system (is was literally worth its weight in gold), just as the plastic-wrapped corpses planned by Manzoni would have been an homage to the museum system. Artist´s Shit nº.031 is one of the most ccomplished self-portraits of recent art.
Friday, May 25, 2007
CAUSA (POUCO) LIBERAL - 2
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Mesmo como metáfora, é curiosa esta doutrina libertária de propriedade de um pássaro.
Os pássaros, exceptuando aqueles (poucos) que o homem domesticou, extirpando-lhe um dos seus instintos primordiais, são o símbolo mais nítido da liberdade.
A propriedade de um pássaro, se não decorre de procriação em cativeiro, caso em que o pássaro se voa, voa pouco, só pode acontecer por aprisionamento contra a vontade do cativo.
Decorre daqui um confronto entre dois vectores libertários: a liberdade do pássaro (que, não pertencendo a ninguém, pertence a todos) e a propriedade do pássaro por acção de armadilha.
Se o pássaro é caçado e morto para alimentação do caçador, o acto justifica-se por razões antigas de sobrevivência do homem. Se o pássaro é apanhado e colocado na gaiola, nenhuma razão de subsistência humana justifica o cativeiro, e a liberdade coartada ao pássaro é também coartada a todos os que o deixam de ver voar (propriedade original).
Discordo, pois, em absoluto, que a pertença absoluta seja, em qualquer caso, uma questão de perícia em armadilhas.
JAMOR
Thursday, May 24, 2007
CAUSA (POUCO) LIBERAL
DEPOIS DA SINA
1961, Setembro
Já com a sina destraçada, peguei da mala e continuei a descer a avenida, não por contar com a ajuda dos santos mas porque para o lado dos Restauradores havia mais luminárias. Rodei na primeira à esquerda, para o Largo da Anunciada, e deixei-me depois escorregar pela Rua das Portas de Santo Antão abaixo, parando aonde o pessoal da câmara fazia esguichar água para limpar a rua.
Quando pude passar, passei, e continuei a mudar-me na rua, como um autómato, em direcção ao Rossio.
Estava a chegar ao D. Maria quando alguém me interpela a perguntar se procurava quarto. Interroguei-me antes de responder, afinal de contas no dia seguinte ia a uma inspecção médica, se não me apresentasse em condições aceitáveis lá se iria a hipótese de emprego, a âncora que procurava em Lisboa. Quanto é, quanto não é, tenho de estar de manhã, às oito e meia, nas Escadinhas do Duque, saio às sete e meia, são quase quatro da manhã, quanto me custam três horas e meia? O outro olhou-me como quem olha um extra-terrestre e disse: São oito paus mas às sete quero o quarto livre.
Carreguei com a mala por uma escada esconsa até às águas-furtadas, em cima do terceiro andar, atrás do porteiro a marcar a passada tilintando o molhe de chaves na palma da pão esquerda, como se fosse o patrão e eu o alombador.
Chegados à porta, rodou a fechadura, empurrou a porta e ficou à espera dos oito paus. Perguntei-lhe se tinha troco de vinte, disse que não, combinámos que pagaria à saída e ele não disse nada mas desceu. Evitei, deste modo, mostrar-lhe onde guardava a burra, questão vital porque não tinha outra.
Nem me despi para dormir uma hora, se tanto. O quarto tresandava a humanidade encardida, mesmo de janela aberta, o ar agoniava ainda mais a minha insónia. Ainda espreitei por debaixo de uma coberta surrada e decidi-me estender-me em cima dela, descalço e sem casaco. Pensei em tudo menos na sina.
Às seis já estava a descer a escada e a fazer contas com o porteiro.
Eram dez horas quando entrámos, vinte candidatos, para a inspecção perante uma junta médica de três clínicos. Passei nos exames e fui admitido.
No escritório, eu tinha menos vinte anos que o mais novo dos que já lá estavam. Recordo-me deles como se estivessem aqui, sempre a olharem, curiosos, as minhas heterodoxias amanuenses.
Um dia, a propósito do exame médico, perguntei ao Fernandes se ele sabia a razão pela qual nos tinham mandado por em pelota e soprar nos punhos sem sair o ar.
O Fernandes tinha sempre resposta pronta na língua e sabia, ou se não sabia parecia, tudo quanto vinha na enciclopédia. Olhou para mim um longo instante, e disse com a convicção de sempre:
Ah! Isso era para ver se tinhas os tomates rotos!
Há quem tenha? perguntei
É do que há mais, respondeu ele. E nem sorriu.
OUTRA VEZ, BOTA!
Wednesday, May 23, 2007
A RIQUEZA DOS POBRES
Nouriel Roubini é, nos dias que correm, um dos economistas mais lidos e ouvidos nos EUA. Roubini, de origem italiana*, mantem um blog, RGE, do qual respiguei o seu comentário, colocado no blog anteontem, 21/3**, sobre um artigo publicado na Business Week acerca das consequências perversas do crédito compulsivo. Portugal não é os EUA mas há problemas comuns, geralmente do lado negativo.
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In recent years, a range of businesses have made financing more readily available to even the riskiest of borrowers. Greater access to credit has put cars, computers, credit cards, and even homes within reach for many more of the working poor. But this remaking of the marketplace for low-income consumers has a dark side: Innovative and zealous firms have lured unsophisticated shoppers by the hundreds of thousands into a thicket of debt from which many never emerge...
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As an online addition to this excellent cover story Business Week asked me and another blogger, Tyler Cowen from George Mason University to debate online the following question:
Stop Fleecing Poor Americans. The U.S. government should place greater restrictions on car sellers, pay-day lenders, and tax preparers who offer the working poor cash or credit with high fees and interest rates. Pro or con?
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Correcções - *Nouriel Roubini nasceu em Istambul filho de pais iranianos judeus (2010/05/08)
** - Obviamente, 21/5
O MAL E A CUNHA
Tuesday, May 22, 2007
OS MEDOS DOS PROFESSORES
QUASE TROPICAL
Monday, May 21, 2007
TERRITÓRIO AMERICANO EM BAGHDAD
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E não me surpreende agora esta notícia, como nunca me surpreendeu a intervenção militar norte-americana no Iraque.
Nunca comprei a justificação da intervenção norte-americana como uma acção de contra-ataque ao terrorismo islâmico na sequência do 9/11, como nunca aceitei que a ocupação tivesse como objectivo a instauração de um regime democrático ou a libertação do povo iraquiano das garras de Sadam Hussein.
Sempre defendi, nomeadamente nas palavras cruzadas que costumo preencher, que os EUA invadem o Iraque por uma razão primordial que decorre de uma estratégia fixada e aceite por todas as administrações norte-americanas antes de George W. Bush ter sido (mal) eleito pela primeira vez: a dependência dos EUA do petróleo que reside na área do golfo pérsico, e a determinação de que nenhuma intervenção estranha pode ser consentida em qualquer parte daquela área que ameace os interesses norte-americanos (doutrina Carter)
A dimensão da Embaixada norte-americana em Baghdad tem exactamente esse significado: os EUA estão prisioneiros da sua presença no golfo pérsico e só sairão de lá quando essa dependência se desvanecer. Até lá poderão ter de recuar, eventualmente, para os porta- aviões ao largo ou para países vizinhos, e na Embaixada até que alguém tenha a ousadia de a violar. Porque uma Embaixada é considerada território do país que representa. Um ataque à embaixada é um ataque ao país. Um ataque, a verificar-se, justificaria imediatamente um salto dos porta aviões para terra (pouco) firme.
VILA FLOR
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Vila Flor não é o espelho do mundo mas o mundo espelha-se em Vila Flor.
Sunday, May 20, 2007
OS PORTUGUESES - Segundo os algarismos (3)
Saturday, May 19, 2007
O SE DA SINA
1961, Setembro
O F. era ferroviário de segunda a sexta e barbeiro ao fim-de-semana. Fui lá cortar o cabelo num Sábado, véspera do embarque no comboio para Lisboa e, enquanto ele fazia o melhor que sabia, dei-lhe conta que ia emigrar. Prontificou-se a arranjar-me quarto em casa duns primos, gente boa, e ir comigo até lá. Ferroviário viaja de borla no comboio, e a oportunidade de uma ida à capital valia bem a receita de meia dúzia de cortes de cabelo no Domingo. Aceitei de bom grado, e até a Mãe ficou menos desconsolada com a saída do filho para parte incerta.
Cheguei com meia hora de antecedência à estação e aguardei a chegada do meu amigo barbeiro. Partiu o comboio a horas, contra todas as expectativas do ferroviário, que chegou atrasado.
Cheguei ao Rossio pela primeira vez na vida, com mala de cartão com excesso de peso por excesso de preocupações da Mãe. Confiado no F., não tinha plano B. no bolso e, á saída, fiquei especado com um olho a olhar “a fama do brandy Constantino já vem de longe”, em néon a acender e apagar por cima da pastelaria Suiça, e o outro na mala de riscas verdes.
Fiz mentalmente o balanço aos trocos que trazia no bolso e entrei para um táxi, a mala ao lado, não fosse o diabo tecê-las, e mandei seguir para o Chiado, um colega tinha-me dito que morava para aqueles sítios, com um bambúrrio talvez o visse por lá. Não vi, e quando o taxímetro se aproximava ansioso dos meus limites financeiros, dei indicações para voltar ao ponto de partida.
A carregar a mala sem destino, subi a Avenida da Liberdade até à Rua das Pretas. Que faço, que não faço, estava ali por perto uma máquina de pesar pessoas, tinham-me sobrado cinco tostões, meti-os na ranhura, e salta um bilhete com o peso e uma sina:
"Se deixares a tua terra sem pensares bem, voltarás mais pobre e arrependido"
Levei umas horas, sentado num banco da Avenida, com a mala ao lado, a pensar na casualidade da sina.
E foi aquele "se" que me resolveu a questão. Há “ses” assim, pacholas.
LISBOA ARRUINADA
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Friday, May 18, 2007
ROTHKO - (2)
Thursday, May 17, 2007
INTERNET DAY
Wednesday, May 16, 2007
CASAMENTO À ESQUERDA
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Em A Arte da Fuga comentava António Amaral, com o sarcasmo e perspicácia que lhe são congénitos:
Double standards
Defender o direito à cessação unilateral dos contratos laborais, mas não defender semelhante direito para o contrato do casamento, porque esta é uma medida que o Bloco de Esquerda defende, não defendendo esta força política a liberdade contratual laboral.
Tuesday, May 15, 2007
GOVERNADOR DE QUÊ
Monday, May 14, 2007
Rothko - National Gallery - Washington DC
(ao amigo António B., com quem divago, de vez em quando, acerca destas coisas)
O Público da terça-feira passada publicava um artigo de Alexandra Prado Coelho (Temporada de leilões em Nova Iorque) sublinhando que "nunca como agora as leiloeiras deram tantas garantias aos vendedores. O mercado da arte continua imparável e a arte do pós-guerra em ascensão.
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