Os independentes na vida política são, irremediavelmente, os mais dependentes dos partidos que os recrutam: porque não participam das decisões dos órgãos partidários e são, geralmente, tidos por usurpadores por parte daqueles que se julgam com direito aos lugares que eles ocupam. Se, transitoriamente, servem os interesses do partido, não podem (porque seria uma anormalidade) prosseguir uma política independente daquela que o partido lhes dita, e as suas iniciativas deverão conformar-se sempre, em primeira instância, com os interesses partidários.
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A independência é, deste modo, uma jactância temporária que mais tarde ou mais cedo se perde por integração no partido ou por afastamento ressabiado.
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Afinal, são independentes de quê, e de quem?
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