Os liberais, neo ou não , ficaram confundidos com a entrevista de Nobre Guedes ao Expresso.
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A intenção a que se encosta a devoção de Nobre Guedes a um Estado intocável é, não tenho dúvidas, o desejo do CDS/(PP?) se anichar o mais depressa possível debaixo do arco da governação.
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A intenção a que se encosta a devoção de Nobre Guedes a um Estado intocável é, não tenho dúvidas, o desejo do CDS/(PP?) se anichar o mais depressa possível debaixo do arco da governação.
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Dentro de dois anos, este Governo já deve estar suficientemente estafado para renovar a maioria absoluta, e o PSD ainda suficientemente partido para chegar lá. De modo que, ainda que Nobre diga o contrário, o objectivo é o de completar a maioria que fará falta ao PS. Se assim não fosse, se o objectivo fosse o de reduzir o Estado às dimensões que uma postura mesmo semi-liberal defenderia, o CDS não estaria tão pressuroso em querer-se arauto defensor do Estado Social e bater-se-ia pela redução das clientelas que enxameiam a administração pública e se engordam à custa de um Estado gordo.
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Se o CDS/PP quisesse reduzir o Estado (há, realmente alguma diferença entre a esquerda e a direita que não se meça pela dimensão do Estado que cada parte defende?) se fosse esse o propósito de um direita coerente, o CDS teria muito por onde se bater.
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Porque, mais do que pelo seu perímetro de atribuições, o Estado engorda pelo número de clientes que o querem sugar. Nobre Guedes poderia propor a eliminação de assessores das vereações municipais. Poderia até propor o fim das vereações executivas. Poderia propor o fim dos governos civis. Poderia propor mil e uma maneiras de defender o Estado das sanguessugas.
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Mas não o fez por quê?Porque, chegados debaixo do arco da governação, terão muitos clientes a exigir abrigo.
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