Hoje, de manhã, noticiava a rádio que na Assembleia da República se iria discutir uma proposta do Bloco de Esquerda no sentido de tornar o casamento um contrato susceptível de rescisão unilateral.
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Em A Arte da Fuga comentava António Amaral, com o sarcasmo e perspicácia que lhe são congénitos:
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Em A Arte da Fuga comentava António Amaral, com o sarcasmo e perspicácia que lhe são congénitos:
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Double standards
Double standards
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Defender o direito à cessação unilateral dos contratos laborais, mas não defender semelhante direito para o contrato do casamento, porque esta é uma medida que o Bloco de Esquerda defende, não defendendo esta força política a liberdade contratual laboral.
Defender o direito à cessação unilateral dos contratos laborais, mas não defender semelhante direito para o contrato do casamento, porque esta é uma medida que o Bloco de Esquerda defende, não defendendo esta força política a liberdade contratual laboral.
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Os libertários, à esquerda e á direita, têm destes encontros ocasionais. À direita reclamam a não intervenção do Estado, cada qual que se case conforme entenda; à esquerda reclamam que se descasem os contratantes quando a um deles lhe der na real gana.
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Vejam as diferenças.
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Mas é muito pertinente a observação de AA: Se ele (ou ela) diz a ela (ou ele), acabou-se a papa doce, por que bulas não pode dizer o mesmo o patrão (ou o empregado) ao empregado (ou ao patrão), e mandar o contrato às malvas? Por que razão é que um contrato de casamento pode ser mais descartável que um contrato de trabalho?
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Registe-se, para memória futura, que para já a proposta do BE vai ser rejeitada.
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